Capítulo 8 Saudades por texto

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Minhas bochechas estavam doendo, os músculos dela estavam cansados, mas havia algo de errado comigo e eu não conseguia parar

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Minhas bochechas estavam doendo, os músculos dela estavam cansados, mas havia algo de errado comigo e eu não conseguia parar. Eu estava sorrindo. Não, estava tendo ataques do coração e tinha borboletas em meu estômago. Ao descer da janela da casa de Tina, voltei para casa sorrindo. Eu estava louco, porque meu sorriso era tão grande que eu não conseguia fechá-lo. Nada mais importava, eu tinha beijado-a. Beijei e foi incrível. Já queria voltar para ter mais dos beijinhos tímidos dela. Talvez eu já estivesse sentindo a abstinência, a chamada falta, que estava de Valentim, e fazia 40 minutos que eu tinha saído da casa dela e pegado o último metrô.

As únicas pessoas nele eram eu e um senhor do outro lado do vagão, ele estava falando ao celular e parecia extremamente cansado, mas eu estava sentindo aquelas coisas loucas de adolescentes apaixonados das séries dos Estados Unidos dos anos 90. Ou talvez eu até poderia reproduzir a cena de Gene Kelly e cantar na chuva. Sentia milhões de dançarinos de sapateado dentro do meu peito. Respirei fundo, tombando a cabeça para trás e encarando o teto do metrô.

É, eu estava caidinho por Valentim Miller.

Quando cheguei em casa, abri a porta devagar e tirei os sapatos na entrada. Entrei na cozinha, abrindo a geladeira, pegando a garrafa d'água e bebendo direto da boca antes de colocar lá de volta. Arfei, entrando na sala, Mina estava sentada no sofá, segurando uma taça de vinho e lendo um livro, os óculos de armação fina estavam na ponta de seu nariz e ela ainda vestia as roupas que usou para ir ao encontro, os saltos estavam no chão e a luz do abajur estava ligada. Ela levantou os olhos para mim.

— Acho que eu deveria ficar sabendo quando meu sobrinho sair e vai demorar.

— Fui na casa da Tina — sorri para ela, indo em sua direção. — Como foi seu encontro? — Perguntei e ela franziu as sobrancelhas. Seus olhos se arregalaram e ela sorriu, colocando a taça de vinho de lado.

— O que aconteceu? — Ela me questionou, fechando o livro.

— Como foi o encontro? — Perguntei de novo e ela riu.

— Na-moo disse que queria conhecer você. Foi muito bom, ele é um cavalheiro — suspirei e segurei nos ombros de Mina, beijando sua bochecha, ela riu. — O que aconteceu?

— Eu amo você — falei e me afastei, indo em direção ao meu quarto.

— Benjamin , volte aqui! O que aconteceu? — Mina perguntou, dando risadinhas.

Suspirei, entrando no quarto, tirei meu casaco e joguei-o na poltrona, entrando no banheiro e tomando um banho rápido. Me joguei na cama, peguei meu celular, e respirei fundo, eram 2:35 da madrugada. Mordi o lábio inferior, abrindo minha caixa de texto com Valentim.

Tina:
"Ben"
"Chegou em segurança?"
Eu:
"Cheguei, sim. Já estou deitado."
"Ainda está aí?"
Tina:
"Sim."
Eu:
"Mina falou que o encontro dela foi ótimo."
"Ela disse que Na-moo quer me conhecer."
Tina:
"Fico muito feliz por saber disso."
"Ele parece ser uma boa pessoa."
Eu:
"Espero que ele seja uma ótima pessoa."
Tina:
"Você não está com sono?"
Eu:
"Não, você está?"
Tina:
"Não."

Butterfly: Casulo de OuroOnde histórias criam vida. Descubra agora