Capítulo 12: Dormitórios e Dentenção

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Quando Mina encerrou a chamada, eu permaneci no banco por um tempo a mais encarando o céu

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Quando Mina encerrou a chamada, eu permaneci no banco por um tempo a mais encarando o céu. Fechei os olhos, me endireitei e limpei qualquer resquício de lágrimas que poderiam ainda estar no meu rosto. Mina sempre me dizia que deveríamos encarar as dificuldades de cabeça erguida, mas às vezes, se encolher na cama esperando carinho não era errado, porque todos tinham seus limites. Subi as escadas do dormitório devagar. Naquela noite tudo o que eu queria era me afundar nos lençóis com Tina e assistir a qualquer filme mentiroso para rirmos. Apenas ficar com ela e ter um pouco de carinho, talvez convencê-la a me dar alguns beijinhos, eu estava melancólico depois da ligação de Mina.

Eu sabia que era muito mais difícil para ela ter que voltar para Durham e ir naquela audiência, vê-la desmoronar me fazia desmoronar. No momento em que parei em frente a porta do dormitório, dei três batidinhas para evitar que um novo incidente entre mim e Tina voltasse a acontecer. Mordi o lábio inferior, esperando Tina falar algo.

— Ben? — Tina me chamou do outro lado.

— Sim, amor, estou entrando — falei, abrindo a porta do quarto e vendo Valentim espiar pela fresta do banheiro, escondidinha. Ela olhou para mim quando fechei a porta, trancando-a. Joguei a mochila ao lado da cama e tirei os tênis. — Desculpe a demora, meu bem, eu... — Levantei os olhos para Tina outra vez e minha voz sumiu ao olhar para ela e vê-la sair do banheiro.

Tina mordeu o lábio inferior, olhando para o seu vestido violeta curto e rodado, ele tinha mangas soltas e era ombro a ombro. Ela tinha uma clavícula linda e os vestidos ombro a ombro só ressaltavam o quão lindo era seu pescoço. Os cabelos dela estavam presos em uma trança lateral. Tina entrelaçou as mãos em frente ao corpo, olhando para mim por cima dos cílios e ajeitando sua franjinha. Suspirei, ela estava linda naquele vestido e choker branca combinado com suas meias, curtas brancas.

— Uau... — falei, vendo-a sorrir envergonhada, seu gloss deixando seus lábios brilhosos e vermelhinhos. — Uau mesmo — repeti e me aproximei dela.

— Bem vindo de volta, Ben — ela disse e suas bochechinhas coraram. Ri, estendendo as mãos em sua direção, ela às segurou. Puxei ela de leve, colocando suas mãos em meus ombros e abracei sua cintura.

— E meu beijo de boas vindas? — perguntei e ela ofegou, apertando os dedinhos em meus ombros, me inclinei em sua direção e olhei em seus olhos. — Vou ganhar, amor? — Tina afirmou com a cabeça nervosamente. Sorri e respirei fundo, fechando os olhos no momento em que ela segurou a lateral do meu rosto, se levantando sobre a ponta dos pés, me inclinei mais na direção dela. Delicadamente os lábios dela tocaram os meus. Dei mais um passo em sua direção quando ela tentou se afastar e a puxei mais para mim, inclinando minha cabeça para o lado na intenção de continuar a beijá-la, mas quando tentei abraçar Tina apertado, ela colocou as mãos sobre meu peito, nos mantendo mais separados.

Um suspiro escapou de seus lábios quando deslizei a língua sobre eles e ela os entreabriu. Talvez eu tenha sido exigente demais, porque Tina deu um passo para trás, me fazendo desacelerar o ritmo e ir no dela, devagar e com cuidado. Ela arfou e eu beijei seus lábios mais vezes antes de me separar apenas para olhar em seus olhos. Coisas boas brotavam em meu peito quando Tina estava comigo. Os olhinhos dela se arregalaram e uma de suas mãos tocou meu queixo.

Butterfly: Casulo de OuroWhere stories live. Discover now