Epilogo

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Valentina Miller Aka Borboletinha

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Valentina Miller Aka Borboletinha.

Respirei fundo olhando para o colar em minhas mãos, enxuguei minha bochecha, franzindo os lábios e arfei quando minha visão embaçou em lágrimas.

— Quando você vai parar de chorar? — Ouvi quando Vini disse e eu levantei os olhos para ele, sentado ao meu lado no carro.

— Deixe-a chorar Vinícius, ela está com o coração machucado — Vovó disse e eu voltei a abaixar os olhos para o colar.

— E-eu trouxe o coração do Ben... — sussurrei.

— Pare de chorar — Vini disse. — Tina, estamos na frança, começando uma vida nova.

— Mas, Vini — comecei e olhei para ele. —, você não entende — disse e ele suspirou. — Ben era meu príncipe — sussurrei.

Ele revirou os olhos se virando para a janela. Voltei a olhar para o colar, fechando a mão segurando-o com força, desviei os olhos para a janela olhando a nova paisagem. Fazia muito tempo desde a última vez que estive na França. Suspirei colocando as mãos no bolso, puxando um papel dobrado, juntei as sobrancelhas, confusa sobre o que era aquilo.

— Chegamos. — Coloquei o papel de volta no bolso quando Vovó parou o carro. Olhei pela janela para a casa de dois andares. — Bem-vindos à nova casa de vocês — ela disse e a olhei, vendo um sorriso pequeno em seus lábios.

A casa da Vovó estava como eu ainda me lembrava, até as paredes beges ainda estavam lá. Vini estava logo atrás com algumas malas e eu segurava as bagagens de mão, parei olhando os riscos de um desenho feito por uma criança na parede ao pé da escada.

— Você fez da última vez que veio aqui. — Arregalei os olhos olhando para ela.

— Me perdoe vovó — disse e ela riu negando com a cabeça.

— Ora, não se preocupe com isso, nunca pintei por cima porque foi uma bela arte. — Sorri abaixando os olhos me sentindo um pouco tímida. — Vamos subir, pedi para Margarida arrumar o quarto de vocês.

Olhei para Vinícius, quando ele se colocou ao meu lado, olhamos para as escadas enquanto vovó às subia, comprimi os lábios com força. Era estranho, não que estar na casa da minha avó fosse um sentimento ruim, mas por aquele peso no coração de que eu não voltarei para o internato, nem veria Nico e os outros. Pensar em Benjamin que agora estaria tão longe, fazia o ar se tornar pouco nos meus pulmões, é estranho, porém havia um alívio no fundo do meu peito como se uma pequena vela se acendesse e me falasse que tudo seria diferente agora.

— Venham! — ela chamou sorrindo e eu suspirei subindo as escadas com Vini logo atrás. — Foi arrumado o quarto de hóspede para você Vinícius, está tudo muito simples, mas você pode decorar como quiser.

Vovó abriu a porta do quarto e eu olhei para dentro, achando as paredes beges e os móveis de madeira, Vini colocou sua mala ao lado da porta olhando ao redor. Nem se comparava ao quarto antigo dele, era tudo tão simples.

Butterfly: Casulo de OuroWhere stories live. Discover now