Aquela era tipicamente uma casa de fazenda, Seokjin pensava, na manhã seguinte, ao conhecer um pouco mais de seu novo lar.
A impressão que tivera na suíte repetia-se agora: a casa combinava o encanto do passado com a modernidade do presente. E, o que era mais incrível, o luxo da mobília e dos aparelhos eletrodomésticos combinava perfeitamente com o fogão de ferro batido da cozinha, com o moedor de café e com os outros utensílios típicos de casas mais simples.
Quando saiu do quarto, a casa ainda estava em completo silêncio. Acordara cedo demais possivelmente por ter sido o primeiro a dormir. Mas, não fazia mal. Seria bom ter aquele momento sozinho para dar uma volta.
Ao percorrer o andar térreo, foi abrindo todas as janelas para que o sol da manhã entrasse e o vento corresse livre pelos cômodos. Odiava ambientes fechados, sentia-se preso.
Ao abrir uma das janelas, parou e observou o que acontecia fora da casa. Apesar de Namjoon ainda estar dormindo, alguns trabalhadores já começavam a chegar lá fora, indo diretamente para os seus postos de trabalho.
Observando com mais atenção, constatou que não era apenas na casa que se dava o casamento perfeito entre o passado e o presente, Seokjin pensou. Apesar de Namjoon ser um homem do campo, ele garantia bem a produção da fazenda com tratores, colhedeiras, sofisticados sistemas de irrigação e muitos outros recursos modernos. Mas Seokjin sabia que de nada adiantaria tudo aquilo se não fosse a dedicação de Namjoon e dos trabalhadores em quem ele tinha plena confiança.
— Nossa, eles chegaram aqui tão cedo. Será que já tomaram café? — perguntou-se, e depois seguiu para a cozinha. Improvisaria algo e ofereceria aos trabalhadores.
No começo, encontrou um pouco do dificuldade porque não conhecia o ambiente e, muito menos, sabia onde estavam guardados os utensílios que precisaria, mas, como tinha tempo, conseguiu fazer tudo com calma.
Quando Namjoon entrou na cozinha para preparar o bule de café que sempre fazia pelas manhãs, encontrou a mesa posta com suco, leite fervido, café, pão, manteiga e diversos biscoitos e doces que haviam sobrado da festa. Na pia, de costas para ele, Seokjin terminava de lavar a fôrma onde tinha assado o pão.
— Bom dia — Namjoon cumprimentou-o, num tom cordial.
— Bom dia — respondeu, voltando-se para olhá-lo por um instante.
— Você levantou cedo... Descansou o suficiente?
— Sim. E você, dormiu bem?
— Como uma pedra.
— Que bom. Já fiz o café. Ofereci um pouco aos trabalhadores que já chegaram, mas descobri que eles possuem a própria cozinha perto do estábulo. — Seokjin comentou, colocando a fôrma sobre o escorredor de pratos. — E que você que costuma roubar um pouco da comida deles toda manhã.
— Eu não "roubo". Às vezes, só tenho tempo de preparar um café, então dividimos. — explicou, sentindo-se um pouco sem graça. Então, Seokjin virou-se para ele e sorriu.
— Eu sei, estou apenas brincando. Pelo menos você não precisará mais fazer isso comigo aqui. — Enxugando as mãos em um pano de prato, Seokjin sentou-se à mesa. — Suponho que esteja indo ordenhar as vacas. Soobin não vai ajudá-lo?
Ele sorriu e explicou:
— Este serviço é feito pelo filho dos Song, já há algum tempo. Ele recebe uma boa porcentagem por isso.
Namjoon sentou-se à mesa e serviu-se de um copo de suco de laranja. Depois tomou uma xícara de café e comeu algumas torradas com manteiga produzida na própria fazenda.
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Casamento por conveniência | Namjin
RomanceUma pacata cidade... com segredos ocultos entre as colinas e os rios. Anos atrás, Choi Seokjin foi expulso de casa e marginalizado... tudo porque estava grávido e não revelara o nome do alfa responsável por engravidá-lo, dando-lhe uma fama de promís...