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Souza

Observo os menor jogando bola enquanto fumo o cigarro de dentro do carro, ajeito meu fuzil na perna e coloco ele com a ponta pra fora da janela. Apoio minha mão na porta e observo o movimento olhando pra frente, onde tem o barzinho, Saynara aparece na minha vista subindo o morro e avista o carro preto onde eu tô. Suas mãos sobem até a blusa com decote e ela ajeita deixando os seios mais visíveis, ela se aproxima do carro e vem pro meu lado no motorista. Ela se inclina na minha frente, mostrando os seios grandes, me impedindo de acompanhar o futebol que os moleque tão jogando ali embaixo.

Saynara: Tô atrapalhando alguma coisa?- vejo seus cabelos pretos caírem pro lado e eu fumo meu cigarro olhando pra ela serinho.

Eu: Tá querendo o que, Saynara?- solto a fumaça na sua direção e ela vira a cara pro lado, bato com o dedo na pontinha do cigarro e olho pro seu rosto.

Saynara: Não posso entrar?- apoio uma mão no volante e a outra eu levo o cigarro até os lábios- tá sol, olha isso.

Ela olha em volta e eu dou uma pequena analisada no clima também, solto a fumaça pra frente e passo a língua nos lábios.

Eu: Bora- me ajeito no banco e ela dá a volta pela frente do carro, vindo rebolando a bunda até chegar no passageiro, eu fecho meu vidro jogando meu cigarro lá fora, olho pro passageiro já conferindo a janela fechada e ligo o ar-condicionado rapidamente.

Ela abre a porta olhando em volta e manda beijo pra alguém, olho no espelho retrovisor acima de mim e vejo algumas piranhas olhando pra cá. Ela se senta no banco e eu passo os dedos nos lábios olhando pra frente, sinto ela me olhar com curiosidade.

Saynara: Pra onde tu foi naquele dia do baile.. hum?- ela se aproxima do meu banco e passa as unhas de alongamento no meu braço. Encosto meu braço na porta e vejo a hora no meu outro pulso, depois olho pra ela e encosto minha mão no volante.

Eu: Parada de facção- sinto sua mão descer até a minha camisa e ela coloca a mão por dentro, passando as unhas.

Saynara: Hum, entendi. Vai pra algum lugar ou tá livre?- enterro meu boné na cabeça e tiro sua mão de mim ficando calado, giro a chave na ignição e mudo a marcha dando partida com o carro.

Eu: Se for pra ficar apertando minha mente, eu paro ali na frente e tu desce- ela resmunga algo e cruza os braços se encostando no banco.

Passo por algumas ruas e antes de chegar perto do QG, que fica mais pra dentro da favela, observo a Rebeca, irmã do frente da Penha sentada conversando com várias outras em frente ao salão dela.

Saynara: Vou abaixar o vidro, tá bom?- olha pra mim com expectativa e eu apenas confirmo passando a língua nos lábios e dirigindo apenas com uma mão. O salão fica do lado direito onde Saynara está, então todas que estiverem ali, vão conseguir ver ela aqui dentro.

Não foco em prestar atenção quando passo em frente, mas escuto Saynara falar com algumas que estão ali, menos com Rebeca, por já terem uns b.o de um tempo atrás. Olho no retrovisor e consigo ver aquela quantidade de mulher olhando pra cá e falando algo, acelero com o carro pra chegar mais rápido e olho pra Saynara, que está com um sorriso nos lábios.

Eu: Qual foi?- giro o volante numa rua e ela abaixa o quebra-sol pra poder se ver no espelho, ela passa os dedos nos lábios e espalha o batom vermelho esfregando os lábios.

Saynara: Nada, tá tudo ótimo- me olha e eu faço pouco caso com isso.

Em alguns metros e bem mais pra dentro da favela, eu estaciono o carro em frente o portão do QG, já avisto os menor fazendo a contenção por ali segurando os fuzis nos braços e outros com o fuzil atravessado na bandoleira. Avisto Leni, um parceiro das antigas conversando com os que fazem parte da contenção e eu tiro a chave da ignição e travo o carro no lugar, Saynara desce antes de mim, fazendo todos que estão ali focarem os olhos nela, ela joga o cabelo grande pra trás e cumprimenta todos eles.

Pego meu boné, minha carteira e meu celular no painel e desço do carro batendo a porta em seguida. Coloco o boné na cabeça e guardo meu celular no bolso, seguro apenas a carteira e as chaves do carro na mão, Leni assim que me vê, vem até mim e vejo um sorriso brotar nos seus lábios.

Leni: Qual é a boa, vacilão- nos cumprimentamos com um abraço, dando alguns tapas fracos nas costas dele e aperto sua mão num aperto firme.

Eu: Pensei que tava de férias, caralho, nunca mais deu as caras- ele continua com o aperto firme na minha mão.

Leni: Tava dando pra aguentar Luciana mais não, tá doido, deixei ela lá e vim brotar aqui mermo, fiquei sabendo que tu ia dar um baile na minha homenagem- ele inventa sobre o baile e ele solta a minha mão, nego com a cabeça e sorrio de lado.

Eu: Ficou o mês todo curtindo e quer baile, porra?- brinco com ele e vejo ele cruzar os braços rindo.

Leni: Mas sem a patroa é diferente, tá ligado?- passo a mão na minha barba rala e cruzo os braços no peito, olhando ele que leva os olhos até Saynara que se aproxima de mim e passa a mão nos meus ombros- tá de fiel agora? quem diria, Souza de coleira, pô.

Eu: Tenho fiel não, irmão, Saynara é só um lance- olho pra ela que sorri, não se importando com meu comentário e deixa um selinho nos meus lábios.

Leni: Tô ligado, tô querendo dar um mijão, tem banheiro lá dentro?- ele aponta com o polegar e eu confirmo.

Eu: Tem, pô, bora entrar pra gente resolver uns assunto que tá pendente- descruzo meus braços e troco a carteira e a chave do carro de mão, me viro pra trás e aponto com a chave do carro fazendo ele apitar e sinalizar estar travado. Os vigias abrem o portão pro Leni passar e ele entra e some lá por dentro, Saynara vem até mim e entrelaça a mão com a minha, Kaleu que fuma um cigarro sentado no banco de cimento olha pra mim e levanta.

Eu: Como tá o movimento?- olho pra ele que solta a fumaça pro lado e ajeita o fuzil que está apoiado na bandoleira.

Kaleu: Pra mim tá normal, só teve umas parada que ocorreu ali na boca principal, mas já resolvemo- confirmo e enterro meu boné na cabeça.

Eu: Tô entrando, tu fica de olho no meu carro, algum riscado nele e tu vai comprar outro- aponto pra ele que confirma fumando o cigarro e da um sorriso de lado. Ele solta a fumaça na minha direção e eu entro no QG, ainda segurando a mão da Saynara.

Saynara: Posso te fazer relaxar depois, tá tenso- fico calado e encaro ela serinho, sinto seu olhar e depois desço meu olhar brevemente até seus seios enormes.

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Minha LuxúriaTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang