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Souza

Uma, duas, três vezes eu tentei respirar fundo pra não perder a cabeça. Mas, porra, quem disse que com Gabriela por perto a sanidade fica intacta? ninguém, caralho, porque não fica, não tem como. Não existe meio termo com ela do lado, oito ou oitenta, tu mata ou tu deixa ela te matar.

Eu poderia ter evitado, eu poderia ter trancado realmente o portão e deixar as esperanças dela de conseguir fugir nulas. Mas do mesmo jeito que eu sabia que ela ia correr até o portão pra tentar abrir, achando que possivelmente eu tinha trancado, eu também sabia que ela iria tentar correr de mim igual tá fazendo agora, mas também há uma grande diferença em algumas horas antes de quando ela fugiu e foi até uma cabine de polícia. Naquele momento ela tentou buscar ajuda com uma pessoa, mas agora, somos só nós dois. A rua tá ainda mais deserta que antes e, mesmo que ela aumente os passos pra se distanciar de mim, a chuva que começou a cair há alguns minutos, complica ainda mais a fuga.

Gabriela tá onde exatamente eu quero, sob meu controle. Então, se ela quer fazer a porra da minha cabeça me deixando maluco e fugindo de mim como se estivéssemos brincando, então que assim seja.

Respiro pela boca na medida que a água da chuva cai com mais intensidade, molhando meu rosto e minha calça completamente. Ainda consigo ver ela daqui, olhando pra trás repetidas vezes enquanto corre cada vez mais rápido. Mas ela não consegue se afastar, pelo menos não o suficiente. Minha blusa colada no seu corpo, dando o formato pros seios e mostrando o quão forte a chuva tá e mesmo assim ela não para, talvez querendo mostrar o quão determinada ela tá em fugir de mim.

Eu: Gabriela - grito, chamando seu nome com a voz grave. Ela olha pra trás, virando o corpo em seguida, mas ainda dando passos pra trás se afastando - volta aqui, cadela filha da puta

Observo seu peito arfando, a respiração pesada e mesmo estando alguns metros distantes, é nítido ver o desespero nela e isso me excita pra caralho.

Gabriela: Me deixa em paz! Eu não quero mais isso. Segue a sua vida que eu sigo a minha - ela grita de volta, por conta do barulho alto da chuva batendo no chão de asfalto.

Passo a língua na boca, sentindo a água da chuva descer pelo meu rosto e aproveito o momento que ela parou alguns segundos pra me responder, e avanço na direção dela. Ouvindo seu grito de susto e correr ainda mais rápido.

Eu: Eu não vou me cansar de perseguir você, Gabriela - avisto uma barra de ferro no chão e pego, apontando pra ela em seguida, e sorrio de canto antes de dizer - não até que você venha até mim e me peça de joelhos por isso

Ela ri em deboche, e então levanta as duas mãos mostrando os dedos do meio pra mim, dando passos pra trás no decorrer.

Gabriela: Vai se fuder. Eu nunca vou me ajoelhar pra você, seu psicopata. Me deixa em paz - ela grita a última frase e então avança na direção da cabine de polícia pra onde ela correu antes. Ela vai até a porta e bate repetidas vezes pedindo ajuda.

Eu: Já que você quer tanto brincar, Gabriela. Então vamo brincar, sua cachorra - largo a barra de ferro no chão com força, e desfivelo meu cinto da calça em seguida, segurando na mão, analiso ela que grita pra alguém atender ela na porta da cabine e dou um sorriso - não insiste, amor. Achou que seria realmente fácil? - enrolo meu cinto na mão, com uma falsa tranquilidade, e chego cada vez mais perto. Observo ela que vira pra olhar pra mim e noto a raiva bem nítida ali.

Gabriela: Qual é o seu problema? - ela pergunta, fazendo gesto com a mão apontando pra própria cabeça e paro de andar até ela, analisando suas palavras, fingindo uma expressão como se eu estivesse pensando no que dizer - você gosta, não é? - grita pra mim, por conta da distância - gosta de me ver com medo, assustada e sei lá mais com o que essa sua mente perturbada se excita

Minha LuxúriaOnde histórias criam vida. Descubra agora