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Gabriela

Saio do banheiro depois de tomar um banho, ajeitando a blusa do Gustavo no corpo, e prendo meu cabelo no alto olhando em volta no quarto. Percebo que o Gustavo ainda não tá aqui e me aproximo da porta abrindo e indo até a sala grande com um sofá de canto, abro um pouco a porta da sala, vendo ele pelo pequeno vão no portão, conversando com os caras que fazem a contenção pra ele e fecho a porta rapidamente quando ele se despede fazendo toque e fecha o portão em seguida, colocando um cadeado.

Me viro e vou na direção do quarto de novo, entro, e vou na direção do banheiro, pra quando ele entrar eu fingir que saí agora. Fecho a porta e espero uns segundos até ouvir ele entrar no quarto e chamar meu nome.

Souza: Gabriela - me inclino sobre a pia e molho meu rosto, passando um pouco de água no meu cabelo em seguida. Puxo a toalha de rosto que fica pendurada na parede e abro a porta do banheiro fingindo que tô secando minha bochecha.

Eu: Cadê meu celular? tenho que falar com a minha mãe - jogo a toalha na cama e vejo quando ele tira meu celular do bolso e estende pra mim. Pego desbloqueando, já vendo um monte de mensagens. Inclusive do Iago e abro a conversa vendo as mensagens dele.

Iago: Passei na sua casa ontem, gatinha
Iago: Nem tu e nem tua mãe tava em casa, queria te entregar um bagulho que comprei pra tu

Leio tudo e tento me afastar do Gustavo que vem pra perto e me prende passando a mão pela minha nuca beijando meu pescoço e disfarça abaixando a cabeça e lendo as conversas no meu celular. Tento sair da conversa com Iago, mas ele fala logo em seguida e eu travo.

Souza: Avisa ele que eu também tô curioso pra saber do tal bagulho - tento me afastar dele, mas ele aperta a mão na minha nuca e cola a boca na minha, mas apenas puxa meu lábio inferior. Sua mão sobe pra dentro do meu cabelo e ele volta pra perto da minha boca, iniciando um beijo e aprofunda com intensidade na medida que eu arfo agoniada com o jeito bruto que ele me beija, coloco minha mão direita no seu abdômen tentando afastar ele, e ele se afasta puxando a carne da minha nadega esquerda pra cima, me fazendo arfar baixinho com dor, e sinto ele puxar o celular da minha mão em seguida.

Eu: Gustavo, para de graça. Devolve agora - peço já sentindo um desespero começar a crescer se ele decidir olhar todas as mensagens que eu tenho com o Iago.

Ele fica alguns centímetros longe de mim, analisando as mensagens, e quando eu tento me aproximar, ele levanta a mão esquerda mandando eu ficar no lugar.

Souza: Fica aí - ele manda, subindo o olhar pra mim e tira um cigarro do bolso acendendo com o isqueiro jogando na cama em seguida e traga deixando o cigarro pendurado na boca enquanto escreve alguma coisa no meu celular - "gatinha" - ele repete o apelido que o Iago sempre coloca nas mensagens que me manda e dá um sorriso de lado de deboche pegando o cigarro e colocando entre os dedos enquanto dá uma coçadinha no nariz com o polegar. Ele volta a subir o olhar pra mim, vendo eu alternando entre meu celular e ele - tá com medo de que, amor?

Eu: De nada, só quero meu celular de volta - ele me analisa, travando o olhar no meu sempre que ele quer me intimidar, minimizando um pouco os olhos e passa a língua na boca toda vez que parece querer me esganar pela minha mentira.

Ele confirma balançando a cabeça, mas sei que ele não tá acreditando e observo ele sentar na beirada da cama segurando meu celular numa mão e tragando o cigarro com a outra enquanto olha pra tela. Ele me olha novamente, solta a fumaça pra cima por alguns segundos e bate na coxa me chamando.

Minha LuxúriaOnde histórias criam vida. Descubra agora