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Gabriela

Ele sai da Penha e vai ultrapassando alguns carros, seu rosto sério ainda continua e eu olho pelo vidro, vendo a movimentação de pessoas e carros lá fora. Seguro minha bolsinha firme e me arrependo de não ter ficado lá com Rebeca, mesmo que ela iria dormir no irmão, mas eu deveria ficar. Eu não sei como eu ainda tenho paciência com o Souza, ele sempre fala algo como se me mandasse e eu vou, como se não tivesse voz pra contrariar ele.

Ele ficou durante toda aquela resenha com aquela loira no colo, não sei o que aconteceu com ela depois, e pouco me interessa.

Eu: Nem adianta que não vou transar com você, ficou com sei lá quantas essa semana- falo olhando pra janela, e sinto ele me olhar.

Souza: Acha que eu saio por aí comendo várias?- olho pra ele e confirmo na cara de pau mesmo- não fiquei com mais de uma, Gabriela, e eu sempre uso preservativo.

Franzo as sobrancelhas olhando pra ele e fico confusa com o comentário. Ele passa a língua nos lábios e dirige apenas com a mão direita tatuada.

Eu: Por que usa com outras e comigo prefere sem?- fito seu rosto e ele passa a mão no rosto.

Souza: Isso é outro assunto- levanto uma sobrancelha.

Eu: Gosta da ideia de estar fudendo uma novinha pele na pele?- provoco ele e ele vira o rosto na minha direção, seus olhos um pouco estreitos, e ele com os dentes presos no lábio inferior- gosta de me sentir?

Ele me encara com aquela carinha de homem que não vale nada e nega com a cabeça, como se afastasse os pensamentos olhando pra frente.

Eu tô te deixando maluquinho na minha mão, Souza.

Ele para em algum lugar meio escuro e olho em volta vendo que não estamos perto de casa, ao contrário, devemos estar muito longe. Ele trava o carro e solta o ar pelo nariz olhando pra frente, seu rolex brilha pela pouca luz do lado de fora no carro e seus olhos vem até mim.

Souza: Vem- manda sério e eu levanto uma sobrancelha pra ele, balanço a cabeça negando só pra provocar e morde os lábios me encarando. Ele me puxa pelo braço e me coloca sentada de frente pra ele no seu colo, dou um tapa no seu rosto pela ação, e isso faz com que ele me segure pelo maxilar apertando, chegando o rosto bem próximo do meu.

Seus olhos travam no meu e eu tento tirar meu rosto da sua mão grande, mas é impossível com ele me segurando desse jeito, ele chega bem pertinho da minha boca, mas ainda com os olhos vidrados em mim.

Souza: Quer saber a porra do motivo por eu querer ir no pelo contigo?- fito seus olhos castanhos, enquanto ele foca nos meus e olho pro seu rosto sério e com resquícios de raiva- por você ser a porra de uma ninfeta maldita do caralho, ter a sensação de tá fudendo essa buceta até o fundo, e depois ver a minha porra escorrer por ela.. caralho- fala como se fosse uma miragem, olhando nos meus olhos como se imaginasse cada momento. Ele se encosta no banco e tira a mão do meu rosto, colocando na minha cintura e ele aperta me mantendo no lugar.

Permaneço alguns segundos calada olhando pra ele. Agora eu entendo o motivo.

Eu: Quero ir embora- ele passa a língua nos lábios me olhando serinho e mostra estar impaciente.

Tento sair do seu colo, mas ele me prende descendo a mão até a minha bunda.

Souza: Ficou com alguém no show que tu foi?- pergunta ignorando meu pedido de ir pra casa e jogo meus cabelos pra trás, fazendo com que seus olhos acompanhem.

Eu: Óbvio que eu fiquei- ele confirma serinho e aperta minha cintura mais forte.

Souza: Quantos?

Eu: Uns aí- falo quebrando a troca de olhar e olho pra janela dele bem cínica.

Sinto quando ele me puxa pelo pescoço pra perto, fazendo a gente ficar cara a cara. Ele coloca a mão por dentro dos meus fios e me faz focar nos seus olhos novamente, analiso seu rosto calmo e a postura perfeita que ele sustenta.

Souza: Quantos? não me faz perguntar de novo- ele tira a mão do meu cabelo e prendo a respiração quando ele deixa um tapa bem forte na minha bunda um pouco exposta pelo vestido. Prendo meus dedos na sua camisa quando ele bate outra vez e depois passa a mão em toda a extensão.

Eu: Foram três- respondo quase lacrimejando pela dor. Ele para de alisar a minha bunda e eu me recomponho no seu colo.

Souza: Vai pro seu banco- ajeito meu vestido atrás, ainda sentindo a ardência e saio do seu colo indo pro meu banco.

-

Percebo ele parando o carro na entrada de um motel, e eu logo me assusto, ele para pra pagar e a mulher que está no caixa olha pra dentro do carro e me ver, mas não diz nada. O portão grande se abre e vejo que nós entramos pelos fundos, ele entra e estaciona o carro perto de outro, olho em volta vendo poucos carros nessa parte de trás do motel.

Ele tira a chave da ignição e eu desço do carro primeiro, segurando minha bolsinha, bato a porta e me sustento nos saltos brancos, passo a mão atrás do meu vestido e abaixo ele que já estava subindo. Dou a volta por trás no carro, e ele desce com o boné na cabeça, segurando a carteira e a chave na mão tatuada. Me aproximo e vejo ele olhando a tela do celular na outra mão, ele digita algumas coisas e guarda no bolso.

Dou um passo pra frente, por já ter visto o número do quarto, mas sinto sua mão pegando no meu cabelo e me puxando pra trás, dou alguns passos até sentir seu corpo grande e forte atrás de mim.

Eu: Não faz isso- viro minha cabeça pra ele e puxo meus fios grandes da sua mão, ele me prende segurando minha cintura.

Souza: Tá de short, né?- engulo em seco e confirmo pra ele. Olho brevemente pelo estacionamento do motel e vejo vazio, só com nós dois.

Ele passa a língua nos lábios secos e firma os olhos no meu, ele levanta um pouco meu vestido atrás sem minha permissão e eu olho pros lados pra ver se ninguém viu essa cena. Sua mão apalpa minha nádega direita e seu polegar sobe até a minha calcinha, me impulsiono um pouco pra frente, pra tentar afastar sua mão, mas ele me prende firme com sua mão esquerda na minha cintura.

Souza: Mentindo pra mim?- olho pra ele por cima do ombro e fico calada. Ele passa na minha frente, me puxando pela mão e eu abaixo meu vestido atrás, seus passos rápidos chegam até a porta e ele abre, entrando e sua mão me puxa pelo decote no vestido.

Entro no cômodo e ajeito meu decote, ele joga a chave e a carteira do carro em cima de uma mesinha ali e eu analiso o quarto. A cama bem no centro, uma televisão smart pendurada na parede em frente ela, um espelho enorme na parede do lado da cama e a mesinha no canto da porta, jogo minha bolsa na cama e meu corpo é puxado pra frente pelo meu vestido e Souza avança sobre minha boca iniciando um beijo violento, tento acompanhar ele colocando minhas mãos no seu rosto e ele tira, as colocando atrás da minhas costas apenas com uma mão.

Sua língua brinca com a minha e ele cola o corpo grande no meu, me prendendo e me deixando a sua mercê. Ele puxa o meu lábio inferior e me leva até a cama, ele vira o meu corpo e eu fico de costas pra ele, e de frente pra cama, ele me inclina sobre ela e sua mão direita vai até a barra do meu vestido e ele vai tirando lentamente, sinto minha pele exposta e ele solta minhas mãos pra poder tirar meu vestido, até ele passar pela minha cabeça.

Suas duas mãos vão até a minha bunda e ele aperta levantando pra cima e me deixando bem empinadinha na sua direção.

Minha LuxúriaOnde histórias criam vida. Descubra agora