Cheiro de Mar - VegasPete

6 - Cheiro de Mar

Um ano e pouco depois...

Eu era um exemplo, eu estava no meu melhor memento, mesmo não querendo fazer parte de nada daquilo, acabou o ano e eu passei com as melhores notas, a última competição de natação que participei eu venci, mesmo competindo contra alfas de outras universidades, mas depois tudo isso mudou.

Estou olhando para a advogada Khunn, tentando não sentir vergonha das minhas atitudes, eu queria sentir vergonha, eu queria dizer eu fui um perfeito depravado mereço todas as merdas ruins que me aconteceram, mas eu não me arrependo de nada, eu fui livre por algumas horas, e esse bebê nos meus braços nunca será um erro, foi minha escolha, talvez meus sonhos de viver na praia tranquilamente terão que ser adormecido por um tempo, mas eu não vou desistir de dar o melhor para ele, e muito menos de encontrar um lugar tranquilo e cria-lo com amor no futuro.

-Fica tranquilo Pete, eu conversei com a senhora Khunn, ele só quer ouvir de você sua história.

-Eu não estou com vergonha Porsche, eu só não quero atrapalhar sua vida, e tem o Kinn, ele não vai gostar quando souber.

-Aquele desgraçado está viajando, volta só fim do mês, e se ele falar algo, a mãe dele coloca ele no lugar.

-Obrigado por me ajuda, eu não queria procurar você só nessa condição, eu não escondi de proposito, só não queria envolver as pessoas no meu fracasso.

-Nunca mais diga isso ok? Seus pais...

-Não fale deles, por favor, não conte que estou aqui, nunca conte, esse bebê é meu. Minhas escolhas meu bebê não tem culpa, eu vou o proteger para o resto da minha vida.

Porsche não disse mais nada, e eu não estava preparado para contar o que aconteceu quando meus pais souberam, pelo menos não agora, não ter o amor deles me deixou devastado, meu irmão então nem se fala "você estragou sua chance" pode ser que sim, mas esse bebê nos meus braços, olhando e chorando por mim, provam ao contrário.

Meu filho ainda não tinha um nome, eu tive meu bebê em um templo budista longe de casa, foi tudo muito tranquilo, rápido, e senti poucas dores, ele nem chorou quando saiu de mim, e geralmente é família que escolhe os nomes, para dar boa sorte, mas eu estava escondido no templo exatamente por não ter família.

-Não terá sorte se você der o nome, precisa ser algum familiar dos pais.

-Mas eu não tenho ninguém Monge Ze.

-Não se preocupe jovem, o nome vira até você com o tempo, e nada poderá ser feito.

-Eu só quero que ele seja feliz.

-O destino do pequeno já está traçado, não se preocupe, por mais que você tenha que percorrer mil caminhos, o dele sempre será auspicioso.

Ele tinha dias de vida, eu tive que sair do mosteiro, meu irmão e alguns conhecidos estavam atrás de mim, o Monge não tentou me convencer a ficar, ele apenas disse para confiar no amigo que sempre estende a mão, e a única pessoa que eu conseguia pensar era Porsche, que eu evitei a gravidez toda, ele tinha seus problemas, e eu era uma vergonha para todo mundo na vila, seus pais nem me olhavam enquanto eu andava na rua, então tentei evitar ao máximo ter contato com ele. Assim que fui ao banco, a maioria do meu dinheiro tinha desaparecido, e com toda certeza isso era coisa da minha mãe Arm.