39. A queda de Porto Real

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POV Aemond

Pedra do Dragão estava cada vez menor conforme Aemond ganhava altura no voo com Vhagar. A despedida de Lyanna tinha sido um pouco difícil, porque ele sabia muito bem que ela estava se segurando para não chorar e que tentava parecer que estava muito bem, mesmo não estando.

O príncipe sabia que tudo daria certo e, ao anoitecer, já estaria com sua esposa outra vez.

Do alto, ele viu o navio que levava Storm, Nymeria, Rolf, Cregan, Benjen e Theodore, além de parte do exército Stark, liderado por Roderick Dustin, pai de Theodore. Atrás deles vinha outros navios Velaryon com mais integrantes do exército dos Pretos.

Aemond conhecia muito bem cada detalhe da defesa dos Verdes e sabia que era impossível eles resistirem à invasão dos Pretos. Aegon cairia com mais facilidade que subiu.

Quando enxergou a Fortaleza Vermelha, Aemond encarou o mar abaixo dele e notou que nenhum navio estava perto, provando a eficiência do plano que ele elaborou. Aemond desceu de Vhagar, respirou fundo e caminhou para a Fortaleza Vermelha, sentindo os olhares curiosos em sua direção.

—Príncipe Aemond! —Um morador o chamou e correu para perto dele. Ele parecia bem humilde e chateado com alguma coisa. —Gostaria de prestar condolências pela perda da princesa dos lobos, todos nós gostávamos muito da Lady Lyanna.

—Obrigado. —Aemond respondeu. —Garanto a você que todos que a machucaram vão pagar muito caro e vai ser para todos vocês verem.

—Que assim seja, meu príncipe. —O homem respondeu. —Faça todos queimarem.

—Farei pior. —Aemond respondeu e deu um aceno com a cabeça, antes de continuar a caminhada até o castelo.

"Eu vou ter que me segurar só por três horas, só mais três horas para eles pagarem por tudo isso." Aemond pensou assim que se colocou de frente aos portões, que foram abertos assim que os guardas o reconheceram.

—Boa tarde, meu príncipe. —Um homem o cumprimentou e Aemond apenas acenou com a cabeça antes de entrar.

Desde que soube a verdade, ele se pegou pensando na possibilidade de que apenas ele não saber o que realmente tinha acontecido com Lyanna e que todos os habitantes da Fortaleza o vissem como um completo idiota. Embora tais possibilidades pairassem por sua cabeça, ele duvidava que Alicent e Otto permitiriam que muitas pessoas soubessem, já que a melhor maneira de manter um segredo no sigilo é limitando o número de pessoas que o conheçam.

—FILHO! —A voz estridente de Alicent ecoou pelo corredor e a última coisa que Aemond viu antes de ser agarrado pela mãe foi o borrão verde que ela representava. —Pelos Sete! Eu estava aflita e preocupada! Onde você se meteu? Por qual motivo sumiu por dias?

—Eu lhe não devo satisfações. —Aemond rebateu e a mãe o encarou.

"Merda, vou ter que me esforçar mais"

—Eu precisava aliviar a cabeça, por isso sumi. —Aemond respondeu. —E trago ótimas notícias, por isso gostaria de uma reunião com o Conselho.

—Você pode me contar o que aconteceu? —Alicent perguntou. —Me deixe abraçar você, filho! Eu estava rezando dia e noite de preocupação.

"Eu preciso aguentar." Aemond pensou e deixou a mãe se aproximar, mantendo o pensamento de que aquilo iria passar e era um efeito colateral que ele precisava aturar para continuar seu plano.

—Como estão as coisas? —Aemond perguntou. —Tudo certo por aqui?

—Com você em casa está tudo perfeito! —Alicent sorriu. —Vá descansar um pouco, filho, em uma hora o Conselho estará reunido.

Fogo, Gelo, Sangue - Aemond Targaryen (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now