Fogo, Gelo, Sangue - Aemond Targaryen (CONCLUÍDA)

40. A primeira de seu nome

POV Lyanna

Quando os gritos de Aegon cessaram, Lyanna se sentiu aliviada, porque agora ela tinha certeza de que nenhuma mulher nunca mais iria sofrer nas mãos dele. Aemond estava ainda mais protetor e permanecia abraçado a ela, coisa que acalmava o coração dos dois.

—A Helaena está bem? —Ela perguntou baixinho enquanto caminhava ao lado dele, Cregan e Benny.

—A gente pode ir encontrá-la agora, se você quiser. —Aemond respondeu.

—Eu quero. —Ela sorriu e sentiu o marido a trazer para mais perto dele, antes de dar vários beijinhos no topo de sua cabeça.

—Ei, para que lado fica o quarto da Lya? —Cregan perguntou. —Gostaria de ao menos lavar a mão.

—O nosso quarto é a terceira porta da direita do lado sul do próximo andar. —Aemond respondeu. —Nós vamos para o lado Norte. Não é difícil achar.

—Depois eu faço um curativo na sua mão. —Lyanna ofereceu. —E também olho seu braço, tio Benny.

—Você vai querer jogar o remédio mais ardido só para me atazanar. —Cregan comentou e Lyanna revirou os olhos. —Estou brincando, Anna, ficarei honrado se você cuidar do ferimento.

—Sem ficar futricando as minhas coisas. —Lyanna o advertiu.

—Por quê? —Cregan a encarou. —Cadê os direitos iguais? Você pode fuçar nas minhas coisas e eu não posso fazer o mesmo?

—Não. —Lyanna respondeu com um sorriso. —Tio Benny, não deixe ele sem supervisão, por favor.

—Pode deixar, pequena encrenqueira. —Benny sorriu e, a partir do momento que chegaram ao andar dos quartos, cada um seguiu para um lado.

Quando Lyanna e Aemond chegaram aos aposentos de Helaena, a Lady travou e encarou o marido.

—E se ela não gostar de me ver? —Lya perguntou e desviou o olhar do marido, que a puxou para perto dele e segurou seu rosto com as duas mãos.

—Ela só não vai ficar mais feliz que eu quando te reencontrei, lobinha. —Aemond falou e deu um beijo na esposa. —Ninguém é capaz de ficar mais feliz que eu.

—A gente pode levar a Helaena e as crianças para Winterfell? —Lyanna perguntou.

—Claro que sim, lobinha. —Aemond fez carinho nas bochechas dela e sorriu quando Lya ficou na ponta dos pés para dar um selinho nele. —Avy Jorralean, Lyanna Stark.

—Avy Jorralean. —Lyanna respondeu.

Aemond deu três batidas na porta e foi possível ouvir uma movimentação do lado de dentro, como móveis sendo empurrados e, finalmente, a fechadura sendo destrancada. Quando a porta se abriu, Lyanna viu três vultos loiros abraçar suas pernas, antes de se deparar com Helaena com os olhos marejados.

—Oi. —Lyanna sussurrou, meio sem jeito.

—LYANNA! —A princesa dividiu espaço com os filhos e abraçou a cunhada, que começou a chorar junto.

Quando as duas se separaram, Lyanna se agachou para dar atenção aos sobrinhos e recebeu vários abraços e beijos na bochecha antes de conseguir entrar no quarto de Helaena, seguida por Aemond.

—Deu tudo certo, né? —Helaena perguntou ao irmão. —Ele se foi, né?

—Deu... Ele nunca mais vai machucar ninguém. —Aemond respondeu. —A Rhae tá aqui também.

—A Rhae? —Helaena sorriu. —A gente pode chamar ela assim de novo?

—Ela deve deixar você chama-la assim. —Aemond respondeu. —Só não conta que eu a chamei assim, prefiro manter o Vossa Graça.