TE DOU A VIDA 🥀 ↳ BEAUANY

38. Let's try again

any gabrielly soares, point of view
setembro - Nova York, EUA

❝Eu sei que você está com medo de ser errado
Como se você fosse cometer um erro
Há apenas uma vida para viver
E não há tempo para perder, perder ❞

⸻ demi lovato, give your heart a break

Fazia alguns dias que Shiv e eu tentávamos marcar um almoço juntas ou algo do tipo pra colocar a conversa em dia e hoje, finalmente deu certo. Saí do Ministério Público e fui direto para sua casa, ela estava sozinha já que Bailey precisou viajar para fora da cidade a trabalho. Shivani disse que tinha novidades para me contar e o espírito de Sabina baixou em mim, me deixando curiosa pra saber o que era, mas, não posso negar que eu também estava ansiosa para contar sobre Vitara. A conversa hoje ia render bastante.

- Que bom que você veio - nos abraçamos assim que ela abriu a porta para mim

- Claro, ainda mais depois de você falar que tinha uma novidade, eu fiquei curiosa - confessei e ela deu risada - Como estão as coisas sem o Bailey por aqui? - andamos até a sua sala

- Tô morrendo de saudade do meu grandão - fez um bico fofo - Não vejo a hora dele voltar, me sinto tão sozinha, a companhia dele me traz paz, aconchego. Fica tão sem graça sem ele aqui - sorri ao ouvir ela falar de forma tão amorosa do marido

- Logo ele tá de volta - ela assentiu com a cabeça - Então, qual a novidade? Estou realmente curiosa - Shivani deu risada

- Eu vou contar, mas antes quero saber de você

- Bom, contamos pra Vitara que eu sou mãe dela - contei animada e ela arregalou os olhos

- Meu Deus, como foi?

Com detalhes, contei para Shivani como tinha sido, expliquei pra ela dos meus medos e receios, mas que fiquei aliviada com a reação de Vitara. Eu já imaginava quais seriam as reações dela assim que eu contasse, Shivani por algum motivo, há muito tempo já sabia da minha ligação com Vitara, mas sempre foi muito discreta. Tenho vontade de perguntar se ela é alguma sensitiva ou algo assim, mas aí eu lembro que o Krystian comentou que ela tem família na Índia, talvez o lado espiritual seja bem sensível.

- Estou tão feliz por vocês, Any - nos abraçamos forte - Desde o início eu torcia por isso porque alguma coisa me dizia que tinha algo maior por trás de tudo - ainda abraçadas, depois de ouvir isso que ela disse, comecei a chorar em seu ombro - Oh, o que foi?

- E-eu nunca quis e-entregar a minha filha - disse em meio a soluços

- Eu sei que não - ela começou a fazer um carinho em minhas costas como forma de tentar me confortar

- Foi uma necessidade, ela não podia ter a mesma vida que eu tinha - disse ainda com dificuldade

- Eu sei, eu sei. Não precisa falar mais nada - saí de seu abraço