Capítulo 7

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O refúgio de seus encontros era o apartamento de Megan. Sempre que elas precisavam se encontrar era para lá que Haylley ia, para assim como elas diziam: Tratar de negócios. Toda via as coisas estavam tomando rumos sérios demais e elas não podiam ser vistas juntas tão rotineiramente.
E como Haylley sempre dava um passo além das pernas, seu apartamento inabitado seria o novo lugar onde elas se encontrariam daqui por diante.

― Por que você não mora aqui? ― Mag corria os olhos pela grande sala onde ela se encontrava.

Haylley não morava lá, mas ele estava pronto para ser habitado. Havia luz, água e todos os moveis dos quais ela mesmo escolheu.

― Eu me sentiria muito sozinha. ― deu de ombros.
― Eu não me sentiria nem um pouco sozinha aqui. ― Mag se jogou no sofá branco que fazia três do maior sofá que ela tinha. ― Você é estranha ás vezes. ― sibilou.

Haylley entendia o vislumbre de Magan, ela sabia que a ruiva nunca teve um terço de tudo o que ela já teve na vida, mas infelizmente ela não tinha culpa disso.

― Mas não estamos aqui pra falar sobre a minha vida Magan. Fofo! ― enfatizou com exigente.
― Você disse que eu teria um novo trabalho? ― Já que ela não queria conversar Mag resolveu ir direto ao assunto, estava curiosa para saber mais sobre o assunto.
― Você vai trabalhar na delegacia. ― falou de forma natural.
― Como assim? ― Magan se sentou abruptamente e a olhou confusa.
― Soube por fonte segura que o Phill... ― ela sempre falava seu nome a contra gosto. ― Está precisando de uma assistente de escritório. Isso é ótimo para vocês se aproximarem.
― Não acho isso uma boa idéia. ― levantou-se.
― Eu perguntei se você faria tudo que fosse preciso. Lembra-se?
― Sim eu lembro. ― confirmou.
― Então não tem nada o que temer. Seja uma boa menina que o Phillip não irá te prender.

Como ela não ia temer? Foi o que o pensou, ela nem sabia o que fazia direito uma assistente de escritório.

― Hay isso é loucura. ― disse nervosa. ― Eu não sou qualificada para isso.
― Você só vai organizar papeis Mag. ― bufou. ― eu sempre duvidei um pouco da sua inteligência, mas creio que você deva saber organizar papeis. ― disse duramente.
― Olha como fala. ― esbravejou. Mag tinha o pavio curto. Muito curto, bastava alguém irrita-la para seu pavio começar a queimar.
― Você tem um plano melhor Megan? ― Hay confrontou-a com o olhar. ― Não se esqueça de que ele é um policial, ok.

Realmente Haylley tinha razão, Phillip era um homem quase inacessível. Elas não estavam em uma historinha de livros, onde um esbarrão por acaso fazia-os morrer de amores um pelo outro. Isso era história real.

― Tudo bem. ― assentiu ao perceber de que ela estava certa. ― Mas eu preciso fazer uma entrevista para saber se serei qualificada para a função. ― lembrou-a.
― Não se preocupe com entrevistas, você começa amanhã.
― Como assim amanhã?
― Alguém me devia um favor e... Tudo está certo. Só peço uma coisa, não perca esse emprego antes de conquistar o Phillip.

Parecia uma missão impossível vendo Haylley falar com tanta veemência, mas na verdade não era tão fácil assim, existia suas dificuldades e Megan se esforçaria para fazer tudo corretamente.

― Mas você não pode trabalhar numa delegacia assim. ― os olhos de Hay a examinaram minuciosamente de cima a baixo.
― O que tem as minhas roupas? ― ela se alto olhou procurando o que estava errado.
― Você ainda me pergunta? ― Hay puxou o lábio num sorriso melodramático.

Megan ainda tinha um ar de menininha em suas roupas. A típica menininha com estilo revoltada que usavam as roupas de qualquer jeito. A roupa que ela usava agora era um exemplo disso.

― Assim que você entrar pela porta da delegacia com essa calça apertada, essa blusa de flanelas All Star e esse cabelo que parece que do jeito que acordou você saiu, eles vão te colocar na primeira cela.
― Hahaha... ― Magan mostrou-lhe o dedo do meio.
― Realmente você tem atitudes infantis, mas tome isso. ― ela pegou de sua carteira um cartão de credito e entregou-lhe. ― É um presente meu para você.
― Isso é bem de gente como você mesmo. ― Megan esboçou descaso ao olhar o cartão com seu próprio nome gravado nele.
― Que foi Megan? ― Hay não entendia.
― Achar que pode me comprar. ― jogou o cartão em cima dela com arrogância.
― Não quero te comprar. ― falou em choque. ― Acabei de falar que é um presente. Ficou louca?
― É acho que sua loucura pegou em mim.
― Megan eu só estou lhe dando um presente, jamais quis te comprar e você não pode dizer que estou errada em relação à vestimenta de pessoas que trabalham formalmente. ― Lembra estamos nessa juntas.

Megan a olhava fixamente ouvindo tudo o que ela falava. Realmente em nenhum momento Haylley a ofereceu dinheiro com relação ao que elas estavam fazendo. Aquilo era uma parceria uma ajudaria a outra a conquistarem seus objetivos.

― Me desculpa eu... fiquei um pouco nervosa com isso da delegacia. ― maneou a cabeça tentando reorganizar as ideias.
― Tudo bem. Mas você pode aceitar o meu presente? ― mostrava-lhe novamente o cartão.
― Seria feio recusar não é? ― sorriu envergonhada.
― Muito feio.
― Obrigada! ― sua voz era mais emana e tranquila.
― Mas tenho outra coisa para você.
― É natal e não me avisaram? ― deu uma leve gargalhada.
― Para você ele chegou mais cedo. ― pegando novamente sua bolsa em cima do sofá ela tirou a pasta marrom da qual Magan reconheceu rapidamente.
― Mais coisas sobre o Phillip?
― Não, essa é de outra pessoa. ― entregou-lhe.

Ao abrir a pasta Megan leu primeiramente o nome. Amanda Harris O'Neill e ao lado a foto de uma menina loira. Como numa retrospectiva sua mente trouxe a tona de onde ela conhecia aquela menina e ao lembrar da noite em que andou pelas ruas do Messori, ela reconheceu aquele rosto. Aquela pessoa, a vagabunda que Matt abraçava na sacada.

― Já sabe o que vai fazer em relação a ele? ― Hay perguntou-a.
― Ainda não. ― proferiu as palavras com ódio. ― Por que está me dando isso?
― Acho que seria bom você conhecer sua inimiga mais de perto.
― Obrigada Hay.
― Não foi nada. ― sorriu gentilmente para ela. ― Mas eu já me adiantei em relação a isso.
― Como assim?
― As coisas estão caminhando, consegui um emprego na universidade como professora só para me aproximar dessa garota. Eu acho que será mais fácil para me aproximar do Matt.
― Realmente você é um gênio. Mas como conseguiu isso?
― Não foi fácil depois de tudo o que aconteceu com meu pai. As pessoas meio que perderam a credibilidade em nós, mas eu conheço bastante gente e o que importa é que consegui. Por sorte ela cursa administração. ― Eu preciso ir Megan, mas não esqueça que daqui a dois dias você começa em seu novo emprego. Compre novas roupas e deguste um pouco do que tem em mãos, mando mensagens com mais informações.
― Ok. Posso fazer só mais uma pergunta?
― Claro?
― Quanto tem de limite aqui? ― balançou o cartão de credito.
― Dois mil.

A ruiva abriu um sorriso de orelha a orelha, ela nunca teve tanto limite em um cartão de crédito antes.

Meninas Malvadas - INCOMPLETOWhere stories live. Discover now