( prólogo ) você sente isso, minha Arabella?

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agosto, 1997

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agosto, 1997







Tom Marvolo Riddle

  Tom era o vilão, ele sabia disso, gostava disso. O poder corroendo suas veias, a imortalidade cruel, sua magia opressora que não importa onde fosse alguém notaria a magia negra no ar. 

 Mas então seu nome já não era o mais falado, o mais temido, e sim o de Arabella Lyra Potter-Black, a mulher que viveu.

 Dia 31 de Outubro não era o que todos ouviram. Tom não tinha matado Lily e James Potter, muito menos feito a cicatriz em Arabella, mas de algum jeito sua alma ainda estava conectada com a Potter.

 Mas nada disso importou. Eles ainda eram inimigos declarados e jurados. Era por isso que nesse momento ambos estavam duelando no meio da mansão Malfoy.

 Feitiços voaram de um lado para o outro, um show de cores. Era possível notar diversos comensais contra o grupo de Potter, Tom quase quis rir da hipocrisia que era tudo isso. 

 A verdade era que Arabella tinha um interior tão escuro e sombrio quanto Tom, ambos tinham o mesmo veneno nas veias, mas ainda sim ela estava ao lado da luz, para seu desgosto.

Ele viu os cabelos ruivos de Arabella voarem sobre seu rosto enquanto o suor escorria, ela era boa, muito boa, mas Tom tinha uma década a mais de experiência do que ela, sem contar que ele era muito ganancioso.

— Desista Potter — Tom sorriu cruel para a mulher — Você não pode me vencer.

— É Potter-Black, Riddle — Arabella respondeu com arrogância tirando o cabelo do rosto — Eu sempre te venci, anos após ano, apenas o fato de eu respirar já mostra minha vitória. 

— Você acha mesmo? — Tom sibilou bloqueando o feitiço em sua direção.

 Arabella balançou o rosto com uma rapidez avassaladora, mas seus escudos mentais não foram mais rápidos que Tom. A mulher já tinha expressões de cansaço no rosto, não que isso tirasse sua enorme beleza.



 Você sente isso, minha Arabella?



 Arabella trouxe um olhar furioso no rosto enquanto via o Riddle se aproximar dela com um sorriso malicioso. Feliz por ter conseguido entrar em sua mente.

 Você sente essa magia negra em seus ossos? A magia Black te corrompendo? Ou seu próprio núcleo mágico te traindo?

Tom agarrou o braço de Arabella, a aparatando com ele. Ambos já não estavam mais na mansão Malfoy, o caos sendo deixado para trás. 

 Arabella virou seu rosto, vendo que estavam no cemitério no qual ela havia lutado com um Comensal uma vez a muitos anos. Ali ela viu o túmulo de Tom Riddle, o pai de Marvolo.

Tom estava atrás de Arabella, sua mão segurando o cabelo dela, fazendo ambos os corpos colidirem enquanto sua varinha estava contra o pescoço da Potter.

— Você é poderosa Arabella — Tom sussurrou contra seu ouvido — A uma impulsividade atraente em você, percebe? O perigo ronda você como se você fosse apenas uma presa fácil de pegar e eu sou o seu perigo, seu caçador. 

— Você tenta esse joguinho de sedução a muito tempo e nunca funcionou — Arabella se forçou a dizer com ódio sentindo sua magia se misturar, ambas se reconhecendo.

Mentirosa — Tom sibilou em ofidioglota. Sorriu perverso ao ver a mulher se contorcer contra si — Você gosta desse jogo de inimigos, te excita não é? Você contra mim,não se incomodando em fugir enquanto vários amigos seus estão lutando contra meus comensais. Que tipo de heroína é essa?

 Arabella zombou, mas não negou nenhuma palavra.

— E que tipo de vilão é você, Tom? — Arabella retrucou impaciente — Que já teve milhares de oportunidades para me matar, mas não mata. Seja convicto com o papel que exerce, Lorde das Trevas — A Potter debochou do título sentindo a ponta da varinha de Tom apertar contra seu pescoço.

 Tom abaixou seu rosto, sendo mais alto que a Potter, na medida que sua boca ficasse na altura do ouvido da mulher.

— Eu poderia te matar agora mesmo e jogar seu corpo contra essa cripta e levariam semanas para te acharem — Tom sussurrou sentindo sua magia oprimir a de Arabella em um forte golpe — Ou eu poderia te jogar contra aquela mesma cripta e realizar todos os seus desejos sórdidos e pecaminosos que você esconde a sete chaves na sua mente.

 Arabella ficou tensa com a fala, resolvendo que o silêncio era a melhor opção. Ela tinha ótimos escudos mentais desde seu sexto ano quando Snape a ajudou, mas Tom era um legiminente muito melhor.


 Você sente isso, minha Arabella? Eu devorando cada pedaço de seu corpo enquanto você se contorce.

 Arabella sentiu a boca de Tom sobre seu pescoço, sua varinha ainda no mesmo lugar.


 Você sente isso, minha Arabella? Seu corpo, sua magia, implorando por mim?


Sim, ela sentiu. 

Tom deixou um desleixado beijo em seu pescoço ouvindo o pequeno ofego da Potter e sorriu internamente. Ele estava quase conseguindo.

— Poderíamos liderar tudo isso, minha Arabella — Tom plantou a ideia, como um sussurro de um amante — Você poderia estar sentada ao meu lado em um trono, como a rainha que é.



 Seja minha Arabella. Seja minha.



 Aquele foi o último resquício de Tom em sua mente antes de Arabella se virar, notando estar sozinha naquele grande cemitério.

Tom sempre seria seu inimigo jurado. Suas magias sempre bateriam de frente uma com a outra, suas personalidades divergentes sempre seriam conflitantes. Mas Arabella nunca poderia negar em sua mente que seu corpo almejava por Tom Riddle do mesmo jeito que ele a desejava arduamente.

 Como pólvora e fogo. Como a vítima e o veneno, Arabella Potter-Black sempre precisaria de Tom Marvolo Riddle, um sempre seria complementar um do outro, mesmo que fosse como amantes, elementos complementares, ou inimigos jurados.





























EVERYTHING BLACK; t. riddleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora