( cap. 11 ) só eu posso te destruir

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Agosto, 1997 

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Agosto, 1997 

Arabella Lyra Potter-Black 

 Arabella odiava muitas coisas na vida. Odiava a cor laranja, por algum motivo, a cor nunca lhe caiu bem. Odiava as aulas longas e monótonas de Hogwarts, já que tinha problemas de concentração. Odiava a fama mórbida que a seguia por onde quer que fosse. Odiava ser a menina-que-sobreviveu. Arabella odiava com fervor Tom Marvolo Riddle.

 Ela se aconchegou na enorme jaqueta que havia roubado de seu padrinho. Deveria ser o ápice da madrugada naquele dia, Arabella, acobertada por Theodore e Monstro, conseguiu escapar para a rua. A Potter estaria embarcando em seu último ano escolar e agora, mais do que nunca, teria que aprender a viver no meio político, por mais que odiasse tudo relacionado a ele.

 A filha de Regulus sentiu a ventania gelada colidir com seu rosto, ela sabia que não deveria ter fugido. Principalmente depois dos acontecimentos do seu aniversário e o ritual que finalmente estabeleceria sua magia. Mas ela não pode evitar. Voltaria para Hogwarts para seu último ano e não estava preparada para a terrível verdade: 

Dali para frente, sua vida seria um verdadeiro desastre.

 A Salvadora se sentou em um banco perto de uma praça da sua casa. Era engraçado como as árvores se moviam com o vento, como a noite parecia tão excepcional com sua coloração azul escura, ou como as estrelas brilhavam lindamente no céu. 

 Se se permitisse, Arabella se lembrou de sua família. Como seu tio Remus era a natureza, tão forte e destemido como a mais profunda selva. Como as estrelas lembravam seu padrinho Sirius, que era tão brilhante e um porto seguro como as estrelas. Como seu próprio pai a lembrava da noite, sombria e maldosa, mas acolhedora e protetora. Ela já havia sido chamada de estranha por algumas pessoas por ter esse tipo de pensamento, na verdade, Arabella já havia sido chamada de muita coisa em seus anos escolares. 

 Mentirosa. Fraca. Decepção. Uma fraude.

 Para uma criança aquilo havia sido desolador. Mas para a garota que enfrentou Lorde Tom Riddle cara a cara? Aquilo não passava de incômodos.

O mundo seria para sempre assim? Uma enorme roda repetida que nunca parava de girar? As pessoas, os bruxos, cometiam os mesmos erros todas as vezes. Em vez de assumirem a responsabilidade, as jogavam para outra pessoa. O egoísmo do ser, mágico ou não, era com certeza, uma das maiores fatalidades do mundo. Arabella não queria ser só mais uma que fazia a roda girar, não queria ser só mais que permitia que seus erros caíssem em outra pessoa que seria destruída e quebrada por isso. 

 Arabella almejava ser diferente. Almejava ser melhor que todos aqueles alunos que disseram que ela era uma fraude e decepção. Almejava ser a pessoa que seu pai se orgulhasse, que sua família amasse. Arabella almejava ser verdadeira, e não apenas mais uma corrompida pela alma devastada e cruel de outra pessoa.

EVERYTHING BLACK; t. riddleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora