JIKOOK
⟨CONCLUÍDA⟩
Interior de Minas, Brasil.
Park Jimin é um ômega lúpus que, desde que se entende por gente ama de todo o coração seus hyungs, os gêmeos alfas Jeon Jungkook e Jeon GaHee.
Crescer não é nada fácil, mas juntos eles descobrirão que e...
Que os dentes caem e as pernas crescem demais Fantasmas voam depois que a luz se desfaz Mas não tem mistério não Não tem por que chorar - "Ben", canção de Rubel
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Todos os dias era uma grande aventura na vida do pequeno Park Jimin.
Tanto dentro quanto fora de casa, e nem todas as aventuras eram divertidas e empolgantes. Os mais velhos costumam dizer que o mundo é cruel, mas a escola é um mundo à parte, onde você estará seguro, onde alguém sempre irá escutá-lo e ajudá-lo.
O que se provava ser uma grande mentira aos olhos marejados de Jimin.
Os gêmeos Jeon estudavam na melhor e mais cara escola da cidade ao qual os Park obviamente jamais seriam capazes de pagar. Portanto Jimin e Jinah foram para a escola municipal. As diferenças eram gritantes só no olhar, os gêmeos estavam sempre com seus uniformes lindos e sociais, eles ficavam uma graça usando a gravata e o blazer do colégio.
Já na escola municipal Jimin usava como uniforme apenas uma camisa gasta que deveria ter sido de muitas outras crianças antes dele. Não haviam livros e apostilas interativas, nem aulas extracurriculares como inglês e japonês que os gêmeos aprendiam desde os três aninhos, era apenas a base curricular feita pelo governo para todas as escolas públicas do país.
Assim como seu uniforme, Jimin havia recebido livros velhos e rabiscados. Mas ele nem se importava muito com isto, ele jamais se importou que os gêmeos sempre tivessem coisas mais legais e bonitas que ele, de verdade, Jimin não ligava de usar um uniforme gasto todos os dias, ele só queria que coisas ruins não acontecesse sempre que pisava na escola.
Como todos os dias bem cedinho, ele era deixado na escola por seu pai. Ao dar o beijo de despedida na bochecha do mais velho, Jimin ansiava para que logo chegasse a hora de voltar para casa. Diferente do que todos diziam, a escola não era segura e seus colegas de classe eram os vilões.
Segurando a vontade de espernear, chorar e implorar para nunca mais pisar naquele lugar, Jimin andou lentamente para o lado de dentro dos portões azulados.
Entre uma respiração e outra, seus dedinhos se moviam rapidamente, conforme o seu nervosismo aumentava. Seria ótimo para ele se os garotos aterrorizantes parassem de frequentar a escola, sim, isso seria um belo começo.
Ser o único aluno estrangeiro em sua escola não era uma coisa boa. Fossem adultos ou crianças, alguém sempre lhe apontaria com o dedo acusador e julgador. As piadinhas de mal gosto eram diárias, as provocações se elevavam a um nível que, com certeza, trariam resultados catastróficos a longo prazo.
Após ocupar a sua carteira, Jimin adiantou-se em abrir sua mochila e tirar de dentro dela os materiais de sua pequena maquete – tratava-se de uma miniatura da sua casa e do campo ao redor. Ele sentia-se confiante de que o seu trabalho estava bom o suficiente para lhe render uma boa pontuação.
