Capítulo Sete - parte dois

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Vegas

A Casa Salvatore era tão grande quanto a minha, mas não tanto quanto a minha. Cheguei na mansão com meu carro junto a Macau e ficamos esperando na fila de carros até chegar nossa vez. Assim que saímos, entreguei a chave do carro para o chofer e fui direto me encontrar com o grande organizador da festa, herdeiro da família e meu melhor amigo, Kinn Salvatore. Ele estava junto de seu irmão mais novo, Kim Salvatore.

— É tão bom ver seu rosto lindo — disse Kinn, estendendo sua mão para apertar a minha.

— É tão bom te ver de novo, Vegas — falou Kim, me abraçando.

Nunca fui muito chegado a Kim, mas sempre gostei dele, apesar de eu sentir que ele não gosta muito de mim. Não é como se ele me odiasse, mas é como se seu humor mudasse constantemente entre gostar de mim e de me odiar. Mas com Macau sempre foi diferente. É como se eles fossem irmãos de verdade, assim é comigo e com Kinn, Mas sinto que tem algo a mais entre eles, algo diferente. Eles se olham por um tempo e se abraçam fortemente por um bom tempo até que os decidem entrar juntos, me deixando aqui sozinho com Kinn que dava boas vindas às pessoas.

— Como você está? — perguntou 

— Estou bem. Ele já chegou?

— Sim e… ele quer falar como você. Me pediu para te avisar quando chegasse.

— Pela cara dele, parecia ser algo ruim?

— Muito ruim. Seja bem-vinda, senhora — disse gentilmente a mais uma velha rica que entrou.

— Acho que tô ferrado — falo, passando a mão no rosto e depois passando a mão no cabelo para colocá-lo mais pra traz.

— Quer um conselho?

— Não, mas você não vai falar de qualquer jeito.

— Vou mesmo. Se eu fosse você… Seja bem-vindo, senhor… eu não falaria com ele agora. Curtiria a noite; falaria com todo mundo, suas irmãs e madrasta; e depois procuraria por ele. Só para você não perder o ânimo dessa noite maravilhosa. Afinal, é Natal, Vegas.

— É, mas … ele sabe que é natal? Ou isso não vai ser o suficiente para me bater?

— Só… faz o que eu te peço. Vai comer, cara e depois a gente vê o que faz.

— Ok, amigo. Tô indo. Obrigado pelo conselho.

— Vai lá. Já já eu entro. Só preciso terminar aqui.

— Ok, ok.

Faz um tempo que eu não coloquei os pés na casa Salvatore que sempre foi linda e agora no Natal, a mansão não podia estar mais perfeita.

Assim que entro, dou de cara com a belíssima árvore de Natal que é tão grande que chega até no terceiro andar. Vou até a varanda para olhar mais de perto essa grande maravilha do mundo. A mansão tem quatro andares. O primeiro andar fica no subterrâneo, onde tem um salão enorme, uma vista para o quintal e é onde está a "raiz" da árvore. No segundo andar, que é por onde as pessoas entram, possuem uma varanda enorme e um círculo grande por onde a árvore passa e que vai ter o início do terceiro e, mais adiante estão os quartos principais da família. No terceiro andar fica a cozinha e os quartos dos empregados. E no quarto andar, fica a estufa de flores raras que o Korn gosta de colecionar que é iluminada pela claraboia de vidro no formato de pirâmide, onde é possível ver um pouco da luz das poucas estrelas no céu. É uma casa realmente enorme que só não é maior que a minha.

Kinn e eu sempre brigávamos quando mais jovens para vermos qual era a maior casa e nós dois tiamos os melhores argumentos e eu sempre ganhava, embora eu sempre preferisse essa casa a minha.

Wintertime Hot | VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora