Capítulo Sete - parte três

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Pete

A noite de ontem foi agitada. Muito agitada.

Acho que nunca senti tanto prazer assim em toda minha vida e nunca pensei que um dia iria chegar a esse ponto, mas Vegas decidiu arrombar ( literalmente ) todas as minhas expectativas. Mas uma coisa que foi dita, me deixou extremamente preocupado e nervoso.

"... e te amar a vida inteira."

Lembro-me exatamente dessas palavras como também me lembro do dia em que alguém me disse: "ninguém vai te amar…".

Não faz muito tempo desde que conheci Vegas, mas não nego que realmente sinto algo muito intenso por ele, mas, sério, amor? Assim tão cedo? 

Talvez tenha sido pelo calor do momento? Ou ele apenas tenha amado a minha boa ação que estou tentando fazer por ele. E por falar em boa ação.

Desde que comecei a fazer o projeto, minhas intenções nunca foram melhorar a empresa para que eu pudesse ser promovido, mas sim, foram melhorar a empresa para Vegas, para que ele ficasse orgulhoso de mim e feliz por mim. Pensei nele mesmo no momento em que eu deveria estar pensando em mim.

Será que eu, realmente…?

Não. Não. Não.

Não quero pensar nisso agora. Ainda está muito cedo. Preciso de mais tempo para avaliar essa situação. 

Acordo no meio do dia e percebo que não estou no quarto vermelho. Estou num quarto com toques de cinza, preto e azul. Não há nenhum tipo de brinquedo sexual ou armários de roupas provocantes. Estou no quarto normal de Vegas com armário normal, cama normal, tamanho normal e "cores normais".

Sento-me na cama e vejo que Vegas não está do meu lado. Por um certo momento, quase entro em desespero. Será que essa não é a casa dele? Como eu fui parar em outro lugar? Eu nunca tinha visto esse quarto antes, então eu só posso estar em outra casa. Acho que vou ter que dar parabéns a Jesus pessoalmente esse ano.

Minha preocupações se esvaem quando ouço a porta se abrindo e lá estava ele, Vegas, meu Vegas, entrando com uma bandeja de comida.

— Pensei em te fazer uma pequena ceia para você, meu gatinho, já que seu natal não saiu do jeito que você imaginou — caminhou até mim, colocando a bandeja entre minhas pernas e me deu um beijo de bom dia meio demorado. Segurou minha cabeça com as duas mãos, mas com cuidado e selou nossos lábios e línguas. E quando se afastou, acariciou minha bochecha e depois me deu um selinho.

— Pequena ceia?

— Sim, olha só. Tem panetone com gotas de chocolate, suco de morango com leite, uvas verde e roxas, pedacinhos de maçã, ovos com bacon que você amou naquele dia que passamos o dia juntos.

A única coisa que consegui escutar de tudo que ele disse foi sobre a carta do final do dia, pois estava ocupado demais com a bela visão dele sem camisa e usando apenas calça moletom. Não é a primeira vez que o vejo desse jeito e não será a última vez que o verei exibindo seus gominhos, mas nunca vou deixar de ficar "babando" por essa visão.

Cacete, Vegas, como eu amo.

— Pete? Pete?

— Oi, oi. 

— Você escutou alguma coisa do que eu falei?

— Sim, sim. Uva, bacon com maçãs. Cartas com chocolate. Entendi perfeitamente — digo, tomando um gole do suco para tentar disfarçar.

— Sei… — riu, lindamente — Então… enquanto você vai comendo eu vou te explicar o dia incrível que nós vamos ter hoje — diz ele, enquanto acariciava as minhas pernas nuas. Acho que ele adora me tocar desse jeito, com carinho e carícias, já eu tenho certeza que amo, quero dizer, adoro ser tocado assim por ele — Vamos começar, tomando banho juntos, sem malícia. 

Wintertime Hot | VegasPeteWhere stories live. Discover now