Capitulo Oito

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It's over, isn't it?

Pete 

Fevereiro. Noite

Mais uma vez aqui estou eu, fazendo hora extra nessa droga de trabalho de merda. Não por opção minha, mas sim por uma ordem do meu maldito chefe destruidor de vidas, Ken. Esse bostinha me pediu para eu ficar até mais tarde para que eu tirasse xerox de uns arquivos e, aqui estou eu, na sala de impressão na maior escuridão, obedecendo esse sem noção.

Não estou nada feliz com isso e estou super cansado. Quero só ficar deitado na minha cama, esperando o dia acabar e amanhã começar tudo de novo. Antigamente, eu ficava um pouco animado quando ficava mais tempo no trabalho porque Vegas me implorava para que eu subisse até seu andar para que pudéssemos namorar um pouco.

Namorar. Nossa! Era isso o que éramos? Já chegamos a ser isso? Há esse ponto eu já não sei mais de nada. 

Esse cretino não responde mais as minhas mensagens. Liguei algumas vezes, mas ele não me atendeu uma vez sequer. Mas aposto que se fosse aquela Olivia Dorny que estivesse ligando, ele teria atendido na hora.

Ele havia me dito que era gay, mas que tipo de homem gay parecer estar extremamente apaixonado por uma super modelo londrina. Não sei se ele mentiu para mim em relação a isso ou se ele é um ótimo ator e é muito bom em fingir estar gamado em alguém, mas estou super furioso com ele. No fim, meus dois chefes são uns bostas.

Minha raiva nesse momento está tão grande que nem percebi que acabei imprimindo a mesma página dez vezes seguidas e agora tenho que jogar esses papéis fora. Parabéns, Pete! Como você quer ajudar o meio ambiente se você está desperdiçando papel que veio das pobres árvores que, provavelmente, foram desmatadas pela própria empresa em que você trabalha? Estúpido! Ridículo!

Emocionado do caralho! Idiota! Como pode se apaixonar tão facilmente por um cara que agora não está mais te dando a mínima? Como você deixou isso acontecer? Não aprende nunca?

Era para eu apenas imprimir papel e agora estou caindo num poço que não sei se tem um fundo. Estou com tanta raiva dele e, mais principalmente de mim mesmo, agora estou imprimindo essas drogas desses papéis com todo ódio que há dentro de mim, pegando o papel que sai e jogando com força na droga do amontoado de folhas já imprimidas

Droga! Estou chorando! 

Vegas, eu te odeio demais!

E Pietro… eu te detesto mais ainda!

Quando finalmente termino meu serviço, vou até a mesa e deixo todos os papéis por lá, de um jeito que tudo não acabe voando. De repente, sinto alguma coisa vindo do lado de fora da sala. 

— Oi! — digo, mas não obtenho nenhuma resposta — Tem alguém aí?

Nada. 

Dessa vez, ouço um barulho de passos e, como está tudo escuro, não consigo ver quem ou o que poderia ser. Mas, seja o que for, já foi embora, pois, agora, não há nada além de mim, do silêncio e do escuro.

Eu é que não vou ficar aqui para esperar essa coisa voltar.

Pego minha bolsa, saio da sala de impressão e vou correndo mais rápido que posso até o elevador. Assim que chego no térreo que, graças a Deus, ainda há alguns seguranças, vou andando mais devagar. Chamo por qualquer táxi que apareça na minha frente e vou para casa.

 Chamo por qualquer táxi que apareça na minha frente e vou para casa

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Wintertime Hot | VegasPeteWhere stories live. Discover now