𝗜𝗠𝗣𝗘́𝗥𝗜𝗢 ; house of the dragon.
✸ ── Ela nasceu de um pecado profano, qual seria considerado traição á coroa se não fosse um segredo enterrado em uma tumba nas profundezas da desgraça. Talvez os deuses a tenham punido pelos pecados de seus p...
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A CARRUAGEM CHACOALHAVA COM OS DEFEITOS DA ESTRADA e deixava Visenya com severos enjoos. Era mais um dos dias que os céus pareciam despencar em uma enorme tempestade e era praticamente impossível seguir com uma viagem tranquila.
Ao lado de fora havia alguns guardas, incluindo Kay que estava a frente da carruagem para garantir segurança contra qualquer tipo de ataque.
Por mais que tudo estivesse colocado de maneira confortável Visenya ainda parecia muito incomodada e não era apenas por conta dos enjoos, dos chutes do bebê ou pela barriga consideravelmente inchada, mas sim sua chegada na Fortaleza.
Ela havia enviado um corvo para avisar de sua chegada, mas, alguém se importaria o suficiente para ir recebe - la? Estaria tudo diferente? Tudo mais sombrio? Ou as coisas tenham melhorado durante esses anos? Eram perguntas que não saiam de sua mente nem mesmo durante o sono.
A viagem durou mais dia até que chegassem aos portões de Porto Real, que até então parecia a mesma coisa... exceto pelo clima que parecia estar dez vezes mais quente e o fedor era suficiente para fazer o nariz arder.
As ruas ainda eram sujas e barulhentas, cheias de pessoas carentes pedindo esmolas, bêbados brincando por provavelmente uma caneca de cerveja e crianças correndo.
Ao olhar pelas pequenas frestas da carruagem ela pôde vêr os olhares curiosos observando a passagem, ou vidrados com o tamanho colossal de Vermithor sobrevoando acima da cidade até um campo próximo a Fortaleza.
E ao falar em Fortaleza, a carruagem finalmente atravessou seus portões e deu entrada no pátio onde havia alguns cavaleiros treinando e outros membros da corte fofocando. Mas tudo parou quando notaram a chegada da princesa.
Com um suspiro relutante ela se levantou e se encaminhou para a porta de sua carruagem e esperou que a mesma fosse aberta para fazerem o devido e breve discurso.
── a princesa viúva Visenya Targaryen! ── anunciou o guarda ao abrir a porta. Não havia pessoas aplaudindo ou gritando, nem mesmo um familiar para celebrar sua chegada.
Ela respirou profundamente enquanto descia a pequena escada, arrastando sua longa capa preta que era no momento usada para cobrir um vestido de mesma cor.
Atrás dela desceram suas damas de companhia vindas das nobres casas de Ponta Tempestade e uma delas trazia a pequena Samyra nos braços.
Todos no pátio fizeram uma reverência educada quando a princesa passou em direção a escadaria de entrada, atravessando o enorme corredor coberto com as pinturas dos antigos reis e rainhas.
Nada havia mudado naquele lugar, e talvez fosse bom pois não seria tão difícil se adaptar novamente. Ela não havia visto ninguém por ali, nem Alicent, Viserys, Rhaenyra ou Daemon. Mesmo que ela não fosse admitir, era frustrante ser ignorada dessa forma.
