𝗜𝗠𝗣𝗘́𝗥𝗜𝗢 ; house of the dragon.
✸ ── Ela nasceu de um pecado profano, qual seria considerado traição á coroa se não fosse um segredo enterrado em uma tumba nas profundezas da desgraça. Talvez os deuses a tenham punido pelos pecados de seus p...
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VISENYA ESTAVA SENTADA no jardim observando os servos trabalhando de um lado para o outro naquela imensidão de flores e árvores. A princesa fechou os olhos para sentir a brisa e as batidas do próprio coração, mas uma contração que a mesma pensou ser um chute.
O suposto chute se repetiu algumas vezes, mas a dor aumentou rapidamente, as pontadas se espalhando até a região do lombar. A mão da princesa desceu até a região das dores antes de se levantar.
Os passos de Visenya foram cuidadosos, procurando não se desesperar por já estar entrando em possível trabalho de parto. A Targaryen caminhou para a cozinha onde uma de suas damas estava preparando o almoço da princesa.
── Alanna. ── ela chamou e a mulher rapidamente se pôs diante da princesa.
── sim, vossa alteza? ── a jovem perguntou preocupada.
── deve chamar algumas parteiras, creio que o bebê está vindo. ── murmurou Visenya.
A ruiva assentiu imediatamente. Alanna segurou uma das mãos da princesa e apoiou o braço livre na região das costas da mesma na intenção de guia-la de volta para o quarto.
As dores aumentaram no caminho, dificultando principalmente na subida de escadas e foi preciso chamar Kay para carregar Visenya até o quarto. Com ajuda de suas outras damas de companhia, ela tirou o vestido e colocou uma simples camisola.
As parteiras não demoraram para chegar, trazendo com elas o Meistre para ajudar caso precisasse. Visenya estava andando de um lado para o outro no quarto quando um líquido escorreu de sua vagina, manchando o tapete.
Ela não tinha mais dúvidas, o bebê estava para chegar.
── não é tão difícil, você já fez isso uma vez... ── ele resmungou a si mesma, fechando os olhos e andando da esquerda para a direita e vice-versa.
O sol estava praticamente no meio do céu quando Visenya começou a empurrar, enchendo todo o quarto com seus gritos e gemidos dolorosos. Segundo as parteiras, aquele parto parecia mais fácil do que o de Samyra, mas para Visenya era dolorosamente igual.
Depois de mais alguns esforços, o choro da criança finalmente aliviou a tensão. Visenya riu e sorriu aliviada ao vêr o corpinho da criança se contorcer assustado.
A parteira cortou o cordão umbilical e enrolou o bebê em uma manta antes de entrega-lo nos braços de Visenya, que parecia ansiosa para conhecer seu mais novo filho.
── parabéns, vossa graça. ── disse a mulher ao entregar o bebê para Visenya. ── é um menino.
Os olhos da princesa brilharam ao vêr seu filho, seu primeiro filho homem vivo em seus braços. Ela nunca imaginou que aquilo aconteceria, e aqui estava, balançando suavemente o bebê nos braços.
── oh, Baelon, ── ela sussurrou acariciando a bochecha do garotinho com seu dedo indicador. ── meu pequeno Baelon.
O garoto finalmente se acalmou ao ouvir a voz da mãe, olhando para todos os lados com os enormes olhos azulados, a única coisa que ele havia herdado de Visenya.
Baelon nasceu mais pequeno que o esperado, com cabelos claros em um típico loiro Targaryen e os os mesmos olhos de sua mãe, belos diamantes azuis.
Após aquele momento essencial na vida de toda mãe, levaram Baelon para o banho e em seguida sua Ama o colocou para dormir e Visenya pudesse descansar.