Capítulo 27- Confia em mim...

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-Mags tu não podes fazer isto á tua irmã.- Diz Calum.

-Será que ninguém percebe, eu estou a fazer isto para o bem dela porra!!

- Se fosse para o meu bem não me tiravas tudo o que algum dia me fez feliz.- A Sam caminha para junto de Calum ignorando totalmente o que eu disse.

- Sam não tornes as coisas mais difíceis.- Puxo-a pelo braço tentando afasta-la do Calum.

-Posso ao menos despedir-me deles?- Gritou-me em plenos pulmões. Ashton foi chamar todos a cozinha e despediram-se um a um da Sam. Quando acabaram a Sam vira-se para mim de olhos raiados de sangue.- Eu odeio-te tanto, tanto! Tu não passas de uma rapariga fria que não se preocupa com ninguém. Tu és igual ao pai!

-Sam...

- Não me chames isso! Para ti é Samanta- Gritou, saindo a correr sem me dar escapatória de esclarecer-me.

- Espero bem que saibas o que estás a fazer Margarida.- Disse Calum de olhos aguados.- Tu destruíste a vida da tua irmã.- Ignorei totalmente o que Calum disse e olhei em volta para todos os que estavam presentes naquela sala.

Observei a Crystal chorosa abraçada ao Luke totalmente perplexa a olhar para mim. O Michael estava a olhar para o vazio, como se não tivesse coragem de me olhar. O mesmo aconteceu Com Aly e Calum que estava a transbordar raiva. Já Ashton olhava-me como sempre me olhou. Sem me julgar, apenas a encontras uma fenda para descobrir o porque de tudo isto. Porque é que estava a reagir assim. E mais uma vez, afastei o rapaz de gosto de escavar mais fundo... de me conhecer melhor. Caminhei para junto da porta de saída e fiz rodar a maçaneta até ouvir a porta a abrir. Olhei uma última vez para os meus amigos e para Ashton. Uma lagrima escorreu pela cara mas limpei-a a tempo de ela cair.

-Adeus...- Sussurrei antes de ouvir o trinco da porta a fechar mesmo atrás de mim.



Não podia acreditar que isto estava mesmo a acontecer. Lembro-me tão bem do dia em que a minha mãe deu-me a notícia que ia trabalhar para Inglaterra e como era óbvio eu e a minha irmã íamos também. A minha irmã ficou super contente já eu ninguém podia falar disso que eu virava bicho do mato. Lembro-me do dia que conheci o Ashton. Foi preciso levar com um pacote de massa na cabeça para abrir os olhos para a vida.

Lembro-me também do dia em que conheci o resto dos rapazes. A Sam tinha saído sem me dizer nada e eu pensei logo que ela tinha sido raptada por uns lunáticos quais queres para ser usada para tráfego de órgãos. Tudo imaginação de uma irmã mais velha preocupada. E o dia em que conheci a Crystal? Esse é impossível de esquecer. O Michael tinha o cabelo vermelho e embebedou-se a ele e à minha irmã, que a certa parte da noite achava que o Michael era uma fénix. Lembro-me das vezes em que fiquei horas com o Ashton na cave, apenas a falar e a brincar com os cachorros. Lembro-me tão bem de cada detalhe que parece mesmo que foi ontem que tudo isto aconteceu. Foram ótimos dias, não vou negar. Estou farta de negar o que está bem diante dos meus olhos.

Fiquei um tempo perplexa na entrada de casa do Calum sem dar conta. Olhei uma última vez para trás antes de começar a caminhar em direção à minha casa. Ainda bem que não trouxe carro, não estou com muita vontade de conduzir e muito menos concentrada. Preciso de pensar, caminhar e apanhar um pouco de ar fresco.

Olhei para o relógio que trazia no pulso. Já passava das dez e meia da manha. Á uma da tarde ele vinha cá à casa para discutir o acordo. Não posso negar que estou apavorada com esta situação toda. Desde a noite que a minha mãe foi levada pela polícia ainda não me deixaram falar com ela. Queria tanto falar com ele cara a cara, que ela me explica-se o porque de isto tudo. Queria puder despedir-me dela antes de partir.

Green eyes ∞ Ashton IrwinTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon