Capítulo 2

1.6K 109 2
                                    

Carla

Acordo com meu celular tocando, me espreguiço e viro em direção a mesa de cabeceira para ver quem está me ligando e vejo ser meu irmão e só aí me lembro que tenho que buscá-lo no aeroporto. Pego o celular e atendo:

– Oi irmãozinho, como você tá? - me faço de inocente enquanto visto minha roupa o mais rápido possível.

– Oi Carla, você não tá esquecendo de nada não? - pergunta ironicamente.

– Eu acho que não, porque? - pergunto terminado de me vestir e indo arrumar meu cabelo e escovar meus dentes.

– Eu tô falando sério Carla, tô aqui no aeroporto a meia hora te esperando e você não chega. - diz ele de forma séria.

– Desculpa tá, eu dormi mais do que deveria, já tô saindo de casa só vou escovar meus dentes, ok? - digo a ele enquanto tento arrumar meu cabelo.

– Ok, não demora - diz por fim.

– Tá bom, já tô indo, tchau - me despeço.

Termino de arrumar meu cabelo, escovo meus dentes, e desço as escadas correndo indo para a cozinha pegar uma maçã, vou em direção a porta da garagem e pego a chave do meu carro na mesinha ao lado.

Entro no carro, abro o portão da garagem e saio rumo ao aeroporto, após alguns minutos, chego em frente e já consigo ver meu irmão Dylan me esperando, buzino para chamar sua atenção e estaciono na sua frente, abro o porta malas de dentro do carro mesmo, ele coloca sua malas lá trás e logo após abre a porta e se senta do meu lado.

– Que saudade que eu tava de você Dy, você faz falta - o abraço.

– Eu sei - dá um sorriso.

– Convencido - reviro os olhos e ligo o carro seguindo em direção a nossa casa.

– Sem brincadeiras, eu também senti sua falta Ca - diz sorrindo - como você está? - pergunta.

– Eu tô bem - respondo sorrindo - e você, como foi lá em Londres? - pergunto.

– Tô bem, foi bom ir pra Londres, mas eu me sentia preso lá sabe, não podia ser eu mesmo, tudo por causa do meu problema - suspira.

Encosto o carro no acostamento e me viro pra ele - Você não tem problema nenhum, ser infantilista não te faz ser um problema, só te faz ser mais especial, entendeu? - digo brava e seus olhos se enchem de água.

– E mais uma coisa, agora que você voltou, pode ser você mesmo e falar do seu jeitinho quando quiser, tá bom - digo enxugando as lágrimas que escorrem por seu rosto.

– Tá bom Ca - diz ele com um biquinho nos lábios.

– Chega de choro, vamos pra... - não termino, pois meu celular começa a tocar e vejo que é Rebeca.

– Dy, atende e coloca no viva voz fazendo o favor, é a Rebeca - peço a ele que faz, enquanto eu ligo o carro e continuo nosso caminho.

– Ca...Carla - fala meu nome com dificuldade.

– O que tá acontecendo Rebeca? - pergunto a ela e olho para meu irmão que me devolve o olhar preocupado.

– Preciso de a...ajuda, o Gustavo, ele... -  ela não termina de falar, me deixando preocupada. .

– Alô, Rebeca fala comigo -  exclamo mas ela não responde, então a chamada cai.

– Vamos pra casa dela - digo aflita e acelero ao máximo em direção ao seu apartamento.

Quando chego em frente ao seu prédio, abro a porta do carro e saio correndo em direção a entrada escutando o meu irmão gritar por mim, entramos no elevador e aperto o botão do sétimo andar, quando chegamos lá vou para a porta de Rebeca e começo a bater e chamá-la mas não tenho resposta, mas quando mexo na maçaneta percebo que a porta está aberta, entro gritando por ela, mas ela não responde, vou direto para o seu quarto e quando chego lá vejo uma cena que me destrói, Rebeca está no chão desmaiada, toda machucada e cheia de sangue.

Eternamente ao Seu LadoWhere stories live. Discover now