Capítulo 8

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Rebeca

Acordo com alguém me cutucando e abro os olhos para ver quem é.

—Rebeca acorda, esqueceu que hoje é o dia da sua consulta – diz me olhando com a mão na cintura.

—Ah, é verdade, nem lembrava mais disso – digo preguiçosa me levantando e indo para o banheiro.

— Mas eu lembro – fala.

— Eu sei por que você lembra, né sua safada, ou você se esqueceu do que aconteceu com você e o Dr. Erik no dia que eu saí do hospital, – paro e me viro pra ela com um sorriso.

Ela cora e depois fica séria.

—É só eu que fico me pegando com os outros né – diz nervosa colocando as duas mãos na cintura e me olhando com um sorriso nervoso de lado.

— Sim, minha filha, se pegar no quartinho da limpeza do HOSPITAL é bem diferente de dar de mamar e fazer carinho, eu e o seu irmão nem nos beijamos ainda – aumento meu sorriso vendo ela fecha seu sorrisinho.

— E por falar nele, como ele está, ele conseguiu dormir? - mudo de assunto perguntando preocupada.

— Mais ou menos, ele chorou um pouco, mas depois que eu insisti pra ele tomar a mamadeira ele conseguiu dormir – diz suspirando e passando a mão no cabelo.

Respiro fundo e vou para o banheiro deixando a porta aberta, porque sei que ela vai entrar pra gente continuar conversando. Eu tiro minha roupa, coloco a sacola no braço e entro dentro do box. Após alguns minutos ela entra no banheiro e se senta no vaso.

— Me dói ver ele assim por culpa minha, mas ele precisa entender que não pode ter tudo quando quer, eu sei que ele já tem 23 anos, mas, eu só faço isso para o bem dele – digo enquanto tomo banho.

— Eu sei amiga, vocês têm que conversar, colocar regras no relacionamento de vocês, por exemplo, o que pode e o que não pode, o que vocês querem que o outro faça, ou outra coisa, não sei. Porque eu me lembro de quando o Dylan era mais novo e regredia, ele ficava tão teimoso para certas coisas, que eu nem sabia o que fazer – me olha através do vidro embaçado.

— Vou conversar com ele, quanto ele estiver na idade normal ele pode fazer o que quiser, mas quando ele regredir eu vou cuidar dele e se for preciso, até dizer não - desligo o chuveiro, me enxugo e saio enrolada na toalha indo para o closet me vestir.

— Amiga eu vou lá me arrumar para a gente ir, aí depois que você acabar aí, vai lá tomar café - diz saindo.

Vocês não devem estar entendendo nada né, bom já se faz um mês desde aquele dia que a gente assistiu a série "The 100", e durante esse tempo eu e Dylan estávamos bem, mas ontem ele teimou querendo sorvete antes do almoço e quando eu disse não ele gritou comigo e saiu pisando alto, e o pior é que no momento ele não tinha regredido tanto, ele estava com uma idade em que sábia o que podia ou não, mas mesmo assim fez pirraça.

Termino de me vestir e vou tomar café para não me atrasar. Chego na cozinha e vejo Dylan tomando seu café na mesa e me sento na sua frente.

— Bom dia – digo começando a me servir.

— Bom dia – diz baixinho e levanto meu olhar para seu rosto, vendo que está um pouco vermelho e inchado, acho que por ter chorado a noite.

— É... como você passou a noite - pergunto enquanto mordo uma torrada.

— Bem – sussurra e seus olhos se enchem de água, fazendo meu coração doer.

— Me desculpa bebê - me levanto e me sento do seu lado o abraçando.

Eternamente ao Seu LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora