Capítulo 31

124 7 1
                                    

Rebeca

Guardo os teste na caixinha e coloco na minha bolsa, saio do banheiro e vou até o balcão.

- E aí? - a moça pergunta.

- Positivo - digo feliz e ela me parabeniza.

Me despeço dela e saio da farmácia, olho em volta e não vejo os seguranças.

Estranho.

Deixo esse pensamento de lado e ando até o carro, abro a porta, coloco minha bolsa no banco e quando vou entrar sinto alguém puxar meu corpo para trás.

- O que... - não termino de dizer, pois sinto algo bater na minha cabeça e então uma dor alucinante me apaga.

Dylan

Escuto meu celular tocar e me levanto do sofá indo até o mesmo.

Vejo que é um número de 3 dígitos e então sinto uma sensação estranha.

- Alô, quem é? - pergunto nervoso.

- Aqui é da polícia, o senhor por acaso é parente de Rebeca Lima? - pergunta com um tom de voz sério.

- Sou namorado dela - digo.

- O senhor poderia vir até a farmácia que fica no endereço ***** ***** **? - indaga.

- O que aconteceu com a minha mulher? - pergunto preocupado.

- Por favor senhor, venha até aqui e te explicaremos melhor - o policial fala e se despede.

Subo correndo até o quarto e pego minha carteira, desço novamente e saio trancando a porta indo em direção à casa da Carla, subo as escadas correndo e entro desesperado gritando por ela.

- O que aconteceu Dylan? - me olha preocupada.

- A Rebeca ela...- respiro fundo e continuo - A polícia me ligou dizendo que eu deveria ir até o endereço de uma farmácia porque era sobre Rebeca, mas não disseram o que aconteceu, você pode me levar lá? - indago nervoso e com medo.

- Claro! Só vou pegar as minhas coisas - diz e some pelo corredor.

Um tempo depois já estamos no carro indo em direção a farmácia que o policial me disse.

Paramos perto e desço do carro vendo um monte de gente ali, olho para um grupo de policiais que estão perto de dois carros com as portas totalmente abertas.

Os carros dos seguranças.

Corro até eles e os mesmos olham para mim.

- Cadê a minha mulher? Onde ela está? - questiono quando não vejo ninguém no carro.

- Calma senhor vamos ali, precisamos conversar - pedem e eu os sigo.

- O que aconteceu? - indago.

- Recebemos uma denúncia anônima que dizia que uma mulher tinha sido sequestrada em frente a farmácia, viemos até aqui e pedimos para ver as câmeras e realmente ela foi sequestrada por alguns caras que estavam escondendo o rosto com máscaras. Buscamos por pistas dentro do carro, mas só encontramos os pertences de sua mulher. E dentro da bolsa dela encontramos algo que eu acho que eu senhor gostaria de ver - ele termina de falar e pega um caixinha e me entrega.

- O que é... - para de falar quando leio o que está na caixinha.

Teste de gravidez.

Abro a caixinha e pego três palitos que estavam ali, olho para eles e vejo dois tracinho em cada.

- O que significa? - pergunto confuso.

- Sua mulher está grávida senhor - quando o policial termina de falar meu mundo para.

Grávida? Rebeca está grávida? Eu vou ser pai?

Rebeca

Abro meus olhos e tento raciocinar.

O que aconteceu?

Eu só lembro que eu estava na farmácia para fazer um teste de gravidez e quando eu ia entrar no carro para ir para casa contar para Dylan, alguém me fez desmaiar.

Pera aí.

Gravidez? É mesmo, eu estou grávida, os testes deram positivo.

Eu preciso sair daqui, pelo meu bebê.

Olho em volta e vejo que estou em um quarto, bem chique para falar a verdade.

Esse quarto..., parece que eu já estive aqui.

Escuto passos vindo em direção da porta do quarto e então sou desperta de meus pensamentos, tento me levantar mas me sinto tonta e com uma dor de cabeça insuportável.

Me sento novamente e a porta se abre, levanto meu olhar e dou de cara com Gustavo que tem um sorriso doentio no rosto e com outro cara.

Eu já vi esse cara em algum lugar, só não me lembro onde.

- Oi amor, finalmente acordou, já estava na hora - Gustavo fala se aproximando de mim.

- Por que você fez isso? - pergunto o encarando.

- Eu achava que você era mais inteligente Rebeca, não é óbvio o motivo pelo qual eu te trouxe aqui? - indaga sorrindo.

- Eu sei qual é o motivo de você ter me sequestrado, você tem obsessão por mim, mas Gustavo, não precisa disso, se você quiser ajuda, é só ir no psiquiatra, ou psicólogo, sei lá, mas eles vão te ajudar - falo calma e seu rosto fica coberto de raiva

- EU NÃO SOU DOIDO PARA PRECISAR DA PORRA DE UM PSIQUIATRA REBECA, EU NÃO PRECISO DE AJUDA, SÓ PRECISO DE VOCÊ - grita possesso.

- VOCÊ NÃO PRECISA DE MIM, VOCÊ PRECISA SER INTERNADO, SEU MALUCO - grito sem pensar e ele vem pra cima de mim e por instinto cubro minha barriga como proteção.

Espero o soco vim, mas não acontece.

Levanto meu olhar e vejo o outro cara segurando Gustavo.

- Cara, isso não - o homem fala e Gustavo encara ele sério, ele se solta de forma abrupta, me dá mais um olhar e sai do quarto pisando forte.

- Obrigado - agradeço.

- Não precisa agradecer, eu posso fazer qualquer coisa, menos bater e abusar de uma mulher, e também não gosto quando alguém faz - fala sério.

- Mesmo assim, obrigado - agradeço novamente.

- Preciso ir - diz dando as costas.

- Espera um pouco - peço e ele para ainda de costas - Qual é o seu nome? - pergunto.

- Pedro - diz e sai do quarto.

Dylan

- Você não pode ficar assim Dylan - Carla fala séria do outro lado da porta.

- Me deixa Carla, não é a sua mulher grávida que está a 2 dias desaparecida - digo e me arrependo na hora.

- É Dylan, não é minha mulher, mas é minha melhor amiga que está lá - diz em um tom magoado e seus passos se distanciam.

Vou até o closet e pego uma blusa de Rebeca, vou para a cama e me deito abraçando o travesseiro dela.

Sinto lágrimas começarem a escorrer pelo meu rosto.

Se eu não estivesse com aquela idade naquele momento eu poderia ter ido com ela, mas não, eu queria ver desenho.

Eu deveria ter controlado, mas eu estava tão cansado mentalmente que eu só deixei que o infantilismo tomasse conta. E por isso não voltei a ser adulto.

Você é um péssimo namorado e pai Dylan. Tudo por causa dessa porcaria de infantilismo.

Contém erros ortográficos

Curta e comente

Estão gostando???

Eternamente ao Seu LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora