Capítulo 43

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Percorrer o caminho de carruagem se mostrou essencial para Erik. A chuva veio em seguida, na estrada. E com dois rapazes para ajuda-lo naquela empreitada, os quais ele havia contratado, seria importante para o desfecho do seu plano. Ele não sabia se o conde havia pensado a mesma coisa que ele, contratando alguém para protegê-lo. Mas, se ele tinha a posse de joias do conde Cavendish, poderia ser mais difícil contratar qualquer serviço que fosse. Normalmente, se aceitava dinheiro nas transações. Nada de joias. Era mais difícil vende-las pelo preço que elas valiam. Então, Philip poderia ter conseguido um homem, no máximo dois homens. Talvez, prometendo que Erik traria o dinheiro que havia exigido por carta.

Erik não havia trazido nada, apenas dinheiro para fazer a viagem. Para apaziguar a raiva de Philip, trouxe um talão de cheque preenchido, mas pensou que isso o deixaria com raiva. O conde de Chagny precisava de dinheiro em espécime. Não poderia ir até o banco trocar um cheque, sem ser reconhecido. Seria arriscado demais para ele. Mas, Erik não estava se importando com isso, desde que enforcasse Philip com suas mãos, tirando a vida de mais um crápula que merecia morrer.

Ele pensou em Ayla e se ela estaria bem, àquela altura. Se estaria bem e protegida. Temia que algo ruim acontecesse com ela, ou se ela saísse a rua e sofresse um rapto novamente. Ele só pensava em cenários catastróficos. Precisava se acalmar, ou iria enlouquecer. A carruagem, então, trepidou na estrada e parou, de repente. A chuva era forte do lado de fora. Erik abriu a porta, descendo da carruagem, para sentir o vento gelado e ser encharcado até os ossos, devido à chuva. Ele olhou para os dois homens, que tentavam desatolar a carruagem do lugar. Ele os ajudou, empurrando na parte traseira. Conseguiram movê-la do atolamento a muito custo.

- O senhor quer continuar a viagem? – um deles perguntou a Erik. Seu nome era Tom.

- Sim, precisamos. Preciso chegar antes que escureça – ele tentava manter os olhos abertos, devido ao vento que açoitava seu rosto.

- Está bem, senhor – Tom respondeu.

Ele se juntou ao outro amigo, no assento de condutor, junto do colega, que se chamava Flint. Por mais que tivesse uma parte coberta na carruagem, o vento ainda deixaria aqueles homens ensopados. Erik não podia pensar nisso naquele momento. Depois, iria pagar o dobro, pelo serviço prestado e por tanto trabalho que aqueles homens estavam tendo, para leva-lo a Bristol.

A chuva cedeu, quando anoiteceu e eles pararam em uma estalagem, apenas para tomarem um banho quente, comer e trocar os cavalos. Erik estava investindo muito dinheiro naquela empreitada. O dinheiro não era o que faltava para ele, devido aos negócios de Lê Champ, que estavam sob seu cuidado. Mas, Erik nunca fora um homem que gastava seu dinheiro de forma tola e fútil. No momento atual, aquela empreitada era algo extravagante e movida por uma fúria assassina. Ele somente queria chegar até Philip e acabar logo com aquele homem.

Chegaram a Bristol, quando o sol havia nascido. Os homens estavam exaustos. Os cavalos também. E Erik sentia ainda algo eletrizante, por estar ali, em frente a taberna que iria enfrentar Philip. Ele sabia que não seria algo fácil. Por isso pediu a Tom para perguntar ao taberneiro sobre o conde. Apenas dando as descrições dele. Tom, voltou depois de dez minutos, dizendo que o taberneiro não sabia de ninguém com aquela descrição. Erik pensou, tentando entender o que estava havendo. Talvez, o homem só dissesse algo, se visse um homem de máscara, adentrando o estabelecimento.

*

Enquanto isso, o taberneiro, senhor Lowell pediu que um dos seus empregados avisasse o senhor Dawson que haviam procurado ele, pela segunda vez. O senhor Dawson em questão, dera joias ao senhor Lowell, para que ele fizesse aquele grande favor a ele. O que nenhum deles sabia era que o senhor Dawson era Philip, conde de Chagny. Ele pediu que o avisassem em sua casa se alguém o procurasse, mas não falasse nada sobre ele. Apenas informassem quem estava o procurando. Estava tentando saber o momento certo que poderia encontrar com Destler. Esperava conseguir o dinheiro que exigiu a ele, além de se vingar do bastardo, por ter levado sua esposa. E se ela não estivesse com ele, daria um jeito de encontrar Ayla e arrasta-la com ele. Se ela não fosse uma boa esposa, ele se livraria dela, de uma vez. Uma mulher não valia tanto esforço. E ela havia valido muito para ele. Até mesmo tentou fazê-la se apaixonar por ele. Mas, só foi pago com ingratidão.

Um assassino em Paris - O Fantasma da ÓperaWhere stories live. Discover now