capítulo 56

4.5K 242 2
                                    

Leonardo Ricci 😡
03/01/2022

Eu sinto vontade de cuidar de você maior parte do tempo, oferecer o melhor sorriso... Ficar com você na pior e na melhor fase, não vou largar mão nem um momento se quer.

Ela apertou minha mão novamente e gritou. Minha mão já está latejando por horas de tanto apertar, mas eu não ligo... Nesse momento, só estou dando apoio a ela e ficando ao seu lado.

Não sei o que eu sinto nesse momento, euforia, ansiedade, medo...? Desespero! Pô, minha mulher está tendo um bebê. Estamos aqui horas.

- Preciso que coloque mais forças, Hyorrana!

Hyorrana deitou na cama do hospital novamente chorando. Apertei a mão ela de leve e me olhou em meio às lágrimas que caiam. Ela desviou o olhar e colocou mais forças, seu grito foi mais alto.

Abracei ela de lado e deitei minha cabeça na lateral da sua cabeça.

Ricci: Oi amor... Sou eu... Tô aqui, cara... Lembra do que conversamos? Quando você estava com medo, mas eu disse que ia dar tudo certo? Por causa do processo... Lembra? Antes de tudo acontecer, sempre há um processo antes. Você consegue! Bota o Kelvin pra fora...

Hyorrana minutos depois, não desistiu. Fez bastante força e gritou bastante. Segundos depois, ela relaxou na cama enquanto todos da sala escutavam o choro do Kelvin.

Sorri beijando o rosto dela que sorriu de lado ainda chorando. A enfermeira limpava meu filho e logo colocou ele nos peitos da minha mulher.

Pô, pretinho... Cabelos pretos lisos é a cara da minha preta. Hyorrana passou as mãos sobre ele e beijou sua cabeça. O garoto abriu os olhos e eu ri. Porra!

Ricci: Te disse que ia nascer com os olhos verdes.

Hyorrana: Não é possível... - Ela riu.

(...)

Sair da sala de parto depois de troca de roupa e fazer vários bagulhos necessários lá dentro. Vão levar a Hyorrana para a sala de repouso agora. Quando eu cheguei na sala de espera, estavam todos lá.

Eles levantaram de uma vez e eu cocei a nuca olhando para todos.

Paula: E aí, meu filho?!

Todos ficaram ansiosos pela minha fala.

Ricci: Pô... - Ri. - Pretinho dos olhos verdes. Tu és doido, pai!

Eles comemoraram e eu só sabia ri todo bobo.

Hyorrana me mostrou uma foto do avô dela. Cara era pretão chique dos olhos verdes. Falei pra ela que o moleque ia nasce igual ele, menina não acreditou.

Minutos depois, fui atrás da minha mulher. Fiquei ali com ela e meu filho até a agora dela acorda e dar de mamar. O pessoal foi embora porque não podiam receber visita por agora. Só amanhã.

Quando deu o dia seguinte, às coisas já estavam mais calmas. Consegui registrar o moleque logo, quando cheguei na sala. Hyorrana tava comendo com duas enfermeiras cuidado do bebê.

Ricci: Bom dia, amor. - Depositei um beijo em seus lábios e ela sorriu.

Hyorrana: Conseguiu? - Concordei dando o papel pra ela. - Olha filho...

Ela falou toda boba e eu soltei um riso.

Sentei ali do lado e fiquei marolando. Passei a tarde toda fazendo nada enquanto ela dormia. Quando deu o fim da tarde, pessoal veio ver ela e o Kelvin.

Todos animados, foi uma loucura. Zoe e Lorenzo amou tanto o irmão, que já estavam com ciúmes de tantas pessoas está cima dele.

Semanas depois.

Já chegamos em casa, está uma loucura. Mas posso te dizer que estou dando conta. Dei de comer para o Lorenzo e quando ele terminou, limpei sua mão e desci ele da cadeira que foi brincar.

Zoe está na sala comendo enquanto assistir. Lavei a louça que eu sujei e logo fui ver a razão do cachorro e do gato.

Quando entrei dentro de casa, já fui em direção ao quarto. Abri a porta devagar e quando entrei estava ela ali na cama, sentada  dando de mamar.

Esse bagulho que eu descobri que se chama puerpério é puro agito, emoção, sentimentos a flor da pele, bagulho e doido. Sem contar que passa quarenta dias ainda sagrado, tem que dar de mamar toda hora é um trem maluco.

Nessas semanas estou tentando dar atenção para todo mundo. Principalmente para Hyorrana, ela precisa de muito apoio, atenção. Sentei na cama e ela sorriu para mim.

Hyorrana: As crianças já comeram? Banharam? - Ela se preocupar demais com isso, tô ligado. O medo dela de dar bastante atenção para o Kelvin e os meninos ficarem tristes, chateados com isso. Mas eu conversei com os dois, mesmo que o Lorenzo não entenda perfeitamente, a gente vai ensinando aos poucos.

Ricci: Querem que eu o chamem aqui?

Hyorrana: Por favor... - Ela choramigou e eu ri. Ela colocou o Kelvin no berço ao lado depois de fazê-lo arrotar. Abri a porta do quanto e gritei as crianças que logo apareceram.

Ricci: Diabo é disso, Lorenzo. Tava com essa mão aonde, filho? - Peguei ele no colo e entrei no quarto.

Zoe: Oi mãe! Oi Kelvin...

Entrei no banheiro e fui lavar a mão dele. Logo sair e formos até a cama. Sentamos ali e ficamos conversando bastante tempo.

Logo Kelvin acordou para mamar novamente, Lorenzo dormiu na cama encima de mim. Com a televisão ligada Zoe, eu e Hyorrana ficamos assistindo. Finalzinho da tarde, Zoe já estava dormindo com a Hyorrana e eu era o único acordado, então me rendi ao sono.

Meu vizinhoWhere stories live. Discover now