(11) Mr. Perfectly Fine | 2012

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I've been Miss Misery since your goodbye
And you're Mr. Perfectly fine

—Taylor Swift


Fechei a porta do armário com tanta força, que fez Sarah levar um pequeno susto

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Fechei a porta do armário com tanta força, que fez Sarah levar um pequeno susto. Eu estava irritada.

Passei horas na biblioteca, tentando estudar para uma prova, mas sem sucesso nenhum, porque minha cabeça só tinha uma direção. Matthew. Aquele canalhada, idiota e clichê.

Por mais que eu tentasse fingir não estar afetada, era simplesmente impossível pensar em outra coisa. Afinal, quando a raiva e a frustração tomam de conta do meu corpo, eu não consigo controlar os meus pensamentos terríveis. Eu queria encontrar aquele cara, lhe dar um soco e sair correndo.

—Toda essa irritação por conta da prova de Marketing?

Porra. Eu amava aquela cadeira. Era a minha coisa favorita da faculdade inteira. Não era para ser tão difícil estudar para a prova.

—Você sabe que não.

Sarah suspirou.

—Ammy, ele não deve ter feito isso de propósito. -ela tentou amenizar a situação.

Passei dez dias tentando falar com o artista. Dez dias com expectativa de que ele me atendesse, convencendo a mim mesma de que a única culpada  era a agenda lotada de Matthew Daves. "Oh. Ele está na Itália agora, tudo bem". "Hoje tem show, deve estar se preparando". "Ele foi visto no aeroporto, compreensível."

Até que, no 11° o meu coração saltou, quando a chamada foi atendida, finalmente. Lembro de o meu peito apertando, quando percebi que a voz não era a sua.

Oh. Acho que esse não é o número certo. -ela falou, em uma voz gentil.—Mary Abrams é quem você está procurando?

—Não. Não é. Me desculpe, Mary.

—Sem problemas, querida.

Sarah não podia estar certa.  Eu me lembro como Matty conferiu aquele número, antes de me entregar o telefone. E ele era alguém famoso, afinal.  Era normal que não quisesse seu contato sendo espalhado por aí.

Mas, porra, a sua postura comigo era o que me irritava. Todo aquele teatrinho.

Ele não precisava fingir que queria me ver novamente, só para não parecer tão idiota, naquela noite. Ele não precisava fingir que estava disposto a fazer algum esforço por uma menina que mal conhecia. Eu compreenderia se ele quisesse apenas me comer e ir embora.

Ser especial para Matthew Daves era o sonho de metade das meninas jovens e tolas do Ocidente, como eu. Quando ele começou aquela conversa, era quase como se eu estivesse encontrando o céu.

Burra. Burra. E burra.

—Mesmo se tiver sido um erro, não é como se ele não pudesse me procurar.

—Você fala como se fosse muito simples. -Sarah riu.

Soa Como Desastre (+18)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora