"-Você vai ser minha de novo -Matthew declarou, com a voz mais rígida, do que carinhosa- Não me importa quanto tempo vai demorar. Não me importo se você vai resistir. Mas acontecerá."
Quando o amor pareceu não ser o suficiente para mantê-los juntos...
Lights will guide you home And ignite your bones And I'll try to fix you
—Coldplay
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—Jesus... -eu suspirei, olhando de relance em direção ao espelho gigante, na lateral —Você me deixou cheia de marcas.
A água da jacuzzi fazia cócegas em meu corpo nu, e eu senti Matthew esfregar, suavemente, a esponja em minha perna. Eu quase gemi em satisfação, enquanto meus músculos relaxavam.
O clima entre nós ainda era um pouco estranho, depois de ambos surtarem de ciúmes, e eu tinha perfeita consciência de que transar com Matthew não resolvia nenhum dos nosso problemas.
Ajudava, com certeza. Mas não resolvia.
Mas, depois de uma segunda vez e de não termos trocado tantas frases, além de sussurros imediatos e desesperados, Matthew colocou na cabeça que eu estava cheirando a Dylan e meio que enlouqueceu, por conta disso.
E, agora, estávamos ali. Naquela banheira gigante. Sem roupas, sem muros e completamente vulneráveis, depois da exposição de sentimentos bons e ruins.
—Bem, da próxima vez, não me faça passar raiva enquanto eu ainda estiver dentro de você.
Aquilo me fez rir.
Mas, eu não podia dizer que, apesar de haver uma marca de mordida em meu ombro, de os meus peitos estarem doendo um pouco e de a minha bunda estar cheia de hematomas roxos, ele tinha sido desagradável.
Matthew era irritantemente bom de cama, independente das circunstâncias.
—Sinto muito. -falei, em um tom de brincadeira — Meus pensamentos intrusivos me dominaram, um pouco.
Ele riu baixinho.
—Mas, você é o maior culpado. -continuei —Você me escondeu coisas importantes.
Matthew balançou a cabeça e nós dois sabíamos exatamente do que estávamos falando.
—Eu não te escondi nada, Ammy. -ele nega —Eu apenas... não achei ter surgido nenhum momento adequado, para contar.
Sua mão passa pela minha perna e ele larga a esponja, antes de eu perguntar:
—Algum dia existiria?
—Provavelmente não.
—Matthew...
—Que diferença isso faz? -pergunta, genuinamente —Eu não estou casado. Não aconteceu.
Pensar nele casado com uma pessoa me dava vontade de vomitar.
—Mas você quis que acontecesse. -argumento, mesmo que enjoada com a ideia.
E eu não posso dizer que é justo ficar chateada por conta disso. Eu estou? Sim. Eu tenho de direito de estar? Não.
Ele não era meu, quando aquilo aconteceu. Mas, minha cabeça agora está se confundindo e achando que ele nunca deixou de ser...
