"-Você vai ser minha de novo -Matthew declarou, com a voz mais rígida, do que carinhosa- Não me importa quanto tempo vai demorar. Não me importo se você vai resistir. Mas acontecerá."
Quando o amor pareceu não ser o suficiente para mantê-los juntos...
Look to my right and I see the Hollywood sign This is all so crazy Everybody seems so famous
—Miley Cyrus
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Achei que Matthew iria me beijar na piscina, mas ele não o fez.
Ele conversou bastante comigo, sobre diversas coisas, e nossas vozes eram meio sonolentas e preguiçosas. Não sei como ele havia conseguido fazer isso com o meu ânimo, mas vários sorrisos foram estampado sem meu rosto, naqueles minutos.
O artista ficou bem próximo de mim, enquanto falava, e acho que isso tirou bastante a minha concentração, quanto as falas dele. Acho que ele fez de propósito. Acho que, no momento em que ele segurou a minha bochecha e levou os lábios, suavemente, até ela, era proposital. Ele parecia gostar de me ver cheia de expectativas, e aquilo meio que me matou um pouco, durante a manhã.
Ele era meio indecifrável, de uma maneira que me causava aflição. Matthew se movia, deixando aqueles músculos expostos se contraírem, e sabia que eu estava observando. Ele tirava o cabelo molhado do rosto, e piscava lentamente, dando destaque aos olhos profundos e de cílios grandes, e sabia que eu estava louca para beijá-lo, apesar de não fazer isso.
E eu o admirei por muitos minutos, durante a manhã. Principalmente quando ele saiu da piscina, ficando sentado ali, à minha frente.
Haviam várias tatuagens espalhadas pelo seu corpo, e algumas delas pareciam ser sem sentido, enquanto outras eram interessantes. Eu não perguntei o significado de nenhuma, porque não achei ter aparecido algum momento ideal para isso. Mas, quando ele se sentou na borda da piscina, deixando o sol da Califórnia banhar sua pele, prestei atenção demais nele.
Eu já tinha memorizado-as, por conta da noite em que passamos juntos, mas agora tinha sido melhor de ver, devido à claridade.
No antebraço, ele tinha o trecho de uma cifra tatuada, e, se aquela não tivesse sido uma das primeiras músicas que aprendi a tocar no violão, eu não reconheceria que era "Starway to Heaven".
No ombro direito, em traços finos, estava o Olho de Horus. Pensei que talvez aquilo estivesse ali, para representar a origem egípcia de Matthew, ou, talvez, ele só gostasse do significado; força, e promessa de proteção.
No bíceps, tinha um desenho muito bem feito de uma abelha, e, sabendo que ele tinha passado a maior parte da sua vida em Manchester, com seus amigos, pensei que aquilo estava lá por ser o símbolo da cidade.
Ele também tinha a Cintura de Orion, uma das constelações mais facilmente identificadas a olho nu, tatuada na coxa esquerda. Não fazia muito sentido, já que aquilo era uma das famosas marcas do cristianismo e Matthew era abertamente ateu.
Tinha um ramo de cerejeira na clavícula, mais uma rosa pegando fogo em um dos braços, o nome da banda no pulso, algumas palavras em árabe perto do cotovelo e mais um monte de coisas.
