57 | Labyrinth

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Never trust it if it rises fast
It can't last
Oh, no, I'm falling in love again

—Taylor Swift

—Você não precisa fazer isso

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—Você não precisa fazer isso. -Matthew disse, mas, também, não escondeu o sorriso, enquanto eu entregava aquela xícara em sua direção.

Ele estava semi-vestido. Já eram quase nova horas da manhã e eu me sentia exausta, apesar de extasiada. O homem não. Matthew estava mais lindo e radiante que nunca, enquanto os raios de sol atravessavam a janela e encontravam o rosto angular  com traços mediterrâneos, que sempre me atraíram de uma maneira inexplicável.

Era lindo. Sempre tentei entender o que tornava-o tão atraente, mas nunca consegui. Acho que o conjunto inteiro tornava-o magnífico de uma forma diferente das demais outras belezas. Matthew era... impressionante.

Eu não sabia se o que eu havia feito nessa madrugada tinha sido certo. Eu ainda estava confusa, trêmula e entorpecida. Ainda tinham um milhão de sensações estranhas tomando o meu peito, mas... mas não parecia errado.

—Foi a minha cozinheira. -confessei, enquanto entregava aquelas coisas para ele, que se encontrava sentado na minha janela.

Liam sempre gostou de ficar ali. 

Aquele... canalha.

Não que Matthew não fosse um canalha, também. Ele era. Por Deus... ele era, sim. Mas... tipos diferentes de canalhice, e a dele, ao menos, me parecia um pouco mais sincera.

—Graças a Deus. -ele suspirou, quase inaudível.

No mesmo instante, eu fiz uma cara feia para ele. E, sem entender muito bem o que fazer, eu sentei no puff ao seu lado, logo depois de dar um nó mais apertado no meu hobby -única peça que cobria a minha nudez.

—Você está insinuando algo? -franzi um cenho, com expressões irritadas, mas Matthew apenas sorriu.

Não tínhamos dormido nem por um segundo, até que o meu corpo estivesse dolorido o suficiente para que eu precisasse parar. Eu... nem lembrava qual tinha sido a última vez que eu tinha passado tanto tempo naquilo. Começando, respirando e retomando. Em ritmos rápidos o suficiente para não me dar tempo para pensar sobre o que eu estava fazendo.

—Ursinha, nesse momento, eu juro que não me importaria de comer toneladas das suas comidas horríveis.

Balancei a cabeça.

Eu, provavelmente, deveria estar mandando-o para casa. Eu tinha que conversar com Maya e Sarah. Eu tinha que fazer alguma coisa quanto às trinta chamadas perdidas de Liam no meu telefone. Eu tinha que avisar ao meu pai que estava tudo bem comigo. Eu...

No fim, eu só queria ficar ali, parada, tomando café da manhã com Matthew depois de aproximadamente 7 anos sem fazer aquilo.

—Você realmente acha que eu cozinho mal? -perguntei, quase rindo.

Soa Como Desastre (+18)Where stories live. Discover now