CAPÍTULO 24

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Gente, eu realmente queria ter tempo pra escrever e falar com vocês, mas ultimamente tá tudo um caos. Então acabo só conseguindo escrever e postar aos finais de semana. Me desculpem, viu? A autora ama vocês.

ANA

Acordo passando a mão na minha barriga como se pudesse sentir ali algum chute, alguma coisa.

É, eu estava ficando maluca.

Não consigo terminar o diário da Adanna com muita pressa porque é como se o inevitável estivesse logo ali. E quem é que quer ler sobre a morte provavelmente horrível do seu parente? Provavelmente da minha antepassada?

Saber que ela estava grávida do confirma a sensação estranha que tive ao ver a Maya pela primeira vez.

É, tudo está conectado.

Adanna disse também uma coisa que podia ser uma pista, uma senhora mais velha e parecida com ele... será a mãe dele? Será que ela sabe alguma coisa?

Cidade pequena, rumores e histórias sempre rondam... alguma coisa alguém sabe.

— A gente precisa que você mexa nas coisas deles. – Minha irmã afirma no carro em direção a mansão.

Sara continuava a pesquisar, nas parece um beco sem saída, então ela vai a pesquisa a moda antiga.

Fofoca da cidade.

Vai se passar por uma historiadora e perguntar.

— Em que tempo eu faço isso? A Maya é ótima, mas ela não é fácil. Eu tiro o olho dela por um segundo e a menina já bota fogo nas cortinas.

Sara ri.

— Se isso de vidas passadas for tudo real como está se provando, ela é realmente sua filha.

Reviro os olhos.

— Vou tentar tá? Mas não garanto nada.

Minha irmã assente.

— Tudo bem, o importante é sair desse beco sem saída que nós nos metemos.

Olho para a minha irmã que me ajuda desde o começo dessa loucura toda. Que mesmo com o seu próprio mundo virado de cabeça pra baixo, veio ao resgate do meu.

— Já disse que te amo, hoje?

Sara me lança um sorriso antes de parar no portão.

— Não, ainda não.

Rio da sua brincadeira boba. Pego sua mão e aperto.

— Eu te amo, minha irmã. E nunca conseguiria fazer nada disso sem você. Agradeço a Deus por ter posto você na minha vida naquele orfanato. Ele sabia que eu precisava de você.

Ela aperta a minha antes de me olhar também.

— E ele sabia que eu precisava de você. Sei o quanto você sonhava e pensava na sua família mais do que tudo. Como se soubesse onde eles estavam e só precisava chegar até eles. Agora que temos uma pista, vamos achá-los.

— Vamos sim.

Nos despedimos e eu sigo em direção ao segurança na porta que depois de mostrar para ele minha identificação, finalmente me deixa entrar na mansão.

Esses últimos dias foram um mix de sentimentos em relação a tantas coisas que quase perdi o mais importante. Libertar Adanna.

Libertar a Adanna é libertar o meu passado. Fazer justiça a essa mulher negra que sofreu por escolher amar.

Com uma sensação de esperança renovada, entro na mansão sendo recebida pelos gritos de felicidade da pequena.

— Para papai! Paraaaaa! – Ando até a sala que vem o som e me vejo na cozinha, com todos sorrindo diante da cena da pequena Maya recebendo cócegas do pai.

— O monstro das cócegas é implacável no seu ataque todas as vezes! – Dante sorri para a filha.

E meu coração, bem, meu coração para por um segundo.

Por que ele tinha que ser tão lindo? E por que ele tinha que ser aparentemente um bom pai? Homens devem saber que isso é quase um afrodisíaco para mulheres. Pais solteiros...

Dona Marina nota minha presença ali no canto e caninha até mim com um sorriso.

— Ana, querida! Ia te mandar uma mensagem agora que meu filho decidiu ficar em casa com a Maya hoje. Então, você podia descansar. Eu e ele olhamos ela.

Todos param e noto os olhos do Dante fixos em mim. Tento ao máximo ignorar o arrepio que sinto do seu olhar penetrante. Droga de homem bonito.

— Ah vovó! A Ana pode brincar comigo e com o papai. Sei que a senhora não aguenta muito. – A pequena serelepe solta uma dessas antes de vir me abraçar rapidamente.

Foi muito rápido o abraço, mas o suficiente para todos observarem isso com atenção.

Pelo jeito que as mulheres estavam todas arrumadas no dia da entrevista, as peças que a pequena pregava e aviso nada sútil do Dante, com certeza Maya não gostava de nenhuma de suas outras babás.

Imagino o que essa menina passou...

— É isso mesmo, Maya Lombardi? Chamando sua avó de velha? – Dona Marina bota a mão na cintura e finge uma cara indignada.

A pequena se corrige e logo abraça a cintura da avó.

— Não disse velha, disse que a senhora de cansa mais rápido e tá tudo bem. Papai e Ana brincam comigo.

Papai e Ana.

Merda.

Tenho certeza que a senhorita tem coisas para fazer. – Dante resmunga baixinho.

Eu poderia usar um dia de folga...

Mas também era um momento único e perfeito para fazer o que eu precisava.

— Vamos fazer assim, vou arrumar seu quarto que tenho quase certeza que está uma bagunça e adiantar nossos deveres de amanhã. Separar mais materiais para nossas aulas. Começamos amanhã sem falta, mocinha! – Digo para a Maya que apenas acena como se estivéssemos em um quartel.

— Sim, senhor! - E sai correndo para abraçar o pai, que ainda olhava nossa interação de uma forma que...

Não! Não vou analisar nada da forma que Dante olha as coisas.

Lembra que ele é um babaca, Ana! Um grande babaca!

Dona Marina se não é impressão minha, tem o sorriso agora mais contido, mas acena em concordância.

Eu me despeço de todos e subo as escadas em direção ao quarto da Maya.

Agora eu só preciso saber como entrar em outros quartos sem ninguém me notar.

DONA CRISTINE

Será que estava na hora de revelar a verdade?
Ela viu a patroa tensa enquanto observava a babá nova com a neta.

Viu os olhares do patrão Dante...

Será que eles sabiam? Mas não era possível...

Ou era?

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Ainda faltam alguns personagens a serem apresentados, mas não se preocupem, capítulo seguinte tem interação do nosso casal predestinado

ENFIM, LIBERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora