CAPÍTULO 29

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Gente, eu achei que havia postado mais cedo, perdão kkkkkkk.

Boa leitura!

O céu, agora escuro e tomado por raios e trovões, começava a se acalmar.

A chuva que caía de modo torrencial como se alguém lá em cima estivesse zangado, estava abrandando.

Tudo agora parecia entrar em harmonia com o momento. Tudo parecia estar se encaixando e voltando ao normal.

Era como se... tudo estivesse resolvendo.

Inclusive em um carro distante, parado no meio do temporal.

ANA

Era engraçado como eu sabia que tínhamos que parar, mas ambos não conseguíamos.

Era explosão no toque. Era o gosto delicioso do beijo e o cheio inebriante dele que tomava os meus sentidos.

Ele todo tomava meus sentidos e ocupava cada espaço pensante.

Mas tinha que ser racional. Se era isso que eu queria, se era provar que o que eu sentia era por mim e não por alguma antepassada, ok, Adanna. Você não tem culpa do meu tesão absurdo por esse homem enlouquecedor.

Me afasto aos poucos, mas Dante não parece concordar comigo e me puxa para um último beijo, como se precisasse disso mais do que tudo; e quando ele puxa meu lábio e da uma pequena mordida, eu até penso em jogar tudo pro ar e cometer mais uma loucura.

Mas não somos só nós. E antes mesmo de pensar nisso, tínhamos coisas mais importantes pra resolver.

— Dante... – Tento me afastar do toque inebriante dele.

— Não... só mais um pouco. – Sua mão fazia um carinho gostoso do meu pescoço até o meu cabelo, me deixando quase manhosa. — É como eu sempre sonhei e mais. – Ele murmurou perto da minha boca.

Sonhou?

Nessas circunstâncias, eu podia até achar fofo que ele disse que havia sonhado com tudo isso, mas como estávamos envoltos nesse mistério, essa palavra poderia ter muitos significados nos dias de hoje.

Podia até ser maluquice minha, mas precisava perguntar.

— Sonhar? Você sonhava comigo? – Digo me afastando, agora o encarando fixamente pra encontrar qualquer nuance na sua expressão, dependendo da resposta.

Dante se afasta um pouco, com uma expressão um pouco temerosa, mas pega na minha mão antes de responder.

— Se eu contar que sonhava, você vai achar a maior loucura, não é? – Ele ri baixinho de escárnio, como se eu estivesse achando ele louco, quando na verdade, meu coração batia como louco agora.

Ele sonhava comigo.

Ele sonhava comigo.

Quão louco era isso? Quão louca era essa conexão?

Ele sonhava comigo enquanto eu sonhava com fragmentos de uma vida que não foi minha e ao mesmo tempo, foi uma vida que vivi. Quão louco era isso?

— Ana? Tá tudo bem? Você ficou meio pálida de repente... olha, eu não devia ter falado isso, esquece. – Ele aperta minha mão tentando me chamar atenção.

E foi como se meus olhos fossem limpos e agora eu encarasse a realidade. Essa busca era minha, era pessoal, mas esse mistério não envolvia só a mim. Ao descobrir sobre a Adanna, eu precisava saber dela, mas também resolver a história dela, e pelo que parecia, Dante estava nessa também.

— Você fez o certo, você devia sim me contar sobre isso. – Aperto a mão dele, demonstrando que estava tudo bem. — Posso te mostrar uma coisa? Uma coisa muito louca?

Ele me olha com aqueles olhos que antes pareciam insondáveis para mim, mas agora eu conseguia ler como se fossem os meus próprios.

— Claro, qualquer coisa.

E assim partimos dali. Demorou também um tempo pra que percebemos que a chuva havia parado e um arco-íris surgia ao fundo.

DANTE

O que eu ouvia era surreal e ao mesmo tempo não era.

Vidas passadas? Já era algo que eu acreditava desde pequeno.

Vidas entrelaçadas?

Enquanto Ana me contava tudo e me levava até o seu quarto na pousada, eu sentia meu coração batendo mais rápido a cada minuto.

Meus sonhos... não eram loucura. Ou talvez fosse.

A loucura mais realista que estava acontecendo agora.

Eu sonhei com a Ana ou seria a Adanna?
Ana sonhou com a vida da Adanna e me conta como foi toda essa descoberta que mais parecia história de filme.

E o como tudo sendo entrelaçava... era surreal.

Mas quando ela falou que estava lendo o diário devagar porque sabia que o final seria triste e chegou na parte que Adanna estava grávida...

Era como se meu coração tivesse dado uma guinada brusca.

Grávida.

Maya.

Nos aproximamos da pousada e sentia minhas mãos suando no volante.

Me sentia nervoso demais, ansioso demais e com um gosto ruim na boca. Como se eu soubesse que algo novo estava chegando, algo que me reviraria de dentro pra fora.

Só esperava que isso trouxesse mais respostas do que perguntas.

E quando chegamos e fomos caminhando para a pousada, eu só pensava também que me trouxesse respostas sobre esse sentimento que parecia tomar contar de mim cada vez mais.

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Mais uma peça se encaixando e nos próximos o final da Adanna e novas descobertas...

Vem gente por ai...

ENFIM, LIBERTAWhere stories live. Discover now