61 - capítulo

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                         Pov's Autora






SEIS MESES DEPOIS...

Ela estava linda. Como se isso fosse mais possível. Parecia leve, apesar do barrigão. Caminhava de mãos dadas com a esposa no parque, aproveitando a manhã de domingo como se não tivesse nenhuma preocupação na vida. Essa tinha se tornado a rotina de Becky á um tempo atrás, já tinha percebido que alimentar os patos era uma espécie de terapia para ela. Vez ou outra olhava para Freen e sorria, e nesse momento, parecia irradiar de tanta felicidade.

Isso machucava o coração do Nop que sempre assistia tudo em uma distância segura. Não era idiota, sabia que os seguranças estavam a paisana e bastava ele se aproximar para que fosse interceptado. Falar com Becky estava se tornando mais difícil do que a própria rainha da Inglaterra.

Durante esses seis meses, Becky tinha se tornando uma obsessão para ele, mais ainda. Desde que passeava pela avenida e se deparou com uma revista de prestígio com ela sendo capa e a notícia da gravidez. Recordava como o seu corpo quase convulsionou de ódio com o título "Estoy Embarazada!" Principalmente ao folhear a revistar e comprovar a felicidade no olhar do casal. Até hoje tinha a maldita revista.

Foi desde esse dia que sua perseguição por Becky começou... Segui-a sempre, esperando por um momento precioso para atacar, mas até agora isso não era possível. Graças á sua perseguição que tinha reconhecido os seguranças. Sabia de cada um, eram em torno de seis. Sempre atentos á qualquer sinal de perigo. Quando um desconhecido se aproximava de Becky, eles ficavam em posição de ataque, mais próximos e com as mãos nos coldres.

Parecia impossível romper essa proteção.

Estava agindo praticamente por conta própria. Não sabia o que tinha acontecido com a Nita, mas a mulher estava completamente quieta. Não conspirava mais e também não planejava nada. Parecia que tinha desistido, ao menos, por hora.

Ele nunca tinha desistido. Deu um tempo, sim. Por que precisava de dinheiro. Passará esses meses trabalhando como garoto de programa, realizando fantasias de mulheres bem mais velhas, sem nenhum atrativo, em troca de um bom dinheiro. Isso rendeu um ótimo dinheiro que estava guardado em sua conta para o momento certo.

O momento em que faria a Becky se arrepender de ter o trocado. O momento em que faria a Freen chorar lágrimas de sangue por ter entrado em seu caminho e roubado a sua mulher!

Moveu-se para enxergar melhor. Elas tinham se sentado no banquinho. Riam de alguma coisa, enquanto, uma mão de Freen repousava na barriga imensa de Becky.

Adam sentiu inveja. Deveria ser ele no lugar de Freen. Aqueles filhos poderiam ser dele! Isso estava o pirando. Já fora difícil ver a Becky seguir em frente, mas estava se tornando insuportável vê-la procriando, iniciando uma família com uma mulher.

Acompanhava as notícias nos sites de fofoca, recentemente, tinha sido revelado que eram duas meninas e um menino. Á única coisa que ficava em aberto era os meses dos bebês. Nem mesmo com o chá de fralda, tinham sido reveladas as semanas. O que era no mínimo curioso. Mas pelo tamanho da barriga, parecia que não estava muito longe o tempo de dá a luz.

Ele se sentou no tronco da árvore e ficou observando o casal feliz... Freen tinha aberto um pacote de pão e dado umas fatias para Becky, que os despedaçavam e jogava no lago, aos poucos, os patos foram se aproximando, gulosos por pão.

Becky ria sempre que um pato mais afoito se aproximava para roubar o pão de sua mão. Freen também ria e olhava para Becky com encantamento. O mesmo encantamento que o Nop também olhava... Tinha que reforçar o pensamento que ela estava linda, mesmo com o rosto gordinho e o nariz inchado, típico de grávida.

Ele queimou de ciúme quando as duas trocaram selinhos. Também quis exterminar Freen da face da terra quando a Becky a olhou com muito amor. Aquele olhar deveria ser direcionado para ele! Nem quando estava juntos, Becky o olhava daquele jeito...

Respirou fundo e pôs um cigarro na boca. Elas permaneceram quase uma hora no parque, como de costume. Depois, se levantaram e voltaram a caminhar de mãos dadas. Ainda pararam para comprar sorvete e depois retornaram a andar, sem pressa, lentamente.

O apartamento em que moravam ficava apenas uma quadra do parque. Ele as acompanhou, sorrateiramente, de longe... Só foi embora quando as viu sumindo no hall de entrada do edifício.

Fazendo o seu caminho de volta, Nop retirou uma caderneta do bolso e pegou o lápis que estava repousado na dobra de sua orelha e fez uma anotação. Ali, tinha todos os itinerários de Becky. Os lugares que frequentava, quantas horas ficavam e até mesmo os nomes de suas companhias. Felizmente, ela tinha adquirido uma rotina estável.

Nop contava que ela continuasse com essa rotina. Ou que ao menos, a rotina do parque continuasse... Por que os planos estavam sendo formados e precisavam que as coisas mantivessem da mesma forma para que tivesse êxito!




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Nop está de volta hein!
E se preparem, pq ele vai deixar marcas.

True Love - FreenBeckyWhere stories live. Discover now