(8) SOM DO PASSADO

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"__No calor da discórdia e na calmaria do refúgio, destinos entrelaçados dançam entre confissões e o presente sereno__”

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"__No calor da discórdia e na calmaria do refúgio, destinos entrelaçados dançam entre confissões e o presente sereno__”

Naquela manhã escaldante e agradável, o dia se revelava excessivamente quente, um tormento para Jacaerys, que detestava intensamente dias calorosos e "felizes". Decidiu não abrir seu bar, optando por passar o restante do dia e noite recluso nas ruínas isoladas de seu Palácio, afastado da civilização demoníaca.

O homem moreno, dono de olhos azuis tempestuosos, vestiu-se de maneira mundana, adotando uma calça jeans preta, blusa da mesma cor e sua jaqueta de couro adornada com detalhes dourados, conferindo-lhe uma imagem que remetia aos protagonistas dos contos românticos. Desfrutava da atenção que atraía por onde passava.

Ao vestir seus imponentes coturnos, avançou com passos largos em direção a um espelho majestoso em seu quarto, atravessando-o sem muitas formalidades, e emergiu em seu peculiar refúgio humano. Navegou até o bar, onde, por trás do balcão, ergueu uma lona preta, encobrindo sua estimada Ducati Diavel V4 de um negro fosco, agora empoeirada.

Entreabriu os lábios em um sorriso travesso enquanto o demônio se elevava sobre a motocicleta, apreciando o rugido vigoroso de seus motores. Com destreza, ajustou seu capacete e partiu em alta velocidade pelas movimentadas ruas de Nova York, guiando-se inebriado pela promessa da visita a um velho conhecido.

Após uma jornada de uma hora e meia, o homem moreno de olhos tempestuosos estacionou sua moto no meio de um deserto, cercado por folhagens secas sob o escaldante sol. Descendo da motocicleta com uma careta marcada em sua face, ele se dirigiu rapidamente a um ponto aleatório no campo. Com as mãos, desenhou uma runa pontiaguda no ar, e de repente, um imponente portão se abriu diante dele.

Jacaerys montou novamente na moto, adentrando o portal que se fechou atrás dele, revelando uma pequena cidade que carinhosamente chamava de "A Las Vegas dos Pecados". Não que a original por si só não fosse um reduto de pura luxúria e ganância, mas esta que ele explorava era milhares de vezes mais intensa e decadente.

O homem moreno azulado, percorreu as sombrias ruas iluminadas por vibrantes letreiros de néon, indicando casas de apostas e tudo o que de mais sórdido se podia esperar. Habilmente, estacionou a moto diante de um cassino, cuja placa imensa proclamava: "Não aceitamos dinheiro em jogo, somente sua alma, se ela ainda for sua".

— Olha só, o que me deve a honra de sua presença, majestade? — uma voz jovial e alegre surgiu velozmente à sua frente, acompanhada por um sorriso pontiagudo.

— Craig Stark, já te disse para me chamar apenas de Jacaerys — riu do rapaz — Mesmo que, em termos de aparência, você pareça ser mais velho que eu — soltou uma risada desdenhosa.

— Sempre tão amável — disse Craig.

Craig, um homem de cabelos loiros ensolarados, rosto adornado por uma fina barba que conferia uma idade aparente superior à sua, alto, com pele bronzeada e vestindo trajes esportivos que lhe assentavam incrivelmente bem.

THE DEVILWhere stories live. Discover now