(15) AMOR ALÉM DO CAOS

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Voltei pessoal, e aqui estou mais uma vez para me despedir de todos vocês que acompanharam até agora, e aqui nos despedimos de mais uma obra.

__Entre chamas e sombras, o amor prevalece__

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__Entre chamas e sombras, o amor prevalece__


O inferno despertara com uma bela temporada de outono, a estação favorita do jovem Lucerys. Encontrava-se, como sempre, nos extensos jardins do castelo, um hábito que havia cultivado e que ninguém mais questionava. As folhas douradas dançavam ao vento, criando uma atmosfera mágica ao seu redor.

Azariel, com sua presença etérea, acabara de se manifestar atrás do moreno de olhos âmbar. Seu olhar, enigmático como sempre, parecia refletir segredos antigos e profundos. Lucerys já estava acostumado com a presença demoníaca atrás de si, algo que também se tornara cotidiano em sua vida no castelo.

— Não há outras ocupações neste castelo para você, Azariel? — questionou o jovem, sem desviar o olhar de suas amadas tulipas, cujas pétalas vibravam com a luz do sol poente.

— Na verdade, meu serviço aqui é você, senhor — ela disse, séria. Sua voz não carregava o habitual desdém, o que chamou a atenção do moreno.

— Eu? Um trabalho bem perigoso, eu diria — ele riu sozinho. — É realmente engraçado você ter aceitado o papel de "cuidar" de mim, quando eu jurei apagar a sua existência — falou.

— Na verdade, meu senhor, fui eu quem se ofereceu para servi-lo pessoalmente — acrescentou.

Lucerys interrompeu a poda das tulipas mortas, colocou os materiais no chão e virou-se vagarosamente para encarar o rosto da mulher de cabelos ruivos como fogo. O moreno passou o que pareceram ser dois minutos apenas procurando qualquer sinal que denunciasse uma armadilha ou algo do gênero, porém não encontrou absolutamente nada além da verdade absoluta.

— Qual o sentido disso? — perguntou seriamente o Velaryon.

— Eu não sei, senhor. Mas eu não te odeio totalmente — Azariel disse. — Quando te vi pela primeira vez neste castelo, pensei que você fosse um segundo Elijah.

— E o que te fez mudar de ideia sobre isso? Ou melhor, o que te garante que eu não seja um segundo Elijah Velaryon? — o moreno fez uma expressão estranha ao mencionar o nome do falecido rival.

— Não sei dizer exatamente o que me fez mudar de ideia, mas algo em mim mudou em relação a você. Eu te odeio um pouco menos do que antes — os olhos laranjas da mulher brilharam. — O que te faz diferente do Elijah, e que você nasceu para comandar o inferno… você nasceu para o submundo — disse por fim.

— Isso é bom por agora, Azariel — falou o cacheado. — Porém, não significa que eu goste de você ou algo assim. Estamos entendidos?

— Prefiro que continue me odiando, meu senhor, pois os únicos sentimentos mútuos que podemos compartilhar um pelo outro são unicamente o ódio.

THE DEVILWhere stories live. Discover now