3 | Primeiro Não Crie Esperança 🌻

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Boa leitura!

#umsolparamim 

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H O S E O K

Permaneci estático no mesmo lugar, apenas mantendo os meus olhos sobre aquele garoto que caminhava rápido demais, como se algo estivesse o perseguindo ou como se tivesse visto um fantasma. Seus cabelos negros dançavam no ar conforme o vento da noite adentrava pelos fios que pareciam ser um pouco grossos, e seu cheiro levemente adocicado ainda permanecia ao meu redor. Uma sensação agridoce percorria todo o meu estômago enquanto eu ainda o observava.

Olhei ao redor completamente confuso, verificando se alguém nos observava ou se algo tinha acontecido que o assustou, mas não, as poucas pessoas presentes estavam focadas em suas próprias vidas.

— Que garoto estranho — murmurei para mim mesmo., me perguntando quem sai correndo assim do nada com a desculpa de que tinha que fazer o velório do gato? — Desculpa mais esfarrapada.

Voltei a caminhar em direção que eu estava seguindo antes de ouvir aquela voz rouca e tão doce ao mesmo tempo. Com a minha visão periférica, notei algo na grama no mesmo lugar que aquele garoto estava sentado minutos antes, debaixo da árvore. Segui até o objeto e abaixei-me para pegá-lo. Era um caderno de capa preta e dura, com vários desenhos de gatinhos sobre a capa e um pequeno nome escrito em uma letra simples: Yoongi.

— Pelo visto você esqueceu seu caderno, Yoongi — após pegar o caderno, me levanto, no entanto, acabo achando um pedaço de pano perto do tronco daquela árvore. Observo mais de perto, conseguindo identificar que o pedaço de pano na verdade se trata de uma touca simples, de cor branca e feita de lã.

Após pegá-la, passo as mãos para tirar todo o resíduo de sujeira que havia ficado grudado no pano fofinho.

— E a touca também. — Completo por fim.

Droga, eu preciso urgentemente parar de falar sozinho.

Olho ao redor novamente só para ter certeza de que o garoto estranho vulgo Yoongi não está de volta para pegar os seus pertences, mas é claro que ele não estava. Solto um suspiro e volto a andar.

Desta vez com um caderno e uma touca em mãos.

Quando eu finalmente entro em meu carro — da minha mãe — fico tentado a ver se há algo escrito nesse caderno. Aparentemente parece ser um caderno comum, mas a capa preta com os rostinhos de gatinhos me chama atenção. Instantaneamente meus pensamentos me levam ao momento em que segurei o garoto em minhas mãos, não deixando que ele caísse, seu rosto ficou a centímetros do meu e eu simplesmente não conseguia desviar meu olhar daquele garoto tão bonito. Seus olhos pequenos e gateados, parecia que uma constelação residia em suas íris.

The Sun of My Night | sopeWhere stories live. Discover now