ANDAMENTO | NÃO É DEATHFIC
Min Yoongi nunca teve muitas ambições em sua vida, gostava de música e de cozinhar, coisas simples lhe abria um sorriso sincero. Preso dentro de casa durante o dia, por possuir uma rara doença que o impossibilita de sentir...
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A viagem de volta para Gwangju foi tremendamente tranquila, praticamente dormimos o caminho inteiro, principalmente Hoseok, que ainda teria que ir para escola na segunda-feira pela manhã. Mas, de qualquer forma, estávamos bastante cansados, principalmente se levarmos em consideração todos os acontecimentos desde sábado, o horário que fomos dormir e o que acordamos na manhã seguinte, é bastante compreensível.
Apesar de que no domingo, pela tarde, Hoseok e eu assistimos a um filme.
Milagrosamente, consegui fazê-lo assistir A Freira comigo. Não foi tão fácil assim, tive que prometer lhe dar vários beijinhos e carinhos. E ainda por cima, quase fiquei surdo, pois seus gritos agudos entravam por meus ouvidos quase os fazendo doer. Mas no final, eu faria tudo novamente, pois, para ter seu corpo colado ao meu o tempo inteiro eu assistiria qualquer filme de terror com ele.
Mesmo com a probabilidade de sair surdo no final de tudo.
Estar de volta em casa era maravilhosamente agradável, claro que a viagem fora incrível pra caramba, um dos melhores momentos da minha vida, eu não tinha dúvidas. Mas, nada se compara com o conforto de estar em casa, de estar em seu lar em um ambiente no qual você está familiarizado. Poder ficar à vontade em meu quarto sem me preocupar com alguma exposição solar não tem palavras que possa explicar.
Na segunda-feira quando acordei, me senti um pouco mal, porque enquanto eu estava em casa descansando, acordando a hora que eu quisesse, Hoseok estava na escola. Eu nem sabia se ele tinha conseguido dormir bem após seu pai me deixar em minha casa. Mas havia uma mensagem sua em meu celular me desejando um bom dia com um emoji de carinha feliz e um coração amarelo.
Hoseok amava amarelo e confesso, que talvez essa cor esteja se tornando a minha favorita. Me fazia lembrar dele.
E falando do pai de Hoseok, o senhor Jung é um homem bastante sério, mas bem carismático, e ao contrário do filho e da esposa que conheci na cafeteria naquela noite no shopping, que conversam pelos cotovelos, ele é caladão, um homem de poucas palavras. Hoseok se parece bem pouco com o pai, o castanho do cabelo é o mesmo, os olhos pequenos com a mesma tonalidade de castanho e a região fina dos lábios e queixo. De resto, ele era a cópia de sua mãe.
Mas recordando bem, Hoseok é uma mistura perfeita dos dois.
Então aproveitei a segunda pela manhã e toquei um pouquinho de piano. Realmente havia algum tempo que eu não praticava, portanto senti como se estivesse enferrujado, mas logo peguei um ritmo e mandei um áudio para Hoseok enquanto eu permanecia tocando Shivers do Ed Sheeran.
