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Capítulo 5

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Percebi que era muito fácil gostar de Jungkook. Muito fácil mesmo.

Era muito fácil gostar de sua companhia, gostar de seus toques, seu sorriso, sua honestidade. E era especialmente fácil gostar de seus beijos.

Ficar sonhador ao lado dele era inevitável. Ele tinha esse efeito, te deixava delirante, emocionado. Deixava sua mente obcecada, pensando nele o tempo inteiro. Deixava seu corpo implorando para ser tocado por ele novamente. Deixava seu lobo eufórico por simplesmente sentir o cheiro dele.

Eu me desconhecia, nunca tinha ficado assim por ninguém antes, afetado desse jeito, encantado desse jeito, desejoso desse jeito.

Sabia que não era por ele ser um alfa, era por ele ser Jungkook. Era por ele ser quem ele era que eu ficava assim.

Na segunda-feira após nosso encontro, eu cheguei no trabalho ainda com o cheiro dele impregnado em mim. Fui rodeado de perguntas, as pessoas do meu trabalho, meus amigos ômegas, ficaram doidos querendo saber quem era o alfa cheiroso com quem eu estava saindo. Eu fiquei com um pouco de vergonha ao contar, mas não tive nada além de orgulho ao mostrar as fotos de Jungkook.

Eu não ia me fazer de rogado, também tinha orgulho por ter sido marcado por ele e ter seu cheiro em mim. Afinal, Jungkook tinha feito aquilo, ele tinha me marcado, mesmo, de verdade. Ele quis deixar seu rastro em mim, quis que todo mundo soubesse que eu estava saindo com ele, que eu estava com ele.

Eu sempre vi ômegas marcados pelos cheiros de seus companheiros, Jimin mesmo às vezes cheirava tanto a Namjoon que eu até poderia me esquecer do seu cheiro original. Mas ninguém havia me dito como a gente se sentia ao ser marcado.

Era um tanto, sei lá, era prazeroso. Eu me sentia protegido, cuidado pelo alfa mesmo à distância. Também me sentia envaidecido, querendo exibir para o mundo seu cheiro em mim.

Eu me sentia completo.

Exatamente como Jimin costumava me dizer que se sentia namorando alfas. O ômega dentro de mim se sentia certo, sentia que estava exatamente onde deveria estar.

Ainda tinha aquela vozinha irritante em minha cabeça, me dizendo que aquilo não era para mim, que Jungkook nunca gostaria de mim como eu gostava dele. Que ele era bom demais para ser verdade, bom demais para mim.

Mas quando eu estava com Jungkook, ela parecia sumir.

Eu via sua postura sincera, a transparência brutal de seus atos, aquela excentricidade que só ele tinha. Era impossível duvidar que ele estava sendo verdadeiro, era impossível não acreditar em suas palavras, não acreditar nele.

E quando ele me beijou... aquilo foi genuíno, eu sabia que sim.

Meu lobo começou a me dizer para não dar ouvidos a essa vozinha.

E eu, aos poucos, estava conseguindo fazer isso, ignorá-la.

Estava determinado a não deixar que as titicas de galinha em minha cabeça estragassem aquilo. Estava determinado a vencê-las.

Ao longo da semana, eu e Jungkook continuamos conversando por mensagens, e eu precisava admitir que elas logo se tornaram a melhor parte dos meus dias. Às vezes ele dizia besteiras só para me fazer rir, às vezes ele só me atualiza sobre seu dia, às vezes ele só queria saber de mim e me instigava a passar horas falando.

Às vezes ele falava de alguns assuntos que me despertavam um fascínio real. Eu adorava ver ele falando sobre seu trabalho, por exemplo. Ele era engenheiro mecânico na Hyundai, fazia parte do time de design dos carros, e eu achava aquilo incrível. Adorava também vê-lo falar sobre seus interesses, seus hobbies e afins, ele era muito inteligente, e cativante.

MOLETOM | taekook (abo)Where stories live. Discover now