Capítulo 12 - Goyang

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Eles tiveram que mudar o rumo do percurso do avião para Baltimore, Sam estava curioso com o que Bucky quis dizer.

— E aí, é o Falcão Negro — um menino disse olhando para Sam.

— É só Falcão, garoto — ele informou.

— Não é não, meu pai disse que é o Falcão Negro — o menino contrariou.

— É porque eu sou negro e sou o Falcão? — Sam questionou.

— Sei lá, acho que é — o menino respondeu.

— Então você é o quê? Um garoto negro? — Sam perguntou e o garoto parecia não saber o que responder — peguei ele não é? — ele pergunta rindo e olhando para os amigos do garoto.

Bucky seguiu o caminho com Dane e Stark enquanto Sam falava com o garoto, e então ele subiu até a varanda de uma casa e bateu na porta de metal que tinha uma placa dizendo, não ultrapasse, e um garoto abriu.

— Queremos falar com o Isaiah — Bucky informou.

— Não mora ninguém chamado Isaiah aqui — o garoto respondeu.

— Olha, a gente só quer falar com ele — Bucky explicou.

— Cê não deve ter ouvido o que eu disse, né? — o garoto repetiu — não vão entrar nessa casa, vão embora.

— Diz pra ele que o cara do bar de Goyang ta aqui, ele sabe o que quer dizer — Bucky pediu novamente.

— Ta, espera aí — o garoto disse saindo da porta.

— Que simpatia, como conhece esse cara? — Sam perguntou curioso.

— Conhecia, tivemos um confronto durante a Guerra da Coreia — Bucky explicou e o garoto voltou.

— Vocês estão com sorte, ele quer ver com os próprios olhos — o garoto disse abrindo a porta e deixando os quatro entrar.

— Isaiah — disse Bucky olhando para o homem negro idoso a sua frente.

— Olha só você — disse se referindo a aparência jovem de Bucky.

— Esses aqui são, o Sam, a Helena e a Lorna, ele é o Isaiah — o homem disse apresentando ambos.

— Stark? — o homem perguntou olhando para Helena e ela confirmou com um aceno da cabeça — sinto muito pelo seu pai.

— Obrigada.

— Isaiah era um herói, um dos que a HYDRA temia, como o Steve, nós conhecemos em 51 — Bucky explicou.

— Se por te conhecer quer dizer, que te dei uma surra, então sim — o homem rebateu, fazendo Helena sorriu com aquilo — ouvimos boatos de que ele estava na península, mas todo mundo que foi atrás dele, nunca voltou, então o exército americano me soltou atrás da linha pra lidar com ele — contou — eu arranquei metade desse braço de metal naquela luta em Goyang, mas to vendo que ele fez crescer de volta — disse olhando para o braço — eu só queria ver se ele conseguiu o braço de volta ou se ele veio aqui me matar.

— Não sou mais um assassino — Bucky informou.

— Acha que pode acordar um dia e decidir quem você quer ser? Não funciona assim — o homem comentou enquanto os quatro o olhavam atentamente — bom, talvez para pessoas como você — Isaiah disse e o olhar de Bucky recaiu e Helena conseguiu sentir a dor de Bucky.

— Isaiah, nos estamos aqui, porque tem mais como você e eu por aí — Bucky explicou.

— Você e eu?

— E precisamos saber o porquê — Bucky concluiu.

— Eu não vou mais falar sobre isso — disse jogando uma caixa de metal na parede e a prendendo lá, por conta de sua força — sabe o que eles fizeram comigo, por ser um herói? — perguntou se aproximando de Bucky — eles me puseram em uma prisão por 30 anos, ficavam fazendo teste, tirando meu sangue, entravam na minha cela, nem o seu pessoal fez isso comigo — o homem disse e os olhos de Bucky se encheram de lagrimas, assim como os de Helena.

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