Capítulo 23 - Crianças

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Eles desceram para a rua atrás de informação, foram até um hotel antigo, que era o centro de reabilitação para os refugiados.

— É uma vergonha o que esse lugar se tornou, quando eu era jovem, vinha aqui para festas e jantares fabulosos, não entendia nada de política, na época, é claro, mas eu me lembro de ser belíssimo — Zemo informou.

— Eu e a Lorna vamos dar uma olhada lá em cima — Sam disse — vê se descobre alguma coisa aqui. 

— Fiquem de olho nele — Lorna pediu saindo ao lado de Sam.

— Não vou atrapalhar o belo casal — Zemo comentou.

— Não somos um casal — Helena rebateu.

— Me desculpe, deveria dizer isso a si mesma — ele comentou fazendo ela revirar os olhos.

— Posso atirar nele? — ela disse olhando para Bucky.

— Não em público.

Eles procuravam, perguntavam sobre Donya, mas as pessoas pareciam correr deles, não queriam contar, falavam que nunca haviam ouvido aquele nome antes.

— Eles não vão falar — Helena comentou — eles sabem quem somos, não confiam em nós, não vão falar — ela concluiu.

Enquanto isso, Zemo tentava outra estratégia com seus Manjares Turcos e as crianças.

— Manjar Turco, era o favorito do meu filho — ele contou para uma garotinha que pegou a bala — minha antiga amiga Donya, faleceu, você a conhecia?

— Sim.

— Eu gostaria de prestar minhas homenagens — ele comentou — você sabe onde vai ser o funeral?

A garota concordou com um aceno da cabeça e ele pediu para ela contar a ele em seu ouvido, em seguida, ela se aproximou dele e disse, enquanto Bucky e Helena apenas assistiam, e Sam e Lorna se aproximavam.

— Ta parecendo um beco sem saída — Sam comentou.

— O que que ele ta fazendo? — Bucky perguntou.

— Descobrindo as respostas das nossas perguntas — Helena respondeu enquanto ele voltava até eles.

— Adoro crianças — Zemo comentou.

Quando eles voltaram, Bucky estava estressado, assim como Sam e Lorna.

— Não consegui nada — ele disse — ninguém fala sobre a Donya.

— É porque a Karli é a única que ta lutando por eles — Lorna explicou.

— E ela não ta errada — Sam concluiu se sentando no sofá, assim como Bucky.

— O que quer dizer? — Helena perguntou.

— Por cinco anos, as pessoas foram recebidas em países que as mantinham do lado de fora com arame farpado, havia casas e empregos, todos estavam felizes de receber as pessoas para ajudá-los a reconstruir — Sam contou — não era só uma comunidade se unindo, era o mundo inteiro se unindo, e aí, bum, de uma hora pra outra, tudo voltou ao jeito que era — ele concluiu.

— Para eles, a Karli tá fazendo alguma coisa — Lorna disse.

— Você acha que os fins justificam os meios que ela usa? Então ela não é diferente dele, ou de qualquer um que vocês já enfrentaram — Helena rebateu.

— Ela é diferente, ela não é motivada pelas mesmas coisas — Sam disse enquanto Zemo trazia uma bandeja com chá.

— Aquela menininha, o que que ela te contou? — Bucky perguntou olhando para Zemo.

— O funeral será a esta tarde — Zemo disse.

— Sabe que as Dora vão vir te pegar a qualquer minuto, na verdade, devem estar olhando lá de fora agora, continua falando — Bucky ordenou.

— E deixar que me entreguem quando acharmos a Karli? Não... prefiro continuar com a minha vantagem — Zemo disse segurando uma xícara de chá.

Bucky se levantou do sofá e foi em direção a Zemo, pegou a xícara brutalmente das mãos do homem e a lançou contra o chão.

— Quer ver o que alguém consegue fazer com vantagem? — ele perguntou e Zemo inclinou a cabeça.

— Barnes, pega leve, não provoca ele — Helena pediu — se não ele vai te convencer dando aquela inclinada de cabeça, aquela que eu te convenço — ela disse sabendo que aquela era uma coisa sokoviana.

— Vou fazer uma ligação.

— Aceita um chá de flor de cerejeira? — Zemo perguntou para Bucky.

— Não, bebe você — ele disse ainda irritado.

— Bucky — Helena chamou ele e ele se distanciou indo para outro cômodo com Helena — precisa de acalmar — ela pediu gentilmente.

— Eu sei.

— Então faz isso, não pode deixar ele te irritar, ele quer fazer isso — Helena comentou.

— É, eu sei — Bucky informou.

— Gente, vamos — Sam pediu olhando para os dois — temos que ir.

Bucky e Helena se entre olharam, e ela deu um leve tapa no ombro dele e saiu na frente, seguindo Sam.

Enquanto andavam nas ruas de Riga, em uma escadaria, viram alguém não tão agradável.

— Karli Morgenthau é perigosa demais pra vocês seguirem com esse plano — Walker disse indo em direção a eles.

— Ah, como acharam a gente agora? — Bucky perguntou.

— Qual é, acha mesmo que dois Vingadores e uma Stark podem andar pela Letônia sem chamar atenção? — Lemar perguntou.

— Chega de deixar a gente no escuro — John pediu — podem começar dizendo por que tiraram ele da prisão — Walker ordenou apontando para Zemo.

— Pior que ele saiu sozinho — Bucky disse.

— A explicação tem que ser absurdamente convincente! — Walker disse abrindo os braços, irritado.

— Relaxa aí, senão a coisa fica feia — Helena disse.

— Aé, vai fazer o que Stark? — Walker perguntou indo pra cima dela e a fazendo sorrir de canto debochadamente.

— Você quer mesmo saber? — Helena perguntou com um olhar de deboche.

— Helena — Sam repreendeu.

— Quero — Walker respondeu irritado.

Ela apenas o encarou, olhando no fundo dos olhos dele, com a expressão facial neutra. Os outros olhavam enquanto eles se encaravam achando que era apenas uma encarada, mas Lorna sabia que era algo muito pior, pois as veias dela estavam novamente ficando escuras.

Walker sentiu uma expressão de dor se espalhar rapidamente por seu rosto, mas ele fez questão de manter seu olhar fixo nos olhos azuis dela. Enquanto ela abria um sutil sorriso no canto dos lábios, ele parecia estar sofrendo uma dor imensa em sua cabeça.

— O que ela ta fazendo? — Sam perguntou.

— Ela ta na cabeça dele — Lorna comentou.

Helena brincava com toda a mente de Walker, o fazendo sentir como se seu cérebro estivesse recebendo milhões de agulhas ao mesmo segundo, ela estava o controlando, o fazendo a olhar mesmo sentindo aquela dor. Lemar pegou sua arma sutilmente planejando atirar na garota, quando ele destravou a arma, ela disse:

— Se atirar, eu mato ele — Helena ameaçou e o moreno destravou a arma.

Ela finalmente saiu da cabeça de Walker, o fazendo cambalear para trás enquanto ela sorria debochadamente o olhando, o provocando.

— Você ta presa, sua vaca — Walker disse indo em direção a ela.

— Pelo o quê? Entrar na sua mente? Te fazer um fracote? — ela perguntou, o deixando ainda mais irritado — se relar em mim, ele te mata — ela disse na cabeça dele.

— Sai da minha cabeça, sua vadia — ele ordenou indo para cima de Helena e Bucky rapidamente entrou na frente, ficando entre os dois.

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