Capítulo 30 - Desonra

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Após dizer aquilo, ela ficou calada, e apenas saiu de perto dele e Lorna foi com ela.

— Ela me odeia.

— Ela não te odeia Bucky, só ta chateada, dá um tempo pra ela — Sam disse batendo no ombro dele — vem, vamos.

Eles voltaram para o local da luta, e Torres estava ali a espera deles, assim como a polícia, apreendendo os seguidores da Karli.

— O CRG está conduzindo missões pra encontrar a Karli, mas até agora, só encontraram os seguidores dela, procuraram neste campo, e assim como no último campo, nada — Sam explicou — ela sumiu, nunca vamos encontrar.

— Olha só, voltou a usar manga — Torres disse em tom de zoação, olhando para Barnes.

— Dá um tempo pra ele, ele e a Helena brigaram — Sam pediu e Bucky revirou os olhos.

— Vai atrás dela — Torres sugeriu.

— Ele ta com medo — Sam comentou.

— É tão grave assim? — Torres perguntou preocupado.

— É cara, o máximo que pode acontecer é ela te jogar a uns 10 km de distância — Sam disse zoando.

— Eu não vou.

— Sam vai com você — Torres informou.

— Aí, eu não quero apanhar, não — Sam disse.

— Qual é, dá uma força — Torres pediu.

— Ta, vamos pro alojamento atrás dela.

Os dois apenas subiram para o alojamento, quando chegaram lá, Helena e Lorna estavam no sofá, conversando.

— Não me bate — Sam pediu, com as mãos erguidas em sinal de rendição, ao ver o olhar de Stark — só tô sendo apoio emocional.

— O que foi? — ela perguntou.

— Eu não sou mais o Soldado Invernal, sou James Bucky Barnes...

— Ah não — Helena disse na intenção de sair de perto dele, mas ele a cercou.

— Me escuta, por favor — pediu olhando nos olhos dela.

— Ta.

— Eu não sou o Soldado Invernal, sou James Bucky Barnes e você faz parte do meu esforço para reparações — ele disse dando um sorriso enquanto ela olhava para ele irritada.

No mesmo segundo, ela acertou um soco na mandíbula dele e James apenas a olhou assustado.

— Aceito seu pedido de desculpas — ela disse se virando de costas pronta para sair.

— Com quem ela aprendeu a socar assim? — Sam perguntou enquanto Bucky sentia o gancho de direita dela.

— Natasha Romanoff — disse saindo do campo de visão deles.

— A gente vai voltar pra Nova Iorque, ela recebeu ligações da Pepper, precisam dela lá — Lorna disse — se cuida, Sam.

— Ela gosta de você — Bucky disse olhando para Sam enquanto Lorna se distanciava.

— O quê? Não, será?

— Ela gosta sim — Bucky informou saindo de perto de Sam.

— Vai resolver o negócio do Zemo? — Sam perguntou.

— Vou.

Helena e Lorna, não estavam indo para Nova Iorque, e sim para Washington DC, Rhodes havia ligado minutos antes de Sam e Bucky iriem até elas, ele precisava dela para a condenação de Walker, ela era uma das peças fundamentais.

Após uma semana, ela prestou seu depoimento contra Walker, contou a eles o que aconteceu, como Lemar foi morto, ela contou a eles extremamente tudo, e eles entenderam que as ações dela foram para proteger Sam e Bucky, as duas apenas levaram algumas advertências sobre os ocorridos em Riga e Madripoor, assim como Sam e Bucky. Helena se responsabilizou pelas ações de Zemo, e eles a proibiram de sair do país por quase dois anos, não iriam prendá-la, pois não havia provas de que ela estava totalmente envolvida na fuga. Já que como Bucky mesmo havia dito a Walker, ele realmente saiu sozinho.

— John F. Walker, este conselho decidiu que você não irá mais agir em qualquer instância como representante do governo dos Estados Unidos, ou de seu exército, você está destituído do seu título e de sua autoridade como Capitão América, em efeito imediato — o Senador informou.

— Senador, permissão para apresentar ao conselho um testemunho das circunstâncias do incidente — Walker pediu.

— As circunstâncias do incidente foram consideradas, é apenas devido ao seu serviço prévio exemplar a este país que estou recomendando contra uma corte marcial — o Senador avisou.

— Com o devido respeito, Senador, eu acho que vocês não entenderam toda a gravidade da situação e sendo assim, não compreenderam as circunstâncias — Walker disse novamente.

— Isso não é uma negociação.

— Eu já entendi — o loiro disse.

— Isso é uma ordem — disse o homem.

— Eu só estou pedindo para ser ouvido — Walker rebateu.

— Isso é uma ordem.

— Eu já entendi! Eu entendi isso, eu já entendi isso — disse batendo a mão na mesa — eu vivi a minha vida seguindo as suas ordens, eu dediquei a minha vida aos seus comandos, eu só fiz o que vocês me pediram, e o que vocês me disseram para ser, me treinaram para fazer e eu consegui, e eu fiz muito bem — ele disse.

— Nossa testemunha diz ao contrário.

— Que testemunha, o Sam? O Barnes? — Walker perguntou.

— Senhorita Helena Caroline Stark — o Senador contou.

— Aquela vadia, claro.

— Você receberá uma dispensa desonrosa e retroativa no início do mês, não manterá qualquer patente na reserva e não receberá benefícios — ele disse.

— Vocês me criaram, Senador, eu sou o Capitão América.

— Não é mais — o Senador informou — e se você continuar a reprimir ou rebaixar as prioridades e dignidade desse conselho, vai passar o resto da vida no Quartel Disciplinar dos Estados Unidos — disse enquanto ele dava as costas para o conselho — considere-se extremamente sortudo Senhor Walker.

Walker andava até a porta, até que viu Helena ali ao lado de Lorna sentada apenas o observando.

— Você.

— Eu — ela disse dando uma piscadela para ele.

— Eu vou te matar — ele ameaçou na frente de todos ali.

— Pode tentar, vai ta numa prisão antes de relar em mim — ela informou e ele apenas saiu pela porta.

— Sabe que se ele relar em você, o Bucky mata ele né?

— Sei.

Dark FireWhere stories live. Discover now