Capítulo 20 - Contêiner

18 3 11
                                    

Quando a terceira música havia acabado, elas pararam de dançar por um momento. O DJ, percebendo o silêncio, decidiu colocar a música "Crying in the Club". Assim que a melodia começou a tocar, as meninas não puderam resistir e imediatamente voltaram a se movimentar ao ritmo da batida. Foi como se a música tivesse um poder mágico de reenergizá-las e trazer de volta a alegria e a diversão.

Apesar de estarem cansadas e a música ser um pouco, mas calma, elas continuavam na pista de dança, dançando esperando pelo refrão da música. Helena procurava Bucky com o olhar, mas não o achava por conta da multidão.

Perto do Bar, ele a olhava de longe, via ela olhar para os lados procurando algo e começou a olhar fixadamente em direção a ela, como se algo o puxasse, como se ele soubesse que ela estava procurando a ele.

Algo no ar criava uma conexão intensa entre eles, como se uma corrente elétrica invisível os puxasse um em direção ao outro. Ao perceber o olhar de Barnes, Lorna apenas fez um discreto movimento de cabeça para que Helena olhasse para trás.

Enquanto a música tocava e o refrão chegava, algo aconteceu. Seus olhos se encontraram, como se fossem ímãs que se atraíam sem esforço. Os corações batiam em sintonia com a melodia, e ali eles ficaram, conectados por esse instante singular. E por um instante, o mundo se tornou apenas eles e aquela melodia envolvente, fazendo Zemo se perguntar.

— Eles fizeram de propósito? — ele perguntou olhando para Sam.

— O quê?

— Eles se encararam no momento em que o refrão tocou, eles fizeram de propósito, tenho certeza — Zemo disse enquanto observava Lorna vir até eles.

— Agora eu tenho certeza, e depois do que aconteceu mais cedo no bar — Dane disse do lado de Zemo.

— É, que merda foi aquela no bar? — Sam perguntou.

— Eu não sei — ela disse enquanto Bucky olhava para eles.

— A Sharon descobriu algo — ele disse ignorando os comentários.

— Ei, gente, encontrei ele — ela disse chamando todos.

— Vamo lá — Helena disse.

Eles subiram novamente para as garotas trocarem de roupa, ambas colocaram um macacão preto e uma jaqueta por cima. Helena estava com uma jaqueta vinho e Dane estava com uma jaqueta preta.

Nagel estava em um tipo de laboratório que fica nas Docas, em um dos contêineres. Eles sabiam a localização, por isso foram rapidamente até lá procurar o doutor.

— Madripoor podia dar umas aulinhas pra Nova Iorque — Sam comentou.

— Eles sabem dar uma festa — Zemo continuou enquanto eles procuravam o contêiner certo.

— Vocês estão bem? — Sam perguntou olhando para Helena e Lorna.

— Só um pouco cansadas — Lorna comentou sorrindo para ele.

— Com a recompensa por vocês, quanto mais ficarem em Madripoor, menos chances tem de sair — Sharon comentou ainda procurando — ta legal, ele tá la dentro, contêiner 4621 — a loira apontou para o contêiner — eu vou ficar de olho enquanto vocês falam com o Nagel, mas vão rápido, estamos sem tempo — ela disse entregando os fones a eles.

Sharon saiu de perto deles enquanto Helena, e Lorna foram na frente e abriram o contêiner 4621. Ele parecia vazio, não havia nada dentro, pelo menos para eles.

— Sharon, tem certeza que é esse mesmo? Ta totalmente vazio — Sam perguntou olhando dentro do contêiner.    

— Absoluta, tem que ser — ela respondeu enquanto eles entravam no local.

— Não ta vazio — Helena comentou indo no fundo do contêiner — tem alguma coisa aqui — ela disse tirando um fundo falso.

Sam e Bucky pegaram suas pistolas enquanto Lorna e Helena empurravam o fundo falso, e Zemo segurava a lanterna.  Apesar dos dois tentarem passar por elas, elas foram à frente deles, já esperando um ataque.

E no momento em que elas chegaram ao topo, quatro homens começaram a atirar na direção delas, as fazendo se esconder para desviar das balas.

— Dá um jeito — Helena pediu olhando para sua irmã.

Lorna rapidamente ficou na visão dos homens novamente, e quando eles dispararam as balas, ela os parou no ar com seus poderes, e logo puxou as pistolas para o chão perto dela.

— Todos seus — Lorna informou olhando para Helena.

— Valeu.

Helena demonstrou habilidades e agilidade impressionantes ao confrontar um dos homens de forma rápida e eficaz. Ela utilizou um golpe em suas partes íntimas e uma joelhada no queixo, incapacitando-o instantaneamente. Demonstrando ainda mais destreza, Helena subiu nas costas dele e executou uma acrobacia precisa, derrubando-o no chão, deixando-o inconsciente.

— Não — Lorna disse parando Sam e Bucky que estavam indo atacar um dos homens — deixa ela.

Ela pulou no segundo homem e rapidamente o derrotou com uma cotovelada na nuca. O terceiro homem, apesar de ser um pouco mais alto, não foi páreo para sua velocidade e precisão. Ela acertou-o com um objeto de vidro que encontrou por perto e também desferiu socos no rosto, pescoço e região genital, levando-o ao chão.

— Como ela sabe lutar tão bem? — Zemo perguntou passando pelos dois homens derrubados.

— Treinos com a Natasha e com o Bucky — Sam explicou passando na frente.

— Ela tem o treinamento de uma viúva negra — Zemo comentou olhando novamente para ela — isso é interessante.

Em seguida, ela se lançou contra o quarto homem e, utilizando suas pernas, torceu seu pescoço, causando sua morte. Bucky olhou pra ela e disse:

— Nada mal.

— É, foi divertido — ela disse passando sua mão em seus cabelos.

— E agora? — ele comentou olhando um dos homens levantar.

Helena apenas acertou um chute no rosto do homem, o derrubando de vez.

— Vamos — ela pediu.

O doutor estava na parte dos fundos, mexendo com algum experimento, estava ouvindo uma música que parecia ser dos anos 40, até que Sam o olhou e disse:

— Doutor Nagel? — o homem olhou assustado.

— Quem são vocês? O que querem?

— Sabemos que você criou o soro do super soldado — Helena comentou.

— Saiam do meu laboratório — o homem disse saindo em disparada, até ver Bucky, o que lhe fez ficar parado assustado olhando para Barnes.

— Sabe quem é ele, não sabe? — Helena disse sussurrando próximo ao ouvido do doutor e ele apenas concordou com a cabeça.

— E ele é o Barão Zemo, já ouviu falar dele, também né? — Lorna disse — E claro, já ouviu falar dela, Helena Stark, a filha prodígio da América — Lorna continuou e ele apenas concordou.

— Você parece ser um cara esperto, então começa a abrir o bico — Helena ordenou.

— Que tal uma contraproposta? — o homem perguntou olhando para ela — me faça uma oferta melhor e eu falo.

— Pessoal, temos companhia — Sharon disse pelo fone.

Dark FireOnde histórias criam vida. Descubra agora