Capítulo 71

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Dias se passaram, e Micaela não conseguiu fugir. Joseph estava indócil. Ficou sabendo do casamento de Belinda e Hades. Apenas soube que se casaram.

- Mas porque eu não posso? – indagou.

- Porque você será rainha. – Cristal explicou paciente.

- E ele será meu marido. – rebateu.

- Será, do verbo ainda não é. E solte esse cabelo, isso é coisa de criados. – Vanessa puxou a fitinha do cabelo dela, soltando.

- Esses uniformes também... por deus, não mandaram as roupas ainda?

- Mandaram. – lembrou das malas com vestidos de todos os tipos.

- E você não os usa por...

- Porque eu não sou rainha. – disse debochada – Usarei quando for, no verbo não sou ainda. – Vanessa riu gostosamente.

- Gosto da sua atitude. - disse se sentando. Uma criada bateu na porta dizendo que havia visita.

- Quem?

- A não ser que queiras virar rainha vestida em trapos, precisamos de um vestido de noiva. – Vanessa respondeu divertida. A costureira entrou.

Aquilo distraiu Micaela por instantes. A costureira tinha modelos de vestidos perfeitos. Micaela queria o vestido perfeito para quando fosse se tornar mulher de Joseph. Depois do que Camila havia feito, ele merecia o melhor.

Dias depois...

- Soube que está trabalhando em um vestido. – comentou. Os dois caminhavam no jardim. Ele a observava, como se quisesse gravar cada pedaço dela.

- E você, que está trabalhando em uma coroa. – rebateu. Iam perguntar quem era o delator... mas a mini delatora passou correndo na frente dos dois, rindo.

- Como está indo?

- Você não pode saber – ele ficou confuso – O noivo não pode saber do vestido antes do casamento. Dá azar.

- Oh. – disse entendendo.

- E você?

- Estou bem, já que pergunta. Quero apenas a coroa perfeita, para minha rainha perfeita. – disse parando de andar, tomando o rosto dela em suas mãos. Ela sorriu.

- Soube que tua audiência foi marcada, para antes do casamento. – estava preocupada.

- Não se moleste com isso. Eu darei um jeito. – disse tocando o nariz dela. Micaela fez um biquinho. Ele lhe deu um selinho. – Não imagina o quanto sinto sua falta. – olhava os lábios dela.

- Me prendem. – se queixou, insatisfeita, tocando o queixo dele.

- Eu sei, no final estão certos. Haveria boatos, seria o inferno. – ele selou os lábios dela novamente. – Mas, está sendo impossível.

Micaela olhou por cima do ombro dele, procurando Suri. Mas a menina havia sumido. Ele sorriu vendo a expressão dela, que o beijou em seguida. Ele suspirou, satisfeito pela inciativa dela. Ele a abraçou pelas costas, comprimindo o corpo contra o dela. Foi então que ouviram um barulho... era algo cacarejando. Os dois abriram os olhos, ainda com os lábios unidos, ambos confusos. Olharam para o lado a tempo de ver Suri passar descabelada, correndo atrás de uma galinha. Micaela riu alto.

- Mas... por que ela está fazendo isso? – a galinha passou na frente deles, e Suri atrás. Micaela ainda ria. – SURI! – a menina não deu bola.

Se entregando ao inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora