🌊Capítulo 38🔥

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                        Zuko

O beijo de mais cedo me deixou confuso, uma vez que ela não demonstrasse nada diante das pessoas e apenas em momentos convenientes ela o fazia.

Decidir nadar e mostrar pra ela que também domino a água foi uma das coisas que mais me deixou confuso depois.

Ainda tenho a sensação das suas mãos passeando no meu corpo e suas pernas envolvidas em minha cintura enquanto tomo banho e isso me enlouquece.

Eu a queria ter pra mim, mas não posso mandar no coração dela e nem mandar que ela sinta o mesmo por um idiota como eu.

É claro que ela ficou chateada comigo por conta da Katara, vi a cara que ela fez quando terminei de contar e definitivamente era nojo.

Vesti minhas roupas, hoje seria noite de festa por todos os recém libertados, afinal a Tribo da Terra era conhecida por suas festas abundantes.

Vi de relance Leonor se arrumando com um vestido azul, que lhe caiu bem e combinou com as marcas em suas costas que mais uma vez se tornaram fortes.

Ela parecia indiferente com a minha presença, isso me deixou um pouco inseguro mas ela olhou pra mim e sorriu.

-Azul combina com seu cabelo.

-Ainda não consigo ver graça em vestidos, acho que quando eu voltar para o meu mundo vou queimar todos que eu achar.

Ela diz isso descontraída, mas foi como se um tijolo descesse até meu estômago.

Decidi não responder e apenas sair, encontrando uma festa á porta tomando todo o pátio central da cidade com música, frutas, bebidas e tecidos coloridos pendurados junto com flores.

Algumas jovens olharam pra mim com algo no olhar que reconheci muito bem mas não retribuí, faziam dias que nenhuma garota me atraía.

Pra ser mais exato desde que conheci melhor Leonor que não me envolvi com mais ninguém.

Mas é até melhor, pelo menos assim posso dar um tempo para poções de infertilidade a cada relação.

Isso estava me enlouquecendo e cada vez mais impossível ignorar, ela era perfeita e ao contrário das outras mulheres não me coloca no pedestal.

Outras mulheres fariam loucuras por mim em troca de sexo, já ela salvou minha vida por sermos amigos.

O pensamento de amizade ainda não entrou na minha cabeça, mas talvez seja melhor assim.

Nunca estive em algo que não fosse instável.

Bebo uma taça de vinho tentando afastar os pensamentos, mas quando ela aparece naquele vestido tenho uma vontade enorme de pegar em sua mão e a conduzir para uma dança, por mais que eu odiasse dançar.

A forma com que ela toca seus lábios naquela taça e olha sugestivamente pra mim me fez ficar quente.

Percebo o nervosismo em seu olhar além da lascívia, não era algo totalmente normal mas também não era o que eu chamaria de estranho.

Ela era uma garota virgem, isso me surpreendeu pois ela era fodidamente linda para ser.

Bebo mais vinho e já sinto meu corpo todo esquentar, porém olhar pra ela conversando com outras garotas me fez perceber que ela tem um destaque entre elas.

De repente aquele garoto Ethan entra entre elas, que se retiram e deixam ele sozinho com Leonor.

Senti vontade de ir até eles, foi quando ele a tirou para uma dança.

Algo em mim queimou de raiva por ver ele pegando na cintura dela, um toque lascívio que não era o meu.

Ele não estava sendo grosseiro, mas seu olhar demonstrava mais do que seus gestos e a garota estava ficando constrangida.

Eles conversavam algo que eu não pude decifrar e foi então que ele a deixou com o olhar espantado com algo que ela disse.

Aproveitei a chance de me aproximar dela esbarrando no garoto de propósito.

-Você tá...bêbado? -ela se controlava pra não rir.

-E você tá bebendo também? Não é seguro pra uma mulher beber assim sem a companhia de um homem.

-Então seja minha companhia. -ela bebeu mais um pouco ficando cada vez mais corada.

-Um brinde á essas crianças.

Observamos as crianças que ainda pareciam abatidas, porém felizes comendo de tudo o que a tribo tinha a oferecer.

-Um brinde. -tilintamos as taças e nossos olhares se encontraram.

Me aproximei tendo a vaga impressão de que estava longe, pousei a taça na mesa e coloquei minhas mãos em sua cintura a observando.

-Dance comigo.

-Tá bom.

-Isso não é um pedido. -falei tentando reprimir um sorriso, ao qual ela correspondeu.

A puxei pra mais perto sentindo sua cabeça encostar em meu peito, olhei de relance pra Ethan que agora tinha bebido uma garrafa inteira de hidromel olhando pra nós.

Não pude evitar de sorrir enquanto minhas pernas iam de um lado para o outro em um ritmo lento da dança.

-Sobre o que estavam conversando? Você e o Ethan.

-Ah...-ela erguei a cabeça, aparentemente melhorando da embriaguez -ele queria confirmar se era verdade que eu e você estamos juntos.

-E o que você disse?

-Bom, eu disse que sim pra dispensar ele. E também pra que não haja falhas no nosso plano de fingir sermos noivos e...

-...e por que você gosta de mim.

Ela me encarou depois tentou falar algo, foi engraçado e ao mesmo tempo sedutor.

-Mas não vamos falar disso agora. Não quero falar, se é que me entende.

A puxei para perto novamente e a beijei, o gosto de diferentes bebidas se misturando e se tornado um envoltos em seus lábios quentes.

De repente ela pegou minha mão e discretamente me guiou até o caminho para a casa em que tínhamos dormido.

Penumbra - Os Quatro ElementosOnde histórias criam vida. Descubra agora