Mesmo em um ambiente caótico como o moto clube Abismo, não há ninguém mais explosivo do que o capitão de estradas.
Com uma personalidade forte, Ryder Reece é o responsável pela segurança dos membros do clube nas estradas.
Sobre o seu passado, e...
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Fiquei um bom tempo cuidando de Alexandre. Tive que fazer diversos exames pois não tinha certeza da extensão dos danos.
No fim, descobri que ele estava o nariz e o maxilar quebrados, o resto era só hematomas. Mas no corpo a situação estava mais feia. Ombro deslocado e diversos hematomas e cortes na perna e abdômen. Quem fez isso não deixou nenhum dano mortal, queria que ele sentisse muita dor antes de falecer. Nunca vi nada parecido.
- Kaycee? - pisquei ao som da voz de Ryder. Estava no vestiário, sentada no banco e tendo minha cabeça esmagada por pensamentos conflitantes. A imagem de Alexandre torturado foi demais pra mim - Tá tudo bem? - perguntou preocupado.
Assenti rapidamente.
- Sim, eu to bem. - garanti - Acho que só estou cansada. - disse no fim pois não era mentira - Foram horas intensas.
- Vamos pra minha casa, você precisa descansar. - ao dizer isso enlaçou os nossos dedos e nos direcionou a saída.
- Mas eu ainda tenho coisas pra fazer, daqui a algumas horas o sol vai nascer e entraremos no horário de visitas, os meus pacientes precisam de mim...
- Bem, seus pacientes precisam de você bem. - disse firme - Quando chegarmos você vai tomar um banho e descansar, se quiser comer algo eu preparo. - falou ele, enquanto saíamos para o lado externo do hospital.
Senti minhas bochechas ficarem vermelhas.
- Não precisa fazer isso.
- Você sempre cuida de mim, Kaycee. - murmurou, subindo na moto - Pelo menos hoje me deixe cuidar de você. - colocou o capacete.
Mesmo tremula pelas suas palavras, assenti e subi na moto.
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A água quente cai com força, massageando as minhas costas. Fecho os olhos me permitindo relaxar. Quando termino, me enxugo com a toalha e coloco uma das blusas que Ryder me emprestou.
Respiro profundamente e então volto ao quarto. Ryder está de pé em frente a janela. O seu olhar encontra o meu.
- Se sente melhor? - questiona coma voz rouca. Ele fecha as cortina, deixando o quarto na escuridão, mas não totalmente, já que a porta do quarto estava entreaberta e a lâmpada do corredor estava acesa. De acordo com o relógio eram cinco da manhã.
