Capítulo 32

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   Se tinha uma pessoa que sabia como era não se entender com a família era eu, mas nunca em toda a minha vida eu imaginei que Kaycee passava por isso

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   Se tinha uma pessoa que sabia como era não se entender com a família era eu, mas nunca em toda a minha vida eu imaginei que Kaycee passava por isso. 

    As coisas que o pai dela disse a ela, cada palavra me fez ter vontade de matar aquele infeliz aos socos pra que sofresse muito. Não sabia ao certo oque tinha acontecido no passado dela, mas de uma coisa eu tinha certeza: Ela não merecia nada daquilo. Não importa o que tenha acontecido, nada me faz compreender oque levou a aquele homem a odiar a própria filha. Uma filha amável e carinhosa. Chega a ser revoltante.  

           - O que viemos fazer aqui? - ela perguntou, assim descemos da moto. Tinha acabado de estacionar. 

           - Viemos pra descarregar a sua raiva. - contei, segurando a sua mão e começando a andar pelo lugar.

           - Não estou com raiva. - murmurou se me encarar. Nem por um momento acreditei nela - Que lugar é esse? 

           - Um ferro-velho. - respondi sem deixar de caminhar pelo lugar que, apesar de conter muito entulho, era bem organizado. 

           - Estamos invadindo? - perguntou ela nitidamente preocupada. Tive que me segurar pra não rir do bico que fez 

           - Não, eu tenho permissão pra estar aqui. - esclareci, atravessando o extenso corredor que levava a parte de trás do terreno - Quer falar sobre o seu pai? - perguntei, por parte porque eu estava preocupado, e por outra porque estava curioso sobre tudo aquilo. 

            - Nunca compreendi como funciona um ferro-velho. - emendou logo que terminei minha pergunta, querendo mudar de assunto. 

      Entendi que não queria falar sobre aquilo no momento, e, por mais que estivesse com vontade de saber decidi reprimir. Soltei nossas mãos e apoiei nas suas costas, a conduzindo pelo lugar mal iluminado. 

           - É um local pra onde são levados veículos destruídos ou aposentados. - comecei a explicar - Lugares como esse tendem a operar localmente e são o destino de veículos que são rebocados de locais de acidentes ou que apenas não estão mais em condições de funcionamento. - desviei o olhar por um momento, percebendo sua atenção no assunto, por isso eu continuei - Um ferro-velho também pode comprar veículos destruídos de proprietários e cidades que são forçadas a rebocar automóveis abandonados. O que mais fazem é desmontar os carros e vender as peças deles. 

            - E por que eles desmontam os carros? - perguntou, caminhando ao meu lado - Tipo, se eles estão destruídos, porque se dar ao trabalho de desmontar? 

            - Operadores de ferro-velho desmontam os veículos pra peças utilizáveis ​​que podem ser vendidas pra uso em veículos. Não é porque o carro estragou que todas as peças estragaram - esclareci 

            - Ah, não sei se confiaria em uma peça de ferro-velho. - comenta fazendo uma careta fofa - Aonde eu morava, eu via pessoas vendendo peças com preço baixo, e meu pai nunca comprava. Ele dizia que era de qualidade duvidosa. 

Implosão (MC ABISMO Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora