Capítulo 12

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Heey galerinhaa, foto na mídia é nossa Aurora na festa (: Espero que gostem do capítulo.

Aurora

" -Cadê a Amanda mãe? - Amanda é a secretária de meu pai.

-Deve estar fazendo algo pro seu pai, é melhor assim que nós não precisamos esperar né. - Ela sorri e eu sorrio junto.

-Será que papai ficará feliz? Às vezes ele não gosta de surpresa mãe.

-Aurora não é todo dia que minha princesa faz 13 anos, como ele anda muito ocupado nós vamos comemorar aqui. - Ela ergue pra mim uma torta de chocolate que ela comprou para comemoramos meu aniversário com meu pai, em minhas mãos estavam duas sacolas com refrigerantes e uns doces.

Com muito esforço ela conseguiu apertar o botão do elevador, fomos andando até a sala do meu pai, um barulho diferente vinha da sua sala, mesmo assim não hesitei e segui feliz, até que minha mãe abriu a porta, não cheguei a olhar para dentro, só percebi que tinha algo errado quando a torta de chocolate foi parar no chão, olhei para o rosto de minha mãe que agora estava cheio de lágrimas.

-Mãe! - Também soltei os refrigerantes e sai correndo para ver o que estava acontecendo ali.

-Aurora sai daqui! - Ouvi a voz de meu pai que pareçia confuso, os únicos segundos em que olhei para dentro da sala vi Amanda colocando seu vestido e meu pai subindo suas calças. - Aurora desce!

-Papai... - Disse já chorando.

-Que decepção Jonathan. - Minha mãe falava enquanto virava de costas pegando minha mão e saindo de lá.

-Cármen! Não é isso que você está pensando! "

-NÃO, NÃO... Papai! - gritei e na mesma hora abri meus olhos, passei a mão pelo meu corpo que estava todo suado. -Droga!

Fui direto para o banheiro, resolvi tomar uma boa ducha, me despi e entrei no box, enquanto a água caia eu relembrava aquele dia, eu jurei nunca mais olhar para meu pai, se é que posso chama-lo assim, o homem sem coração que traiu minha mãe no dia do meu aniversário de 13 anos.

Em vinte minutos terminei toda minha higiene, vesti um short jeans e uma camisa azul clara, calcei minhas havaianas, peguei meu celular e a chave da minha moto, desci as escadas correndo e sai sem avisar a ninguém, fui até a garagem, o carro de meu pai não estava lá, com certeza ele estava na empresa resolvendo as coisas para o aniversário, depois daquele dia eu nunca mais pisei naquele edifício, agradeçi mentalmente por que as festas sempre são organizadas em salões próximos. Sai de lá e fui sem destino, apenas queria refletir, parei no sinal e vi alguns garotos limpando vidros, pobres miseráveis, peguei umas moedas em meu bolso e chamei um deles.
- Ei, você quer? - Mostrei para ele minha mão com as moedas, os seus olhos brilharam, ele assentiu com a cabeça, o sinal abriu, o menino veio correndo em minha direção. - Você quer tanto, então pega. - Joguei as moedas no chão e vi que ele ainda assim correu para pega-las. Sai de lá sorrindo, isso seria triste para algumas pessoas, para mim é bom ver alguém sofrendo como eu sofri na minha infância, se eu poder humilhar todas ela, humilharei.

(...)

Passei toda minha manhã perambulando pela cidade, como esqueçi minha carteira voltei para casa antes do almoço.

-Senhorita Aurora, o almoço já vai ser servido. -A empregada falou enquanto eu subia as escadas.

-Que se dane! - Esbravejei e fui para meu quarto, a última coisa que eu precisava era almoço em família.

-Aurora! - Minha mãe me chamou. - Abre a porta.

Bufei e fui abrir a maldita porta.

-Fala. - Deixei que ela entrasse, me sentei em minha cama e joguei o corpo para trás.

-Quero que você vá para a mesa , hoje é um dia muito importante para seu pai e ele quer que almoçemos todos juntos.

-Estou pouco me lixando para o que ele quer ou não. - Revirei meus olhos. - Mas se você faz tanta questão.

Desci as escadas correndo, minha mãe me acompanhava devagar.
Sentamos e na mesma hora a empregada nos serviu, começamos a comer em um silêncio profundo.

-Como estão os preparativos para a festa a noite? - Minha mãe quebrou o silêncio.

-Estaria tudo bem, se não fosse a família Gomez. - A família de Pilar.

-O que tem a família da Pilar? - Me meti, vi o olhar repreendedor de minha mãe para meu pai.

-Não vamos tratar de negócios a mesa Jonathan. - Ela interrompeu. - Aurora marquei horário no salão para nós duas.

-Vou ligar pra Pilar e chamar ela pra ir junto.

-Já liguei. Ela não vai poder ir. - Ela me conta e o silêncio volta.

(...)

A tarde passou se arrastando, quando a noite caiu eu já estava de maquiagem e cabelo feito, fui para casa colocar meu vestido e esperar minha mãe, meu pai foi mais cedo, mas eu e minha mãe tínhamos que chegar juntas.
Tomei banho com cuidado suficiente para não borrar a make e nem bagunçar o cabelo, vesti meu vestido e pus um sapato quase da mesma cor que me deixou linda, quanto passava perfume minha mãe entrou em meu quarto, a cada dia que passava ela ficava mais linda e bem cuidada, os seus cabelos também ruivos estavam presos em um penteado e sua maquiagem chamava atenção para os seus olhos verdes.

-Você está linda, mãe. - Achei estranho aquelas palavras saindo de minha boca.

-Você Também filha, Pilar já está lá com todos os outros Gomez, vamos?

-Sim, pega minha bolsa pra mim. -Falei colocando meus brincos, quando ela me entregou a pequena bolsa eu coloquei meu celular e minha carteira dentro, também abri espaço para um batom. - Vamos.

A festa foi um saco, não tenho motivos para descrever meu tédio, claro que para aquele bando de velhos chatos estava ótimo. Na primeira oportunidade voltei para casa, mas antes confirmei com Pilar se sairíamos mesmo no domingo a noite, ela me confirmou, assim decidi esquecer de vez o Nicolas e voltar a viver minha vida de luxos e baladas.

Promete pra mim •Concluido•Where stories live. Discover now