Capítulo 21

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Capítulo novooo! A foto na mídia é nosso Nicolas, comentem o que acharam, e me perdoem se tiver algum erro de gramática.

Aurora

Nicolas estava sentado arrumando seu sapato, como eu já havia acabado estava em pé só observado e dona Natália terminando de se arrumar.

-Acabei. - Ele se levanta, Nicolas usava uma roupa social que o deixava lindo, nem pareçia ser só um mecânico.

-Vamos então. - Diz dona Natália.

Eles pegam suas bíblias, me sinto desconfortável pois eu não tenho uma, me lembro da que a empregada coloco em minha estante, agora é tarde de mais pra pensar em ir buscar.

Nós caminhamos até a igreja, a ida com Nicolas e sua mãe e diferente, eles fazem eu me sentir na família que eu sempre quis ter, algumas vez nossos olhos se cruzavam e eu corava.

-Querida. - Dona Natalia me chama.- Voce vai dormir lá em casa hoje?

Fico sem resposta, não tinha pensando em como seria esse assunto. Pigarreio e quando me preparo para responder Nicolas se enterrompe.

-Vai sim mãe. - Ele segura minha mão e aperta, aquilo me da força para não pensar no dia de amanhã.

Nos paramos em frente a igreja, como chegamos antes ela entra e eu fico na porta com o Nicolas.

-Você sabe que não pode fugir disso né!? - Ele diz.

-Posso tentar. - Rebato.

-Não, não pode. É sua realidade Aurora. - Ele usa sua mão para afastar uma mecha de cabelo do meu rosto. -Ela deve estar preocupada.

Mordo meu lábio com força o suficiente para sentir gosto de sangue, pensar em minha mãe faz com que uma dor profunda caia sobre mim, afasto os pensamentos e mantenho a pose.

-Eu vou em casa, mas não agora, qualquer coisa eu vou para um hotel. - Digo.

-Não é isso, só não quero que ela sofra. Vamos entrar.

Não respondo nada, apenas o acompanho. Nicolas cumprimenta algumas pessoas e depois nós nos sentamos.

Um homem de meia idade vestindo terno da início ao culto.
Uma música linda começa a tocar, não sei a letra, mas ela estava passando no telão, me atrevo a cantar algumas partes, mas logo perco a vergonha e canto com todos, a música dizia:

"...Se eu me humilhar, diante do seu altar e sacrificar aquilo que me custar, tu inclinaras os teus ouvidos ao meu clamor..."

Fecho os olhos e repito o refrao com todos os outros, uma sensação ótima percorre todo meu corpo, sinto uma vibração ótima, não sei oque está aconteçendo, mas só quero cantar.

"Mais vale um dia no dentro do teu querer, que toda a vida sem jamais te conhecer, tu és minha fonte, minha colheita, minha herança... "

A música para, quando abro os olhos percebo que chorei, agradeço a Deus por não ter me maquiado.

(...)

Um arrepio percorre meu corpo, quando o homem fala sobre perdão, talvez seja isso que falte lá em casa, um pouco de amor talvez.

-...A igreja de pé. - O homem diz quando a palavra acaba. - Talvez você esteja aqui hoje, e nunca aceitou a Cristo como seu salvador, ou está afastado dos seus caminhos, se você deseja começar um compromisso com Ele, ou quer voltar a aliança que vocês tinham, venha aqui a frente.

Uma música toca, penso se eu deveria ir, aquela sensação volta a mecher comigo, a música continua soando, minhas mãos soam, tenho vontade de ir. Mas não vou.

-Você quer aceitar Jesus? - Nicolas me pergunta. - Eu vou com você.

Penso um pouco, vontade eu tenho, mas coragem não.
Balanço a cabeça negativamente.

-Tá, aqui ninguém vai te forçar a nada.- Ele diz sorrindo.

(...)

-O que achou do culto Aurora? Vi você emocionada alguns minutos. - A dona Natália me pergunta.

-Foi bom, ótimo. - Olho para Nicolas, ele passa a mão nos cabelos.- Eu senti algo estranho.

-Estranho como? - Ela pergunta

-Estranho bom. Uma vontade de cantar sabe, de chorar. -Digo.

Ela me explica que essa sensação boa tem nome, é o Espírito Santo, ele quer passar a ser meu melhor amigo, mas para isso eu preciso morrer para o mundo. Fomos conversando, ela me disse o que era aceitar Jesus, me esclareceu muitas coisas. Mas a única coisa que não sai da minha cabeça foi na hora em que o pastor -Dona Natalia me disse para chama-lo assim. - Nos disse que precisamos perdoar como Cristo nos perdôo. Eu preciso perdoar.

Quando chegamos eu fui direto me trocar para dormir, Nicolas resolveu dormir na sala e eu em sua cama, achei meio desconfortável mas o cheiro de Nicolas na coberta me conforta.

-Quer orar comigo? - Ele me pergunta enquanto sai do quarto.

-Sim. - Respondo.

Aconpanho ele até a sala onde nós ajoelhamos, me atrevo a falar algumas palavras durante a oração.

-Nicolas . - Falo quando me levanto . - Quando você vai voltar pro colégio?

-Planejo voltar amanhã, porque? -Me sento ao seu lado.

-Eu não queria ir. - Olho para o chão. - Eu briguei com Pilar.

Ele me pergunta o que aconteçeu, eu lhe conto tudo o que meu pai disse, depois conto quando fui em sua casa, ele apenas assente com a cabeça. Quando acabo ele fica em silêncio.

-O que você me diz? -Pergunto mesmo com medo da resposta.

-Você errou. - Ele diz ríspido.

Não respondo nada, apenas mordo o lábio.

-Só que precisa se consertar. -Ele completa.

- Eu vou fazer isso. Só que não amanhã, por favor Nicolas, me apoia nessa. -Peço.

-Tudo bem. -Ele suspira. - Quero te levar em um lugar amanhã.

-Onde? - Pergunto curiosa.

-Surpresa, quero te mostrar que não é necessário dinheiro para ser feliz.

Me sinto péssima, ele também me vê apenas como um menina mimada.

-Você está mudando, e eu adoro essa nova Aurora, só que precisamos mantê-la viva, para que a outra morra. - Ele me abraça. - Agora vamos dormir, amanhã o dia será longo.

Promete pra mim •Concluido•Donde viven las historias. Descúbrelo ahora