Capítulo 14

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Nicolas

-Mais uma conta paga! - Disse com um sorriso nos lábios.

Com o dinheiro que o pastor me arrumou eu começei a pagar minhas contas, graças a Deus foi o suficiente para parar de ser cobrado por dívidas antigas.

Aproveitei que estava no banco e fui ao super mercado, uma surpresa para minha mãe cairia bem agora, saio na rua pegando os poucos raios de sol que saia do céu, ainda estava cedo, muito cedo; Peguei a bike e pedalei rápido até o mercado, o vento gelado batia em meu rosto, minhas pernas queimavam, isso seria ruim para algumas pessoas, mas para mim é uma sensação de liberdade.

Entrei observando algumas pessoas fazendo suas compras, a maioria mulheres com seus filhos e filhas, penso em como será minha familia, uma lembrança de Aurora na mesa comigo me faz pensar nela com a mãe de meus filhos, balanço a cabeça na tentativa de jogar para longe esse pensamento.

(...)

-Mamãe. -Acaricio os cabelos dela.- acorda, vamos tomar café.

Ela abre os olhos devagar, mas assim que me vê abre um sorriso lindo, um daqueles que fazem a vida valer a pena.

-Bom dia filho.

-Vamos tomar café? Fiz algo especial.

Ela sorri e eu a ajudo a se levantar, andamos juntos até a cozinha onde eu montei a mesa.
Comprei queijos e pães, iogurte e sucos, e o mais especial, café frenquinho.

-Brigado meu amor, não precisava.

-Mãe, fazia tempo que nós não tomamos um café assim.

Ela se senta e se serve, oramos agradecendo a Deus e começamos a comer e conversar.

-Quando você volta a escola Nicolas?

-Talvez semana que vem. -Mordo meu pão.

-Já faz uma semana que você está em casa.

-Sim, e durante essa semana eu trabalhei a tarde e ganhei o dobro de um dia normal.

-Você sabe o que faz, mas se você repetir Nicolas.... - Ela faz a cara de brava de todas as mães. -... Tá avisado.

Me levanto e vou até a cadeira dela beijando-a.

-Minha coroa, fica calma.

Ela me abraça forte, o seu abraço me faz voltar a anos atrás quando meu pai estava vivo, a lembrança me faz sorrir.

Aurora

Já tinha se passado uma semana que Nicolas não ia ao colégio, nos primeiros dia eu fiquei triste, mas agora me acostumei que talvez ele só tenha fugido.

- Vou sair com o Michel amanhã a noite, quer ir? -Pilar pergunta enquanto meche no celular.

-E ficar de vela? Jamais. - Deito em minha cama e fico observando o teto.

-A gente pode chamar o Gustavo.

-Piorou. Agora que eu não vou mesmo.

Ela larga o celular e se mostra com raiva.

-O que o cara fez de tão mal Aurora? Ele é o tipo que toda menina quer, bonito, legal, RICO. - ela da ênfase a palavra rico. - E você fica aí desprezando ele.

-Eu sei disso, mas ele só quer sexo.

-E você, o que quer? - A pergunta me faz estremecer, eu ainda não tinha parado para analisar, mordo meu lábio com força o suficiente para começar uma dor latejante.

-Talvez eu queria algo diferente, um namorado quem sabe, mas não por enteresse, eu quero alguém que goste de mim sabe, esse alguém não é o Gustavo.

-Não vem com essa Aurora, isso tudo é por causa daquele mecânico de merda, espero que você será muito feliz ajudando ele a limpar graxa. - Ela levanta e sai andando emburrada, quando chega na porta do quarto ela me olha. - Qual o seu problema! - Ela suspira e sai.

Essa eu não entendi,também não fiz questão de ir atrás dela,quem precisa de mim é ela e não ao contrário. Posiciono a cabeça confortavelmente em meu travesseiro e durmo.

Promete pra mim •Concluido•Where stories live. Discover now